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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Arma na cintura

                                          

Quando eu leio textos ou manifestações contra as feministas o meu dia acaba.
Não consigo controlar  minha adrenalina frente a ataques de homens com vida estruturada, mãe protetora e pai provedor. Alguns quase imberbes. Essa gente se dá no direito de atacar mulheres que buscam o respeito, direitos iguais e o fim dos ataques porque são mulheres. Não medem palavras, não medem gestos pornográficos, palavras e epítetos grosseiros, não medem limites.
Se algumas exageram na forma de protestar elas tem motivos. Alguns energúmenos não captam a mensagem, sendo preciso exagerar para ser entendido. Com gente de cérebro curto, pouca capacidade de interpretação de texto, letras garrafais ajuda muito. Pode ser que essa gente seja míope, ou tenha deficiência de leitura da mensagem.

Para esses indivíduos, que atacam as feministas ou qualquer mulher que busca a vida sozinha, uma mulher só vale alguma coisa se tiver um homem. Qualquer homem vale mais do que uma mulher sozinha a enfrentar a vida. Como se mulher fosse mercadoria e precisasse ter valoração auferida nos moldes do sistema falocrata judaico cristão. Raça de ordinários, com  livro amoldado conforme o jogo do poder dessa gente. Como se buscar direitos iguais fosse buscar  a mesma vida desregrada e sem compromisso de quem abusa da mulher sexualmente e usa a força física para impor poder.

Vou dar um exemplo, pequeno e insignificante. Estou tentando arrumar um pedreiro para trabalhar na minha casa, em alguns estragos feitos pela chuva. O pedreiro que trabalhava aqui em casa sumiu. Deve ter morrido pois o número do telefone não atende desde novembro. Pode ser que esteja na Alemanha onde tem uma filha e disse que estava com vontade de ir visitá-la. Uma pena para mim, pois é uma raridade no trabalho. Vinha, fazia o trato, cumpria, recebia e ia embora. Crescem  na falta de respeito quando percebem  que o homem da casa sou eu. Alguns tem a cachimônia de me passar cantada. Aqui na cidade, pequena, um pedreiro matou uma chinesa. Dá medo. É preciso ser  grosseira e eles ainda retrucam. Arma na cintura seria bom para que essa gente saiba com quem está falando.

Debocham das muçulmanas porque  precisam andar com um homem quando saem de casa para serem respeitadas. Nem que for uma menino de três anos. A diferença por aqui não é grande não.

Todos os dias, todos os dias, todos os dias eu agradeço a Deus por não ter parido uma mulher. Pelo menos não tive filha para sofrer os desaforos por ser mulher. Para eu não ver  repetido ad infinitum o que vejo desde menina. Porque a vida é dura para todos mas nenhum homem sofre desaforo porque é homem. Eu não conheço.

Meu discurso é velho? Pois que seja repetido até ser entendido pelos bestuntos, microcéfalos dessa república de nanicos morais.

Esgotada...