Uma juíza, com jurisdição na cidade de Aparecida/SP, decidiu em primeira instância, que a prefeitura da cidade não pode gastar dinheiro público para pagar imagem de Nossa Senhora Aparecida, toda de aço e medindo dezenas de metros de altura, de autoria de uma artista famosa. O preço pago para a artista, também não podia sair dos cofres públicos. Anulou a doação de terreno público para erigir estátuas de santos e para a igreja local. A defesa argumenta que a religião católica e Nossa Senhora Aparecida é que movimentam a cidade com o turismo religioso. Não se preocupem, são apenas negócios.
A mesma entidade que propôs a ação em Aparecida, também propôs outra, no DF, contra o dinheiro público gasto com a viagem de dezenas de autoridades para Roma, na festa de santificação da baiana Irmã Dulce. Querem, inclusive, prestação de contas. O estado brasileiro é laico, com previsão na Constituição Federal.
Entre os políticos viageiros da fé da Igreja Católica Apostólica Romana, estava um judeu, o Presidente do Senado Federal. Que, pelo que se sabe, desconhece a consagração de pessoas santas ou genuflexa o perdão do cristianismo.
Em regência da santificação da Irmã Dulce, está o papa argentino, que mudou o foco do cristianismo. Antes dele, a palavra de Jesus, Deus filho, era o centro da fé cristã, católica. Depois do papa argentino, passou a ser o pobre, os pobres explorados pelos ricos, vítimas da ganância de quem os explora, os que são, portanto, vítimas da sociedade gananciosa e exploradora dos fracos e oprimidos. Ele também, e até, criou um novo pecado, o ecológico. Por osmose desse pecado, quem não tratar a Amazônia como sua cairá no fogo do inferno.
A santificação de Irmã Dulce atende a propaganda de um papa que saiu do anonimato, sem nenhuma ação que justificasse ser nomeado para o lugar. Depois de defenestrar e encarcerar Papa Bento XVI. A única ação conhecida, de relevância para o papel de um sacerdote é sua dedicação às pessoas em situação de rua em Buenos Aires. Dizem que continua fazendo o mesmo em Roma, mesmo que alguns brasileiros tenham procurado essa gente e não encontrado. Irmã Dulce veio a calhar para fechar o discurso. Ganhou novo nome, Santa Dulce dos Pobres.
Apenas como argumentação, essa prática de erigir igrejas, imagens ou estátuas em praça pública com dinheiro do erário é coisa dos tempos atuais. Antigamente, os artistas doavam suas obras de arte ou mecenas pagavam pelo trabalho. A maioria era para pagar promessas. Hoje, esse pagamento de promessas alimenta a indústria de pernas, braços e cabeças de plástico.
Campanhas para doações, em carnê, teatrinhos, leilões em barraquinhas e rifas sustentavam a concretização da fé. Existem igrejas construídas em Ouro Preto com o dinheiro dos escravos da época de Vila Rica e Aleijadinho. A Igreja do Carmo, em Belo Horizonte/MG foi construída com a participação dos paroquianos. Os vitrais foram doados por personalidades políticas, ricaços ou artistas. Cada um tem o nome do doador, basta ir lá para ver. Tudo foi assim. Até existe uma frase que diz: A construção é em ritmo de igreja.
Os autores da ação contra a gastança dos políticos, com ida em avião da FAB, são ateus e agnósticos, através de sua associação. Querem que sejam ressarcidos aos cofres públicos os gastos com a romaria. Mas, deviam pedir o presidente do senado para pagar em dobro, só pelo tamanho da sua cara de pau.
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Agradeço.