- Os ninjas não existem mais. Só no cinema. |
Paixões políticas à parte, não tem razão o Judiciário em barrar a Ministra do Trabalho indicada pelo presidente da república.
Como advogada, não posso aceitar que um cidadão seja impedido de recorrer ao judiciário para dirimir um conflito.
No caso específico, consta que a indicada, Cristiane Brasil, tem duas ações trabalhistas na Justiça do trabalho e cujas sentenças seriam desfavoráveis a ela.
Ora, se um empregado e um trabalhador discordam sobre os direitos de uma rescisão contratual de trabalho, o local para discutir a questão é a Justiça do Trabalho. E, não sabemos a quantas andaram as diferenças de cálculos de um e de outro.
Também, é competência exclusiva do mandatário do Poder Executivo, indicar seus ministros que só podem ser barrados, em tese, se estiverem impedidos por lei, uma condenação tipo Ficha Limpa.
Tem razão o planalto em dizer que o Judiciário está extrapolando suas funções, imiscuindo em outro poder sem ter competência.
Com a idade que eu tenho, já vi prevalecer nos noticiários, os economistas e o Ministro da Economia, sempre com paciência de Jó para explicar mil vezes a mesma coisa para jornalista a procura de serviço. Já vi Ministro das Minas e Energia com a cara sonolenta na mesma situação. Agora são os juízes e ministros do Supremo Tribunal Federal a exibir suas caras amarradas e arrogantes de oráculos da nação.
Em uma análise interessante, um texto na mídia, expunha as razões do embate que impedem a mulher de tomar posse na pasta do trabalho. Seriam os interesses políticos para barrar a reforma da Previdência.
Enquanto isso, os processos de interesse individuais ou coletivos andam a passo de cágado na Justiça nacional. Mas o povo tem a impressão que tudo vai bem e que seus direitos estão assegurados.
O verbo trabalhar tem vários significados...
Uma pitada? KLIKA