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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Restauro na última

                            

Uma boa notícia é a entrega, após grande restauração , da Igreja São Francisco de Assis, chamada carinhosamente por Igrejinha da Pampulha em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais. É resultado do projeto de Oscar Niemeyer e jardins de  Roberto Burle Max. Faz parte do projeto da Pampulha, construído na época da gestão de JK como prefeito, anos cinquenta. Essa parceria entre os três propiciou, depois, a construção de Brasília e sua arquitetura nas mesmas características dominantes no trabalho deles ao longo de suas vidas.

Desde menina ouço falar que a igreja está em restauração. Deve ter havido umas dez ou mais. É que o projeto tem um telhado sem telhas, no estilo cimento armado, de difícil execução e há infiltração, danificando as obras de arte e as madeiras nobres que compõem o seu interior com quadros de Cândido Portinari.
Já tentaram de tudo na engenharia para resolver esse problema. Espero que dessa vez consigam resolver. Inclusive porque há uma  onda pelo  fim da corrupção,  que ninguém aguenta mais.

A Igreja Católica, dona do imóvel e administração vai ter o apoio do estado com  policiamento e proteção do acervo histórico, reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO. Aliás é bom lembrar que a igreja só funcionou como tal quase  vinte anos depois de construída. O arcebispo não a reconheceu sagrada devido a pintura de Adão e Eva terem umbigo e São Francisco ter um cachorro perto dele. Não é piada mas o velho oportunismo refletido até hoje com o papa argentino que ignora horrores pelo mundo a protestar contra a amazônia com o uso de indígenas na onda da moda.

Não moro mais em Belo Horizonte e meus pais já morreram. Eles moraram perto  da igreja. Então eu matava dois coelhos de uma só cajadada ao visitá-los. É uma igreja pequena, muito longe da suntuosidade comum e nos  rococós dos templos católicos. Mas é uma obra de arte em detalhes para quem gosta de simplicidade na beleza e cuja suntuosidade está na luz da cidade, entrando feérica por todos os lados.

Vale a pena visitar. Ainda mais que o restauro atinge toda a Pampulha e seu conjunto de construções que abriram a arquitetura moderna brasileira.

Para quem não conhece ou não tem informação sobre a matéria, eu marquei cada item, está em azul. Se o leitor tiver tempo pode clicar em cada azul do texto e terá bem completo o seu conhecimento.

                             
Nota: Se gostar do meu blogue, se puder, se quiser #compartilhe. Fico gratíssima.