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quinta-feira, 7 de julho de 2016

A idade média é aqui

                                    

O Brasil arrecada trilhões de impostos até o meio do ano. Isso dá direito aos donos do poder, uma classe que ganha excelentes salários, a ignorar  o estado cambaleante da nação. Sempre foi assim. 

Na época da inflação galopante e quando o Brasil devia ao FMI, nunca abriram mão de exigir grandes aumentos de salário e nem um mínimo do percentual da inflação. As pessoas morrendo por estresse ante a dificuldade de viver e os mesmos de hoje, vivendo como se não fosse com eles.
Enquanto a inflação bate doze por cento, a cambada ganha aumento muito mais alto.
Ninguém me convence do contrário, que um dos motivos por que Collor caiu é porque  mandou para casa quarenta mil funcionários públicos que sequer trabalhavam. Se todos fossem para as repartições federais cumprir sua jornada de trabalho não caberiam nas salas. Imaginem essa multidão somada com os cônjuges, pais, irmãos, filhos e amigos alienados.

Meus filhos faziam natação em Belo Horizonte/MG e, no clube, entre as mães que esperavam, algumas estavam furibundas contra Collor porque ou estavam em casa ou alguém da família. Nenhuma levava em conta os motivos, as causas e a condição de sanguessugas da nação pelo qual viviam. Quando argumentei com uma ou duas, quase levei uma surra. Fui isolada, daí pra frente.

Agora, o presidente interino quer aumentar os impostos para pagar os débitos causados para a melhoria de vida dos mesmos, dos mesmos lugares, da mesma casta que vive ou suga nos seus erros de desgoverno. O zé povinho que se lasque. Ainda vivemos os tempos dos suseranos.

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