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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Os dominados

                               

Um vício de valor se espalha por tudo quanto é lugar. Impossível ler, ouvir ou ver notícias. Conversar sobre qualquer assunto virou exercício de paciência para driblar assuntos atravessados e que não fazem parte do texto principal. Tudo é pretexto para falar mal do Brasil. Se sai uma notícia , seja qual for, em vez de comentar a notícia em si, desviam para falar que no Brasil é pior.

Eu estudei em escola pública. Sou um dos brasileiros que foi alfabetizado e diplomado na universidade, tudo público. Talvez esteja aí a diferença. Lembro-me de professores falando :Uma escola é boa ou ruim conforme os alunos e seus professores. Falar mal de sua escola é falar mal de si mesmo. Se sua escola não está boa , participe e mude; ainda mais porque sua escola é pública.

O conceito pode ser aplicado para seu bairro, sua cidade, seu país.Talvez seja por isso que, onde chego e tem terra arrasada, mudo tudo, melhoro tudo e um ano depois é outro lugar. Um exemplo simplório e medíocre foi quando eu catava o lixo no chão perto da minha casa e meu filho peguntava se eu era catadora de lixo. Hoje minha rua  sequer tem guimba de cigarro, pois me viram e copiaram. 

Educação nesse país passa por impedir que forças estranhas, dominantes nas mídias de opinião, em propaganda subliminar , façam do brasileiro um pau mandado, um papagaio de repetição, uma criatura sem condição alguma de separar sua vida da vida alheia, aceitar as mazelas políticas sem sentir-se um cachorro sarnento em comparação interminável, sempre a pior, das mazelas estrangeiras.

O mundo é o mesmo desde sempre, só mudaram as formas de dominação.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Cachorro sarnento mas não morto

 O verdadeiro brasileiro
                                                                                                    

Com a proximidade do Natal, os ânimos derrotistas, os traumas de origem ficam maiores. Não é fácil ser descendente de europeu corrido com o rabo entre as pernas e africano transportado debaixo de chicote. A maioria do brasileiro é marcado , em algum lugar de seu programa genético, com a capacidade de ser apátrida e cachorro  sarnento, mais do que o vira-latas rodriguiano.  Para estes brasileiros, tudo no Brasil vai dar errado.

Felizmente há descendência indígena no Brasil. Estes, sem lei e sem dono, nunca se importaram em serem julgados. Até os convênios estrangeiros  lhes serem estendidos e cantores de rock os exibirem aos europeus, nos tempos pós modernos. Mesmo assim, muitos continuam nus em seus lugares de origem, lutando para não colocar piso de porcelanato em suas ocas.

O aceite dos limites impostos pela vida simples, sem as lantejoulas vendidas pelos states é quase impossível, quando um governo equivocado entende que o desenvolvimento é feito com o consumo do povo, endividado até a medula para ter e não ser. O financiamento da gastança à prazo tem até cartão sagrado.

Pior que as mazelas nacionais é a influência nefasta de estrangeiros que nos ofendem com sua incapacidade de aceitar outros povos, outros costumes, outros tipos de vida. A Copa mostra o que somos para essa gente. Enquanto nunca falaram mal dos africanos, quando na realização da Copa, porque estes lhes são coitadinhos completos, os brasileiros são chutados como cachorro sarnento.

Por enquanto, quem pode está calado. Mas aguardem reação à altura no inverno que se avizinha.