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terça-feira, 16 de abril de 2019

Pisando no presente

- Planos e realidade
                     
Não fiz esse blogue para um diário, tipo adolescente, como foi a primeira intenção  dos criadores da plataforma.
Fazer relatório da vida é olhar para trás. Nunca achei cabimento  fazer planejamento anual quando entra ano novo e o janeiro está queimando de calor com o  Sol em brasa na cabeça. Lista para quê ? Nem para compras semanais no supermercado que é para exercitar a memória.

Que se danem o passado e o futuro pois não existem. O que importa é uma meta, qual linha invisível e, às vezes bamba ou rota, para trafegar na vida. Para quem planeja, tem sonhos catalogados a serem concretizados um a um, restam os lampejos de satisfação em menos número do que as frustrações. Então surgem as tristezas sem fim por fracasso que existe porque não existiu nada. Lista não é nada porque o futuro não existe. Nem sabe se vai estar vivo amanhã! O segredo é estar pronto para montar o cavalo que  passa encilhado. Isso sim é importante.

Além disso, é preciso cuidado especial para não colocar a felicidade nas mãos dos outros. Que ridículo me cabe essas festas de casamento cheios de loas, declarações e juramentos. Vestido de noiva é a coisa mais absurda para frustrar as sonhadoras moldadas no eterno vigiar da honra feminina. Pagam fortunas por um rito de passagem que fica fora do pessoal e torna-se do público, fruto  do sistema falocrata judaico cristão. Tenho vontade de sapatear em cima da Bíblia e só não o faço por cuidado. Vai que é mesmo palavra de Deus !

Entretanto, acompanhando o dia a dia das pessoas, já que hoje me sobra tempo, fico pasma com as firulas não concretizadas e que levam à tristeza profunda porque  a vida, suposta vida ditada por outrem, não é verdadeira. Que balela a frase Não desista dos seus sonhos. Só serve como grilhões para prender a pessoa na vida que não caberá. Vale sim foco no presente e um pé na frente do outro.

Os psicólogos agradecem. É assim que caminha a humanidade.

sábado, 30 de julho de 2016

Olhando para os lados

                     
                                                 

Fala-se muito na violência contra a mulher. A violência no abuso por ela ser mulher. Pela condição dela ser o que é. Quando matam um homem é homícídio. Hoje, se matam a mulher é feminicídio. Caramba!  Continuam a diferenciar por sexo, por cor, por condição. E, cada vez com mais detalhes, esmiuçadinho... Isso vem lá dos States onde preto é preto, homem é homem, viado é viado e baitola é baitola,  como diz o cantor cearense Falcão.

A violência é amiga preferencial dos estadunidenses. Eles cultivam a arte da vingança, do olho por olho, do tiro com sangue espirrando, do revólver na cinta. Estou errada? Não é bem assim? Pode ser. Mas é a impressão que fica nos filmes que divulgam aquela nação, nos discursos desaforados dos seus presidentes em resposta a ataques na zoropa como se fossem com eles.

A influência dos States é muito forte, pela nação hegemônica que é e pela tendência dos macaquitos imitarem o que lhes é enfiado na cabeça dia a dia. Não são somente os animais que repetem o que lhes é feito a força do reflexo condicionado de Pavlov. O ser humano não é imune a esse treinamento. 

Por esse motivo, a violência é imitação, é necessidade por inerente ao ser
humano ou defesa por ser expulso das melhores festas da humanidade.

Portanto, cada pessoa precisa e deve procurar proteger-se do ataque do outro em estado de violência. Quem deixa a responsabilidade para o estado, na certeza que o seu braço armado tem olhos e dedos para todos, leva desvantagem.

Não vejo diferença entre  procurar proteção contra o fora de si mesmo, quando se é homem ou mulher. Certo é que a violência pode ter características peculiares para gêneros e condições. Mas a defesa e a prevenção é a mesma. Sair de peito aberto para enfrentar o mundo beira a sandice. Para estes, sugiro observar a natureza. Os animais tem todos os caminhos de defesa para sobreviver. Disfarces, mudança de cor, caminhos e buracos para esconderem, camuflagens, uma infinidade de defesas. Morre aquele que dá bobeira.

A mulher também. Precisa, com urgência, perceber que o mundo não é o domínio do seu corpo, do seu ambiente ou da sua casa. Predadores de todos os tipos podem estar na esquina para levar vantagem em distorções da violência. Portanto, proteger-se com disfarces, camuflagens faz parte do viver.Se quer ser pavão, que pague as consequências. Estes estão em extinção.