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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Pichações e gravites em terra alheia

                                   

Vitupérios foram jogados sobre Justin Bieber. O argumento é que o artista teria pichado muro sujo de  hotel abandonado . Pichação é outra coisa. O rapaz fez gravite e muito bom. Se fosse algum roqueiro nacional seria considerado obra de arte. Pichação foi o que dois rapazes, identificados em automóvel com placa de São Paulo, fizeram no muro da minha casa e do prédio em frente. Rabiscos medíocres do tamanho da educação e da vontade de ser , na cópia de costumes em viagens ao norte da América e pagas a prestação.

Em Roma, fale a linguagem dos romanos: Guarapari não tem pichações. Mas quando chega a temporada  de férias, corações se apertam, temendo o transplante de más práticas de costumes . Pichar muros, bancos do calçadão, paredes revestidas de plaquetas, tudo preparado para receber os turistas é o terror dos moradores da cidade.
É que, começam em novembro as limpezas em fachadas, matos nas ruas, remendos no asfalto, branco nos meios-fios. Então, aparecem energúmenos que se dão de manifestantes políticos da terra de ninguém e sujam onde menos se espera, na terra dos outros. 
Teorias alienígenas justificam que essas bestas estão a procura de suas identidades e encontraram na parede alheia o lugar para borrar o que está em seus neurônios.

No tempo em que a França mandava na vida rica em filosofia , havia um ditado: - Le mur est le papier de  le  bâtard.

Em  lugar civilizado, duas horas depois, as pichações já estavam apagadas. Nem todo brasileiro é canalha.