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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Às moscas do que não foi


Ele abandonou a profissão mas nós não. Uia! Virou fazendeiro...
                     
Antigamente, chamava-se de pão-duro aquele que não gastava dinheiro atoa. Aquele que pechinchava, conferia o troco, apagava a luz dos cômodos que não estavam sendo usados, que não comprava se não precisasse. Era pejorativo.
Em um país de gente pobre, que não sabe lidar com dinheiro, que não tem educação formal, quiçá financeira, fazer o dinheiro render e não gastar é motivo de desgaste. Não sabem que dinheiro não atura desaforos e que pela instabilidade econômica do Brasil, se não fizer poupança para os tempos das vacas magras, periga ir morar nas ruas. 
Portanto, essa política econômica que incentiva a gastança o comprar a prestação algo que não precisa, o comprometer seus parcos ganhos com coisas inúteis, lantejoulas da civilização, alisar as plumas de pobre, chega a ser absurdo.
Na verdade o sujeito vai estudar nos EUA, naquelas universidades caríssimas, com bolsas de estudos pagas pelo povo miserável da nação e voltam com texto decorado, pronto para aplicar no Brasil sem pestanejar, o que é bom pros States é bom pro Brasil. Que se lasquem!

O Velhaco e  sua gang, todos gastadores do dinheiro roubado da corrupção e da megalomania, aplicaram essa máxima do comprar, comprar, comprar, mesmo que não precise. Coisa de pobre que nunca comeu melado e  quando come se lambuza. Nada de incentivar a poupança, pelo contrário. A economia do país anda conforme o povo gasta para sustentar pseuda industrialização. Não interessa se o pagamento dos royalties é maior do que o que fica no país e seus salários merrecas. Não conta se importar insumos, quebrar a balança comercial.

Viajar para fora do país para ver cartões postais e ser discriminado pelas gentes, não fazia diferença. Puro exibicionismo de pobre. Conhecem Paris mas nunca foram a Ouro Preto.
Trocar de carro, pagando a trocentas prestações, televisão 40', comprometendo quase o total dos vencimentos era a ordem. Roupas feitas com panos  da reciclagem do plástico japonês, confecção chinesa e vida útil de duas lavadas, era chic. O gado inculto e equivocado forjou 60% de devedores da população. 

O resultado está aí, economia do dinheiro que dá em árvore e falência múltipla dos órgãos do povo e da nação.

Tudo isso é para dizer que Guarapari está as moscas, com todas as letras. Se nos tempos do Velhaco entupiam a cidade com carros de terceira mão, trinta pessoas onde cabem cinco, consumo de água até acabar na bica, fazendo o turismo da miséria, isso acabou. A coisa era tão feia que o prefeito disse que  a cidade dispensava esse tipo de gente que se locupleta, faz terra arrazada  mas não deixa um tostão.

Então, vai ser um alívio não precisar aturar gente gorda de tanto comer pão e macarrão, fazendo xixi na sibipiruna em frente da minha casa, correndo, eu, o risco de ser espancada se reclamar. E, as praias entulhadas, sem lugar para colocar o dedão do pé.
Não adianta achar que discrimino algo ou alguém. Apenas estou descrevendo a realidade de hoje. Não faço parte dos politicamente corretos que devem as calças mas sustentam salões de beleza para o nada. 

Vade retro! Que implante-se  a pãoduragem e não a deduragem. ..

Suas moscas são varejeiras . Não? Então KLIKA

                                

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Em Roma, fale como os romanos

                                     
Praia do Morro / Guarapari 



No final de dezembro/2914, o prefeito de Guarapari-ES fez uma declaração pública, dizendo que a cidade dispensava quem não tivesse dinheiro e educação para  bancar sua estadia. Casas entulhadas de gente, música alta nas ruas, cachaçada em via pública seriam coibidas. Que iria tomar medidas duras para limitar o número de pessoas nos imóveis alugados.
De início não entendi. Achei soberba querer limitar o uso da propriedade privada. Mas, quando levas de turistas, até cinquenta pessoas, hospedou-se  em  um único apartamento de setenta metros quadrados, comecei a entender a fala do prefeito. A maior consequência foi a falta d'água. A turba ficou possessa e fez manifestação, queimando pneu na estrada de acesso à cidade.
Aqui nas minhas redondezas não houve isso. Felizmente não tem imóvel de aluguel por temporada e as caixas d'água suportam bem.

Quando fui molhar minhas plantinhas, que também são gente, uma turista, fazendo sua caminhada, gritou para mim se eu não sabia que estava faltando água. Mandei ela tomar naquele lugar se achava que ia deixar minha plantas morrerem para turista se afogar no desperdício.

Portanto, quero dar meu apoio ao prefeito e desculpar-me por minha limitação de inteligência pública. A nuvem de gafanhotos, que assola a cidade nessa época do ano, precisa   alugar vários apartamentos e usar o limite da capacidade das caixas d'água dos edifícios e casas. Para alguns, é difícil entender esse raciocínio como fui lenta também. É preciso entender a cultura local que não faz a mínima questão de turismo de massas e não se importa nadinha para quem não tem praia e quer se esbaldar quinze dias por ano, não deixando pedra sobre pedra.

Eu ouvi de uma turista, passando na rua, que se existe paraíso, este é Guarapari. Pois que continue sendo. Os de outros estados que respeitem Roma e falem como os romanos.