segunda-feira, 30 de setembro de 2013
A vestal do Brasil
Eu nunca gostei de gente com ares de vestal. Esse tipo de gente, que se compara aos deuses e sempre se julga melhor que os outros é intragável.
Não deu outra. Dona Marina Silva se acha escolhida pelos deuses só porque foi alfabetizada aos 14 anos e foi discípula de Chico Mendes , lá pelos lados do Acre. É verdade que seus méritos são enormes mas seu discurso decorado, com ares de autoria própria, faz dela uma chata de galocha. Dispara suas convicções de catecismo da moda. Tem a certeza que governar o Brasil sem base é possível. Não se lembra do Collor que, mais do que a elite paulista acusou e o derrubou, foi porque não pertencia a partido político com dominação absoluta dos meandros dos porões do poder.
Na certeza de ser intocável como as seringueiras da amazônia, insiste em criar novo partido político, aumentando o leque asqueroso da política nacional. Incapaz de ajustar-se a qualquer lugar ou partido já existente, a vestal quer ter um somente para si. Mas está difícil achar tanta gente exigida por lei para escutar suas lengas-lengas repetidas à exaustão, em tom professoral a todos nós, brasileiros estúpidos.
Pobre país, pouco necessitado deste tipo de gente individualista, quando seu tamanho de continente precisa de lider universal,que o una e desenvolva.
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Um comentário:
Do ponto de vista político-administrativo, Marina Silva não difere em nada da atual presidente.
Ambas são de esquerda, patrimonialistas, tendentes a aceitar as bobagens bolivarianas. Ambas dependem ou dependeria do PMDB e das alas mais conservadoras da política nacional para manter-se no poder, que dizer para governar.
Seria um erro colossal achar que Marina Silva representa alguma mudança para o Brasil, como foi um erro achar que Lula representava esta mesma mudança.
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