- Cachorro é gente, minha gente! |
Uma mulher soltou um cão negro no trânsito de São Paulo. O motorista do carro de trás gravou o cachorro, tentando acompanhar o carro da mulher que saiu em disparada. Nenhum automóvel parou para resgatar o bicho. O vídeo foi lançado na internet. Virou notícia na televisão, nos sites, nos portais. Programas policiais trataram a mulher como facínora. Delegacia especializada mobilizou-se para encontrar a criminosa. E, assim é tratada .
Na explicação que ela dá, repete exaustivamente, à beira da exaustão mental e culpa progressiva que o cachorro é de rua, que gostava de seguir seu carro e ela o levou para sua casa. Mas, como é muito agressivo, atacava seus filhos pequenos e as visitas, a saída foi devolvê-lo para a rua. Não pensou em nada.Tem muita coisa para preocupar-se.
Interrogado, o motorista cineasta, explicou que não acolheu o cão porque dentro do seu carro havia criança recém-nascida e chovia muito. Ninguém cobrou nada mais dele.Mas há sintonia em ambos os motivos;dele e da mulher.
Querem saber? Viver em São Paulo é viver no inferno. Enquanto isso, a polícia não descobriu até hoje quem matou aquele rapaz , com um tiro na cabeça, na porta do seu condomínio, à noite ao chegar do trabalho, mesmo entregando o celular cobiçado pelo bandido. Em dois dias descobriu quem largou um cão de rua e a população massacra a mulher como se fosse criminosa perigosa. O patrão a demitiu, pouco se importando se ela tem filho para cuidar.
Um absurdo essa malta que protege cachorro mas mata mosquito da dengue, barata, serpentes, ratos e pombas do caramba. Massacrar essa mulher é inversão de valores.O erro dela foi considerar cachorro como gente pois a coisa mais comum é cão nos seguindo na rua com cara de meu-deus-o-qui-que-é-isso.
Bem faço eu, um cão me acompanha e eu bato o pé no chão: -Sai daqui cachorro!
Agora, com esse fato, extrapolando tudo o quanto é coisa de quem se mete na vida dos outros, estou pronta para esperar aparecer uma lei, proibindo matar os cupins na revoada do pós chuva de verão.
São Paulo é o cão !!!!!!!!!!!!
Um comentário:
Não sei se afirmo, se questiono, se reflito ou se fico espantada: é o fim do mundo (ponto final / interrogação / reticências / exclamação.
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