Autor: André Abreu, Ouro Preto, Semana Santa, Concurso Paisagens Mineiras Revista do Jornal Estado de Minas , Ano 4, 2014 |
De tudo que está em evidência nas publicações pela Copa do Mundo, o melhor são os filmes recuperados da Copa de 58.
A transmissão foi feita pelo rádio a válvula e o som sumia devagarinho e voltava. A torcida foi mostrada de forma emblemática no filme sobre a construção de Brasília e a volta da Seleção, quando JK grudado no rádio e cercado de pessoas, pedia silêncio.
Tenho visto jogos antigos, finais eletrizantes, e percebe-se como foi difícil ganhar cinco estrelas na camisa da Seleção. Por ser mostrado, usualmente, os melhores lances , cria-se a impressão que o todo o jogo foi fácil. Que nada! São muitos passes perdidos, gols desperdiçados e possibilidades reais de derrota.
Percebe-se também, que os vencedores dos títulos possuem postura mais firme, em comparação aos que perderam. Alguns deles, no afã de roubar o lugar dos campeões que nunca aparecem nos programas, insistem em dar-se como vencedores. Enaltecem suas Seleções onde vários penaltes foram perdidos. Jogadores confessam, descaradamente, que foram apenas divertirem-se. Mesmo assim são endeusados por terem pertencido a times com torcedores ao microfone.
Hoje, a maioria dos convocados são peças de empresas européias. Os comentaristas, pagos para falar mal do Brasil, exigem que nossas agremiações copiem a zoropa. Até o Capitão do time foi escolhido por jogar lá fora, deixando Fred sem sua braçadeira.
Do lado de cá, espero que o Brasil ganhe o título. É difícil eu acreditar que, se perder, vá ficar pedra sobre pedra no Maracanã.
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