Na maior transação esportiva do futebol onde Neymar fez transferência do Barcelona para o PSG de Paris, uma figura transitou por trás sem que a mídia hegemônica desse destaque.
Maxwel é capixaba de Vila Velha/ES, onde estudou no Colégio Marista e seu pai é engenheiro químico, tem uma forja em Cachoeiro de Itapemirim. Escolheu o futebol como profissão e para ganhar dinheiro. Por isso começou em Belo Horizonte de onde foi para o Ajax da Holanda, Milan, Barcelona e PSG. Tudo ganhando os tubos. Não tratou o futebol como recreação nem jogo lúdico. Não se apegou como se torcedor fosse mas cumpriu o papel para o qual foi pago e ganhou todos os títulos.
Ele é filho de uma prima irmã do meu marido e tem o temperamento tranquilo e discreto da família. Assim agiu na Europa. Os comentaristas de futebol de São Paulo ou o ignoram ou o menosprezam. Quando foi convocado para a derrotada Seleção de 2014 eu assisti gente dizendo horrores dele. Tudo infundado. Mas ele não está nem aí para essa gente. E, desconfio que nem para a Seleção. Sua mãe comentou comigo, após a desclassificação, que ele nem se importou, que disse que a Seleção não tinha técnico e nenhum entrosamento. E, tocou a vida pra frente.
Pois bem, em maio ele deixou de jogar futebol e passou a ser executivo do PSG onde ocupa um cargo que capta jogador para o time. Foi ele quem levou Daniel Alves, um italiano que não sei o nome e agora Neymar.
Fico pasma de como os jornalistas paulistas, tão sabichões, não perceberam como a coisa funcionou, a presença de Maxwel, a forma como tudo se deu. Ficaram preocupados, como pobretões do caramba, com as altas quantias da transação, em julgar o atleta que cuida da sua própria vida e esqueceram de acompanhar como o negócio é feito no futebol da Europa. Preocupados - na cabeça deles - com a perda do time do seu atleta, esqueceram que Maxwel jogou no Barcelona, foi atuante, campeão e quando saiu o time baqueou. Como pessoa criada em meio intelectual, estudou no Colégio Marista, seu irmão é Cirurgião Dentista, seu cérebro não funciona ( feliz ou infelizmente) como os outros que mal sabem escrever. E, ao deixar os campos passou para o lado dos cartolas. Fala várias línguas, tem a diplomacia no sangue, é honesto, discreto e educadíssimo. Tem as qualidades da família e do capixaba típico.
Duvido que um dia ele volte a morar no Brasil. Com três ou quatro filhas, sair de Paris para morar em Vila Velha? É ruim...
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