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quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Eleição nos EUA

                               
Um deputado dos EUA pediu ao Brasil, especialmente o governo federal, para não dar pitaco nas eleições de lá. O cara é da oposição ao presidente Trump.
Interessante. Quando é para intervir no país dos outros ninguém dos EUA sente-se com vergonha ou interferência . Vale bomba, vale ocupação, vale mandar espiões físicos ou pelos meios sibernéticos.
A verdade é que já sentem que o Brasil não está disposto a aceitar interferência do Tio Sam mas reage, também, querendo defender-se antes do golpe dado em seu desenvolvimento.

Pois que partido de oposição ao governo atual dos EUA, que esteve no poder e mandou usou espionagem contra o Brasil, tendo o seu presidente Obama, o desplante de declarar guerra, estando em território nacional. 
O Brasil tem que começar a reagir com olhos na frente. Lutar politicamente a nível internacional com apoio a eleições de quem interessa e não ficar inerte, na passividade dos dominados, enquanto agem e tramam contra os seus  interesses.

Não é só a guerra com bombas e ocupação que se coloca um país de joelhos. O senhor Obama manipulou o Velhaco em sua vaidade e conseguiu usar o território brasileiro para atingir os objetivos daquele país. E ninguém deu um pio.
Muito estranho que agora um mequetrefe, para nós desconhecido, venha dizer o que o Brasil deve fazer. Todo mundo quer dar palpites em como o Brasil deve reconhecer o lugar dado a ele pelas grandes  nações.

Mas, camaradas internacionais, essa época acabou. Se não fere o princípio da não intervenção dos povos, o Brasil tem que agir antes que alguém que o menospreza ganhe as eleições nos EUA e volte a distribuir loas enquanto ficam de olho na submissão da nação.

E, duvido     que o eleitor dos EUA comporte-se como gente de terceiro mundo, votando em quem quer jogar a nação mais poderosa do mundo na fossa comum do globalismo. Só se endoideceram de vez. Aí é a derrocada. Jorge Soros está lambendo os beiços.

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quinta-feira, 23 de junho de 2016

A Hora do Brasil

- A pureza das respostas
                               
   
Até o impeachment terminar o Brasil ficará preso ao suspense das possíveis retaliações de suas excelências, os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Como se não bastasse a arrogância dessa gente, agora se dão como Espada de Tântalo na cabeça do cidadão. Por competência constitucional, julgam as autoridades federais. O país fica nas mão de juízes com suas ações individuais e não raro, ignorando as leis. Muitas vezes fazem a sua própria, em versão federal. São última instância. Não devem mas podem.
Se na versão estadual, desembargadores não revem julgamentos de primeira instância, pois sequer leem  as peças dos advogados e, para limpar estantes, confirmam sentenças personalíssimas que atendem amigos ou petições de ouvido, o mesmo acontece nos tribunais superiores.

Esse tipo de brasileiro é, fundamentalmente, um apátrida. Não quero dizer a elite, isso não pois tem muita gente da classe privilegiada que carrega esse país nas costas. Quero dizer essa gente que tem boa memória, consegue decorar mil palavras e, por isso passa em concursos públicos. Não quer dizer que tenham inteligência e capacidade de raciocínio para usar seus cargos e construir uma nação. Falo daqueles que estão onde estão para locupletarem-se dos cargos, do poder que lhes é conferido, julgando-se superiores porque passaram em concurso público e ganham vencimentos que lhes conferem vida de nababo enquanto quem os sustenta come farinha pouca.

Eu sempre me pergunto porque fiz Direito. Em minha própria busca encontro no fundo da minha memória, quiçá do meu inconsciente, um juiz, depois desembargador, que morava na esquina da  Rua Paraguai com Flórida, no Bairro Carmo Sion, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Ele tinha seu escritório com uma janela que dava para um pequeno jardim, enquanto uma das paredes dava direto para o passeio. Naquele tempo a Voz do Brasil era uma das formas de saber as novidades do poder , inclusive leis sancionadas pelo presidente da república. Era um programa oficial que passava, todos os dias, durante uma hora, à noite.

Quando passávamos por sua casa ele estava ouvindo o programa. O som monótono da voz do locutor ressoa, agora mesmo, na minha cabeça. Andava à pé, sempre circunspecto, pensativo, de terno claro e mãos para trás. A casa era modesta, pintada de bege e tinha um filho da nossa idade chamado Fabiano. Para mim, era uma figura de livros e romances de Eça de Queiroz. Aqueles homens inteligentes que mudavam tudo, sempre sábios.

Hoje me pergunto, ao ver ministros  empoados, de peruca, ternos importados, ares de senadores romanos, fazendo beiço para a imprensa, arrotando soberba  para valorizar seu voto que sustenta a república, onde ficou a honra desse país...