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domingo, 14 de maio de 2017

Nem um, nem outro

- Mostram  o leão sempre dissociado dos rebentos. Aqui um leão finge que sofre o ataque do leãozinho para ensinar o ataque.
                         
Em uma rotina de datas, mais um Dia das Mães. Uma data necessária para homenagear a importância   da mãe na sociedade. Entretanto, essa figura vem sendo construída pelo sistema no sentido em  que a mulher reconheça seu lugar e assuma a responsabilidade que não é somente dela.

A propaganda oficial separa a mãe da figura do pai, delimitando seus papeis como se fossem dois. Mas não são. Isso foi em sociedades superadas pela modernidade.
O estado devia educar o cidadão, fazendo confundir o pai e a mãe como educadores e colunas do equilíbrio pessoal e social e não delimitar em duas vertentes bem separadas.
O resultado é a mulher sentir-se dona do parir uma pessoa e o homem aceitar ser coadjuvante. E, no social a mulher assumir, muitas vezes, sozinha os seus filhos e o homem, muitas vezes, dar de ombros quanto a sua presença fundamental.
O ser humano é construído a partir da convivência dos dois papeis sociais a caminho da felicidade e do equilíbrio. E, homem e mulher sequer precisam reproduzir a sua própria cria.

O número de pessoas, tendo  presença na educação e convivência familiar  somente do pai é muito grande, preocupante. E, o sistema ignora e mantem a mensagem da figura da mulher ou do homem na família, dissociada um do outro. 
Qualquer Dia das Mães e Dia dos Pais deveria vir em conjunto com o casal mesmo que estivesse um e outro como pano de fundo, mas com destaque ao principal da data. 

Até Napoleão Bonaparte, essa figura de mãe extremada a sacrificar tudo e todos pela cria não existia. O mito do amor materno surgiu nessa época. Como as mulheres não criavam seus filhos e davam para terceiros, a mortalidade infantil era muito grande. O general precisava de soldados e construiu a mãe desvelada a criar seus próprios filhos. Com o passar do tempo sedimentou-se a teoria  na sociedade ocidental. E, colhemos homens irresponsáveis a virar as costas para seus rebentos, o jogar nas costas das mulheres a total responsabilidade com as crias.

Precisamos avançar. Eu não pactuo com os que  homenageiam as mães como figuras impolutas e santas aos pés da Virgem Maria. Se não forem responsáveis e educadas serão tão danosas como qualquer homem que nega ou abandona a paternidade. 
Sou pela construção da maternidade e da paternidade confundindo -se, levando a uma sociedade melhor porque os humanos serão melhores e mais completos, no espelho dos dois.

domingo, 11 de maio de 2014

Dia das mães, o Poder do discurso

                                       


Mães humanas,  também, usam seus filhos como instrumento de dominação. De busca e exercício de poder.
Por isso, há quem diga que o amor materno não é natural mas criado pelo sistema e instrumento de domínio do estado para suprir cumprimento de suas obrigações. Por conseguinte, treinam as mulheres para fazer o que o estado precisa fazer. E, os homens ficam nas beiradas, como complemento do que o estado , também, deveria cumprir.
Ao mesmo tempo, o estado faz o que um grupo deseja para si mesmo. Enquanto isso, nas bordas do sistema, os excluídos do banquete do estado festejam satisfeitos e choram quando não dá certo. As mães curvam-se sob o peso da culpa porque não conseguiram fazer o que o estado e seus donos convenceram a elas que a obrigação é sua. Os homens erram por não entender o seu lugar nisso tudo.

Dia das Mães é bonito mas não para doutrinar, cada vez mais, o papel  que deveria ser preenchido pelo sistema. Nem cabe o discurso da obrigação unilateral onde mãe deve fazer tudo e o pai, talvez, muito talvez, seja coadjuvante; se tiver dinheiro para comprar seu lugar. E, na cabeça de quem se esbalda no banquete do sistema, a mulher é carne e unha do conceito imposto por ele:  Ai de ...

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