Sônia Braga não devia fazer mais filmes. A cara carrancuda e a falta de participação, como um todo, estraga qualquer filme. Em todo filme a atriz mantém o ódio e a cara fechada, cheia de esgares sem ligação com o mundo mas seus demônios. No que suponho porque não sei da sua vida.
A história é fantasiosa no concreto mas mostra no abstrato, que o brasileiro vende o Brasil para o estrangeiro. E este só vem aqui para acabar com o povo e o lugar. O nativo sequer sabe o que acontece mas reage com violência, no toma lá dá cá. Mesmo que seja lugar inóspito e fora do mapa. A gente má do mundo em conluio. E, só resta ao brasileiro bonzinho o cortar as cabeças. Mais ou menos em analogia com Lampião quando mostra em relance as cabeças cortadas dos bandidos, em exposição, quando mortos no sertão nordestino.
O sangue nas roupas da personagem de Sônia Braga não tem nenhum controle. Como era pouco na cena anterior, jogam mais tinta vermelha no avental da médica, o papel da atriz, que o exibe sem pejo como se fosse bandeira da violência perpetrada contra os especuladores da terra brasilis.
É um filme que o espectador pode levantar, tomar uma água ou ir ao banheiro e voltar que não faz diferença.
- Cortem-lhes as cabeças !
Como diz a megera de Alice no país das Maravilhas.
E cortam mesmo, depois as exibem, escorrendo sangue. Embora a continuidade não tenha coragem de manter a sanguera em uma cena cortada e outra.
Enterram vivo o vilão, branco e de olhos muito azuis , que atreveu-se - sem sequer dizer por quê - entre a brasilidade trigueira, no mesmo lugar onde a população cavou para esconder-se dos invasores.
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