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segunda-feira, 16 de março de 2020

Bacurau

                                           

Assisti  o filme Bacurau. Podia resumir em uma frase, que papai dizia quando via um filme sem noção : - Lo que saíre. Em várias cenas veio-me  a mente, papai dizendo isso.

Sônia Braga não devia fazer mais filmes. A cara carrancuda e a falta de participação, como um todo, estraga qualquer filme. Em todo filme a atriz mantém o ódio e a cara fechada, cheia de esgares sem ligação com o mundo mas seus demônios. No que suponho porque não sei da sua vida.

A história é fantasiosa no concreto mas mostra no abstrato, que o brasileiro vende o Brasil para o estrangeiro. E este  só vem aqui para acabar com o povo e o lugar. O  nativo sequer  sabe o que acontece mas reage com violência, no toma lá dá cá. Mesmo que seja lugar inóspito e fora do mapa. A gente má do mundo em conluio. E, só resta ao brasileiro bonzinho o cortar as cabeças. Mais ou menos em analogia com Lampião quando mostra em relance as cabeças cortadas dos bandidos,  em exposição, quando mortos no sertão nordestino. 
O sangue nas roupas da personagem de Sônia Braga não tem nenhum controle. Como era pouco na cena anterior, jogam mais tinta vermelha no avental da médica, o papel da atriz, que o exibe sem pejo como se fosse bandeira da violência perpetrada contra os especuladores da terra brasilis.

É um filme que o espectador pode levantar, tomar uma água ou ir ao banheiro e voltar que não faz diferença.

- Cortem-lhes as cabeças ! 
Como diz a megera de Alice no país das Maravilhas.
E cortam mesmo, depois as exibem, escorrendo sangue. Embora a continuidade não tenha coragem de manter a sanguera em uma cena cortada e outra.

Enterram vivo o vilão, branco e de olhos muito  azuis , que atreveu-se  - sem sequer dizer por quê -  entre a brasilidade trigueira, no mesmo lugar onde a população cavou para  esconder-se dos invasores.

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