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sábado, 8 de agosto de 2020

Grosserias e insultos

                                                

                                         - #gentilezas fora de moda

Vivemos tempos sombrios. Haja  oportunismo cada vez maior,  os insultos, a estupidez, a grosseria institucionalizada como exemplo  máximo de urubus superiores da nação, prontos para cuspir em quem lhes dá na telha, sem que lhes haja limites. Péssimos exemplos.

Os coices reverberam sociedade adentro. Não se pode mais telefonar para alguém para perguntar como está passando com essa pandemia; a resposta é a grosseria, o dizer que está ocupado. O outro que segura as barras da economia da casa, se acha formidável no último,abusa e dá ordens. É o máximo do ruim esburrando no momento certo. Vizinhos que se dão o direito de incomodar, pessoas contrariadas no mínimo reagindo como se fosse o fim do mundo e pouco se importando com a invasão de celulares, filmando tudo para ganhar destaque na mídia. Todos se  dando de maiorais no todo e em parte, deixando de lado a paciência, a generosidade  mas colocando-se no lugar do outro para exercer a palavra da moda, a empatia. Como se colocar-se no lugar do outro é completar a verdade e dar todos os direitos sem a generosidade do  milenar amor ao próximo. Uma pandemia que coloca a todos humilhados com a perda da liberdade. E, a nação que deu causa não mostra pejo, vergonha e pede perdão aos mortos. Pelo contrário, quem é cobrado é o governante local, como se fosse possível barrar a morte quando ela vem. E os médicos? Tornaram-se as estrelas do mundo. Sabem tudo, até o desconhecido. Hoje vi um jornal na banca cuja primeira página eram cruzes de um cemitério. Pocam na internet os sabidos com as receitas de enfrentamento à morte , cheirando a oportunismo em propaganda a novos clientes, desde que seja para tomar suas receitas mais esdrúxulas. Enquanto isso, processos ficam parados mas decisões para os amigos do rei saem de um dia para outro. Ainda mais se for para repercutir e humilhar os inimigos. Se ontem a notícia era inflação, depois corrupção, hoje é morte.  Nunca a cruz esteve tão na moda, mostrando as mortes do mundo em sua comemoração. Nem  as máscaras pretas para esconder a sujeira da humanidade e a oportunidade dos ímpios sobressaírem na estupidez, nos coices e nos dedos apontados. A pandemia aproveita para desintegrar o que  levaria mais tempo  ou  jamais seria mostrado, se não fosse esta circunstância.


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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Quem toca o berrante ?

                                   
             
                      
Tempos difíceis. Só denúncias. Ninguém presta, ninguém acerta em nada. O que tem de dedo duro, de gente vigiando e querendo se fazer nas costas de outros é de dar engulhos. 
                                                 

Ou a pessoa recusa-se a ficar alheia aos acontecimentos no mundo todo  e onde a caça de erros é ganha pão de muita gente ou faz parte de hordas de denunciantes sentados atrás dos teclados, se fazendo de oráculos na nuvem. Parece que não há outra opção.

Bons eram os meus tempos onde o pau comia e não fazia diferença para mim. Continua não fazendo diferença porque não faço parte das hostes que decidem os rumos da manada, não toco o berrante nem estalo o chicote. Mas a poeira me atinge e me cansa limpar os tutanos de tanta sujeira.
Eu não tenho nenhum prazer em ver o circo pegar fogo e já vivi o bastante para saber que, quem se locupleta não é quem  coloca o peito na frente da baioneta.

Um dia chuvoso não faz mal a ninguém...