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domingo, 23 de julho de 2017

O canto da sereia

                                            


Somos uma nação em formação e nossas lideranças são, muitas vezes, forjadas por diretrizes bem intencionadas mas perdidas na interferência equivocada. O Velhaco é uma delas. Nascido nas águas de um tempo turbulento, encaixava com justeza nas teorias comunistas que prega o poder do proletariado. E o que é um proletário? Uma pessoa vinda do nada, de origem na camada mais pobre da população, sem instrução, operário de atividade simples ou  mecanizada, recebendo ordens de superiores e facilmente influenciado por intelectuais instruídos nas teorias sociológicas, prontos para aplicar o que leram e decoraram.

Em uma época em que um operário / sindicalista chegou ao poder na Polônia, um sindicalista que emergiu com o fim da opressão comunista, o Brasil, macaquito de sempre, resolveu copiar a zoropa e cunhou o seu líder operário e sindicalista, conduzido magistralmente pelos intelectuais ávidos em aplicar suas teorias sociais.

O povo, cansado de ser governado por gente vinda das altas camadas sociais que não correspondiam, aderiu à oportunidade de fazer história. Mas não contavam com a astúcia dos manipuladores de sempre, que com pouca resistência para comprar almas e vidas, encontraram então facilidade para jorrar dinheiro nos bolsos de quem nunca teve nada na vida. Não resistiram ao Canto da Sereia.

Com a certeza da impunidade, os petralhas tornaram-se uma gang de ladrões que aliam-se  a outras gangs, formando a maior quadrilha, saqueando os cofres públicos do planeta. Se o dinheiro compra tudo, essa gente conseguiu organizar-se de tal maneira que havia contabilidade definida e sofisticada para pagamento e controle, com adesão internacional. Compraram aqui e lá. 

Quem foi ludibriado, quem escolheu acreditar e apoiar essa gente, pessoas honestas mas teóricas, dificilmente acredita, do alto do seu ego de sabichão, que caiu em uma arapuca. Ou que ficou fora da bolada bilionária desviada dos cofres públicos. Continuam com seu discurso decorado, com formatação feita por toda vida e com sérias dificuldades de deletar tudo e mudar de rumo. Admitir erros não é nada fácil. 
A maquina da inteligência humana é um mistério e a formatação desses brasileiros é a calamidade para a nação. A dificuldade de mudar de rumo levou e leva nações para o buraco. Como admitir que o que aprendeu não é ordem unida de quartel?
Por isso estamos como estamos. A a teoria na prática é outra.  Não amarraram-e no mastro para resistir o canto da sereia.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

O olho grande do cidadão

                                   
Não vejo motivo algum para comemorar a prisão de Eike Batista e por ele estar em presídio comum por não ter curso superior. É triste, é sintomático e mostra um tempo de ambições desmedidas.

Na democracia todos podem fazer política e devem mas em um país onde as verdadeiras lideranças não participam efetivamente de cargos e decisões, os bestuntos, os herdeiros, os aventureiros e os capachos o fazem.

Eike Batista é um líder empresarial mas, mal orientado e oportunista, sucumbiu ao Conto da Guitarra de políticos corruptos forjados nas lacunas da omissão. Eu leio textos escritos por quem se julga vestal e como se piada fosse, que ele não comprou um diploma. Por trás dessa frase esconde a perversão política de quem prefere não participar, fazendo piada da sua omissão e sem a mínima noção. Pois, dizer que ele poderia ter comprado diploma de uma universidade, mostra a quantas anda a honra de certa camada de cidadãos. 

Enquanto muitos intelectuais preocupam-se com fraude nas urnas eletrônicas de um país gigante, deviam preocupar-se com a listagem oferecida pelos partidos políticos, em eleição minoritária, eivada de gente que se julga líder porque  é dirigente de clube de futebol com torcida que garanta sua eleição ou médico que atende os doentes agradecidos. Essa gente, escondida e omissa, ganha a vida fazendo fofoca política, cria páginas para injuriar terceiros mas não é líder de nada. É  intelectual do achismo, sentado eternamente na própria vaidade do blá-blá-blá, algumas vezes virulento, tentando tirar uma pedra do arcabouço da nação para aproveitar de uma situação que lhe cai bem. E, muitos ganham para isso. E, existem no mundo todo. 

Eike Batista foi preso porque pagou uns tantos milhões de reais de propinas a diversos políticos, inclusive em países estrangeiros. Teve trânsito aqui e acolá, mostrando sua caixa de dinheiro falso.

Vou contar para vocês o Conto da Guitarra:

Um cara procura outro com uma caixa, contendo notas de cinquenta reais para vender como notas falsas perfeitas. Seriam dez mil reais na caixa. Mas só na camada de cima tem notas verdadeiras. Por baixo são notas falsas e papel cortado. Mostra uma nota verdadeira para provar a perfeição da nota falsa, testa, faz uma compra com a nota verdadeira para provar que seria falsa perfeita. Depois pede mil reais pela caixa. E, consegue. Quando o cara manuseia os papeis encontra notas xerocadas e papel em branco. 

O crime de estelionato precisa de espertinho dos dois lados. Precisa de um mitômano e alguém que quer levar  vantagem. O bandido é um otimista e, se somado à certeza da impunidade , não tem limites.

Eu conheci um homem que passava o Conto da Guitarra, no escritório de um advogado onde trabalhei no início da minha carreira. Se eu acreditasse em ganhar dinheiro fácil, teria caído na sua lábia. No caso de Eike Batista uma conjuntura de espertalhões e de certezas que jamais seriam presos, levou políticos do mundo inteiro a cair na conversa dele.

Acredita em acaso? Então KLIKA