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quinta-feira, 23 de abril de 2020

O equilíbrio

                                        

O quê interessa hoje é  não termos políticos à altura do momento histórico. E, isso é responsabilidade da ditadura e, principalmente, do Ato Institucional número cinco, o AI-5.
O AI-5 proibia reuniões de qualquer forma. Mais de quatro pessoas juntas era considerado reunião e , portanto, proibido. Com isso acabaram as associações, os institutos literários, intelectuais, profissionais ou congêneres. Nas escolas, os grêmios desapareceram. As disputas literárias nas escolas e faculdades ou esportivas estavam proibidas.
Como consequência as lideranças naturais foram impedidas de aparecer, a partir do desenvolvimento da mocidade para  exercer sua vocação. Sobraram os puxa-sacos, os subalternos, os vendidos, os fanáticos bem mandados pelos poderosos. Pouco a pouco, as lideranças nacionais, surgidas na democracia anterior a ditadura, foram envelhecendo ou retiraram-se para não fazer parte da conjuntura. Perderam sua força. Os que deram causa para a instalação da  ditadura resolveram partir para o confronto. Pouco a pouco desapareceram. Por auto exílio no exterior ou mortos em confronto  com a polícia na sua proposta de luta armada. O povo ficou na ditadura por vinte anos por conta de meia dúzia.
Mas o maior  preço foi pago pela a nação como um todo. E desembocou na Lava Jato que é consequência direta da volta dos exilados e na sedmentação dos puxa-sacos. Acabamos no mesmo lugar de antes. Os mesmos com os mesmos discursos. Os mesmos com os mesmos atos, as mesmas propostas. As mesmas caras nos líderes vencidos ontem, voltando em nova chance e caídos no mesmo lugar anterior. Tudo obra e responsabilidade da ditadura de 1964.

Mas pior do pior,foi o fim do político mediador. Não há mais aquele negociador que sabe achar saídas e proteger a democracia. E não tem, porque o confronto é entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Brigam entre si em todas as áreas. O mediador, historicamente vinha de Minas Gerais. Mas outro mal da ditadura foi acabar com as lideranças de Minas Gerais. Um estado onde cultiva-se a democracia, Terra da Liberdade, por fidelidade a Tiradentes. O mineiro retraiu-se. Com  Minas Gerais de fora, desapareceram os políticos negociadores que davam equilíbrio aos confrontos.

Portanto, é com bons olhos que eu vejo surgir o equilíbrio, a calma e o sotaque carregado longe dos erres e xis, dos mais em vez do mas, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. 
Seria um sintoma que a ditadura acabou, efetivamente, e que começa a surgir gente sem sua influência?

Espero que possa ser o   vislumbrar de novidades, equilíbrio, racionalidade  nesse balaio de gatos da política nacional. Que apareçam  outras lideranças, longe,  realmente, das velhas práticas de luta pelo poder nacional.

Não sabe? KLIKA  

                                     

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quinta-feira, 28 de março de 2019

Consequência da ditadura

                           

Não houve ditadura no Brasil? Sim houve e suas consequências o povo brasileiro paga até hoje.

Com o AI-5 de dezembro de 1968 a proibição de fazer novos líderes foi como um garrote vil no pescoço da nação. E continua sem dó, sem trégua, apertando pouco a pouco e exaurindo suas forças em eterno limite.
O Golpe de 64 foi dado para impedir que essa última  turma,  apeada do poder aos chutes, fizesse uma ditadura da esquerda. A bagunça era tão grande que o povo foi às ruas pedir providências. Nem uma aula em escola pública podia ser dada pois interrompida por um discursista, babando na gola, vituperando ordem de comando e fechando as portas da liberdade.
Não vou fazer análise para convencer uns e outros sobre o que a história conta e os malucos ignoram. Porque só doido para negar uma ditadura que impedia até sarau de poesia se houvesse quatro pessoas no local. Havia dedos-duros nas salas de aula, chamados de informantes,  nas universidades a procurar jubilar uns e outros.

As consequências estão aí:  lideranças vetustas, com discurso daquela época, ocupando o poder federal desde o fim dos presidentes militares. TODOS  os ex presidentes, de uma forma ou de  outra, participaram da ditadura. Grande parte dos jornalistas, professores de universidades fizeram parte do discurso da ditadura implantada pelo golpe de 1964.

Essa gente, que digladiava naquela época, continua brigando por nada. Enquanto isso a nação segue joguete dessa corja sem vergonha e sem discurso novo. Seja o Velhaco ou o Maluco no poder, liderando suas massas de manobra, repetindo o mesmo discurso, enchendo a paciência do brasileiro comum e alimentando os idiotas de sempre e barulhentos de agora.

Chega!

Ao trabalho que o Brasil desgringola a qualquer hora. Chega de textões de cérebros vetustos e carcomidos pelo piolho da derrota, na internet e  com brigas sem sentido, acusações que não levam a nada, que impede o crescimento do Brasil.

Sem saída estávamos e sem saída estamos. Sem líderes naturais ou forjados nas baionetas da ditadura.
Nada a comemorar...         

                                                   

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