Convenhamos, não é nada fácil usar um objeto no rosto com o calor que faz nessa terra. Objeto que retem a respiração quente do calor dos trópicos. Muitos que não estão usando sequer sabem ou tem como adquirir. Improvisar é uma saída relativa. O ar que volta dos pulmões já vem contaminado se a pessoa já tem o vírus no corpo. É uma faca de dois gumes. Não justifica o frenesi pelo uso.
Verdade, a importância do uso de máscaras nos ambientes de aglomeração das grandes metrópoles, nos meios de transportes fechados, nos lugares de trânsito de pessoas, no entra e sai do comércio, no trabalho a portas fechadas. Mas a imposição grosseira de autoridades carrancudas e autoritárias não é o caminho de uma civilização democrática e respeitosa. A incapacidade de uma autoridade comunicar-se com a população, mostrando de forma didática e democrática a necessidade do seu uso, chega a ser patética.
Um país no qual as leis são feitas, passando por cima da Constituição Federal para mandar prender e arrebentar sob o manto do protecionismo dos incautos, do reter os serviços médicos e hospitalares, confirma o subdesenvolvimento, a forma distante e arrogante de ser governado.
Máscara é uma novidade para uma população acostumada a viver com pouca roupa para enfrentar o calor tórrido, muitas vezes úmido e insuportável. Essa gente acostumada ao conforto, ao ar refrigerado, ao dar ordens para outros correrem para fazer as suas tarefas de mais esforço físico, está tão longe do povo quanto os milhões que continuam a roubar dos cofres de onde sai o dinheiro do suor desse mesmo povo.
Máscaras são colocadas nos rostos para proteção importante. Máscaras caem para mostrar as faces escondidas do inacreditável.
Que venham, uma a uma, mesmo que o resultado seja pífio.
KLIKA: Mamona |
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