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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Se colar, colou

                      
                              - Canoa havaiana em Guarapari / ES

O presidente da república continua sua luta pela sobrevivência. O cara já abriu o intestino quatro vezes. Jamais será o mesmo. Sua ansiedade em ficar de pé, ir para a luta nas batalhas cheias de farpas, agressões verbais não é normal. Aliás, ele não é normal.
O cara é vindo do mundo fora dos meios acadêmicos paulistas, sem ser teleguiado da USP e seus pseudos gênios da lâmpada política. Essa gente, acostumada a direcionar o país desde a Revolução de 30, não se conforma com a perda de espaço nos jornais e na mídia em geral.

A exposição nos corredores do hospital, no quarto, no falar cheio de canos no nariz faz parte dessa batalha onde gente, Acampados de Curitiba, recebe instruções de dentro da delegacia da Polícia Federal. De  um velhaco que agora se dá de apaixonado e quer casar, tudo para ser notícia. A coisa toda é tão doida que um apenado dá entrevista política, completamente  fora de si, recebe mais de mil visitantes em um ano, preso em delegacia.
E, a ordem é duvidar da facada que faz do soltar mentiras , no  acrescentar detalhes que não existem, rebote do  inconformismo de ter perdido o texto principal da história e ser relegado ao rodapé.
Perder um dedo não é mais considerado, ante  uma facada no intestino. Facada esta  mortal em noventa e nove vírgula nove por cento das vezes. E, levou o outro para o texto principal. É de deixar o Velhaco,  doido de raiva, de jogar pedras. As pedras da mentira e do Se colar Colou. 

Vivemos um tempo de insanidades e quem procura entender, fica contaminado. Cabe acompanhar de longe porque a briga é para quem está disposto. Nada, nunca foi tão sujo.

Observem nas entrelinhas, a fofoca, a maledicência ; KLIKA

#facadafake

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Nota: Se quiser compartilhar algum texto desse blogue, tem a barrinha com as possibilidades. Inclusive no M pode ser mandado por e-mail . Obrigada pela deferência...

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Os canalhas envelhecem

                        
                                  
A história do Brasil não tem registro acessível ao povo brasileiro. Óbvio que existem os jornais da época dos fatos e acontecimentos, embora viciados de opiniões, nem sempre isentas como deve ser o jornalismo.
Mas, feliz ou infelizmente, ainda há gente viva e lúcida para relatar o que se passou na época da ditadura militar. E, que não seja jornalista perseguido pela censura e, portanto, cheio de mágoa e com ótica distorcida, procurando ser vítima ou herói de resistência.

No final dos anos sessenta do século passado, ocupações em escolas e universidades eram tratadas como invasões. Os alunos comunistas, os inocentes úteis e os revoltadinhos invadiam as escolas públicas e universidades, as salas de aula para dizer seus discursos, tumultuar a vida acadêmica e atrapalhar quem queria estudar. 

Quando invadiram o Colégio Estadual,  em Belo Horizonte/MG meu irmão cursava o Científico e foi impedido de sair. Papai teve que ir no local para que a polícia o liberasse. Ele não era participante. Disse que os invasores  mandaram todos  fazer xixi em uma lata para, depois, jogar na polícia. Papai estava esperando Fernando ser liberado e um jato de xixi pegou nele.

Eu fazia o primeiro ano de Direito, em Belo Horizonte, na Praça Afonso Arinos e só havia a Federal em Minas Gerais, Lembro-me de ir ver os estudantes do quarto e quinto anos, os mais salientes fazendo discurso. Um deles Oswaldo,  depois casou-se com a filha de um professor catedrático, rico e poderoso e foi dar aula  no Rio de Janeiro, na Federal, nos anos setenta. Ela era minha colega de turma.
Outro era chamado de Cambraia, sobrenome,do quinto ano, oriundo de Uberaba e aproveitava para pregar a separação do Triângulo Mineiro para formar um  novo estado. Não sei que fim levou porque era formando.  Foi a primeira vez que eu ouvi falar a frase Uberaba Terra do Gado, pois ele dizia no seu discurso.

Eu ficava por ali porque tinha ido à aula na parte da manhã pois dava aulas à tarde e não podia perder tempo para ver a bagunça. Mas alguns colegas aderiram, chegaram a participar da UNE, do seu  congresso onde todos foram presos. O presidente da UNE era meu colega de sala e namorava a moça mais bonita da turma. Ele sumiu e, portanto, não se formou conosco. Não me lembro o nome e nem que fim levou.
Um colega torturado quando preso no Congresso da UNE, não queria comentar sobre estes fatos, anos depois. Mas insisti, quando o encontrei em uma comemoração anual de formatura. Então, disse apenas que mandaram ele ficar em pé, em cima de uma lata sem poder cair, horas a fio. E, que sentira-se um idiota por ter acompanhado os comunistas sem nada a perder.

As aulas de Direito Constitucional eram superficiais, com nova Constituição da ditadura, Atos Institucionais, Cassação e insegurança dos professores. Alguns alienados, faziam perguntas para aprofundar na matéria mas nunca havia retorno.

Qual o resultado disso tudo? O Ato Institucional Número 5, de dezembro de 1968 e que lançou o Brasil em uma ditadura de quase vinte anos.

Então, é bom ficar atento e observar os motivos por que o Velhaco ainda não foi preso. Alguns líderes das invasões dos anos sessenta estão vivos e em atividade. Alguns estão presos mas não mortos. Com certeza continuam tal como foram e dando ordens de dentro da cadeia. Bestuntos seguindo. Muitos militontos daquela época estão debaixo da terra. Pagaram com a vida por nada.
Mas os líderes principais e que obtiveram sucesso estão aí, com os bolsos cheios do dinheiro roubado do povo que eles queriam libertar da miséria e do atraso. Queriam implantar uma ditadura alinhada com Moscou. Caíram, afinal, o tempo passou mas eles continuam os mesmos, pagando para ver o circo pegar fogo. Mesmo que do fundo da masmorra. Os canalhas também envelhecem.