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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Turismo zero

                                              

                               Orquídeas dão aos cachos no meu quintal


Difícil para muita gente entender que o Brasil não é somente Rio de Janeiro e São Paulo. Especialmente o estrangeiro que se dá de brasilianista, faz pesquisa acadêmica nestas metrópoles e generalizam atitudes, costumes, práticas de todo tipo.

Difícil entender que o Brasil tem, em cada estado da federação, um país com suas falas, música, folclore, culinária e costumes peculiares. E, com detalhe importante, o brasileiro comum, longe dos lugares hegemônicos e constantes na mídia e julgamento não quer ser confundido. 

Se São Paulo e Rio tem suas populações nas ruas, em aglomerações gigantescas para dançar funk ou comprar quinquilharias de produção barata, contrabandeadas e sem pagar impostos, dos arrogantes chineses de seus centros populares, o problema é deles. Se os seus novos ricos fazem festas com duzentos, quinhentos convidados é preciso situar, claramente, quem são e o que entendem da vida.

Onde moro, Guarapari-ES, cidade turística que nesta época do ano traz uma multidão do mundo todo, em dez vezes a sua população,  para passar as festas de fim de ano e o próprio verão está VAZIA. Minha rua, que fica intransitável nesta época, não tem um carro de fora pra contar o caso. Ninguém sai sem necessidade, não há aglomeração, muitos de máscaras, mantendo distância, lojas abertas, nada cheio de gente. A construção de uma casa ao lado da minha tem barulho insuportável porque a construção civil está a toda. Comércio aberto normalmente. Só, mesmo, a falência zanzonal.

Uma vizinha, que é de Vitória mas tem casa por aqui,  insistiu que o noticiário da televisão está contando aglomerações sem máscaras, mortes e aumento nas ocupações de leitos dos hospitais. Apavorada, quis me contagiar com seu medo estampado na máscara, mesmo  dentro do carro e olhos arregalados. Jamais anda a pé, nem daqui prali. Haja paciência ! Eu deixei correr. Afinal a mulher é dona de universidade e tem título de doutora. 

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sábado, 25 de abril de 2020

Híbrido do macaco

Arara, livre na natureza, vem, com seu bando, comer na varanda 

                                       
Como fazer entender aos estrangeiros que o Brasil não é do tamanho da França? Que a pandemia destruindo gente em Manaus, no Amazonas não é o limite da barbárie no país? Que tem muito de política do prefeito da cidade para esconder a fragilidade da população e dos serviços públicos locais. Nem é o governador que está fazendo escândalo.
Que prazer tem a França em referir-se ao Brasil com tanta raiva e menosprezo, se o brasileiro alimenta o turismo, estuda e gosta daquele país? O Brasil não tem nenhuma ligação política ou contas a ajustar com a França. A não ser pelas frustrações, deles, por  não conseguirem invadir o Rio de Janeiro ou o Maranhão, sendo expulsos com flexadas na bunda. Não perdem a chance de tratar o brasileiro como bárbaros, destrutivos, escória do mundo.
Tenho um amigo que foi fazer intercâmbio cultural na França e, ao lá chegar, foi colocado na casa do cachorro, como ele conta. A comida eram os restos da mesa deles. Nunca sofreu tanta humilhação na vida. Voltou antes de terminar o tempo do intercâmbio.

A pandemia do vírus chinês, por aqui, ocorre como em qualquer lugar do mundo. Não se pode entender a reação de alguns, buscando que o Brasil atinja o primeiro lugar no pódio de mortes. Os noticiários mostram  a lista da disputa como se fossem as medalhas nas disputas das Olimpíadas.

Que necessidade tem essa gente de informar que o brasileiro é uma ruma de ignorantes, incapazes de entender uma disciplina a ser mantida na pandemia?

Deve ser muito difícil, como brasileiro, ter que explicar para os estrangeiros, se a pessoa convive com essa gente, que o nativo dessas terras não são macacos saltando de galho em galho. Que o brasileiro é preservacionista por natureza, que entende as regras e as seguem.
Quando estava no auge da escravidão dos africanos, foi feito um  sínodo religioso para debater se os negros tinham alma ou não. Os gregos, na época de Sócrates, também, debateram se a mulher tinha alma. Seria bom se os franceses fizessem um congresso, com debate acirrado para debater se o brasileiro é ser humano ou híbrido do macaco.

Contrariada mas só para saber a quê me refiro: KLIKA

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