A Esfinge de Guizé, antes de ser escavada e mostrar sua beleza por completo, estava submersa nas areias. A imagem que se tinha era só da cabeça, saindo das areias e assim apareciam nos livros comuns, de história, nos retratos. O conhecimento era da existência somente da cabeça.
Só depois que a areia foi sendo retirada, anos a fio, descobriu-se o que havia por baixo e todo o corpo apareceu.
A mesma coisa acontecia com o planeta Terra. A ciência dizia que era redonda e marrom. Assim eram as figuras, os desenhos nas escolas, nos livros, nas exigências dos professores para justificar as notas nas provas. Só depois que Yuri Gagarin saiu da estratosfera é que a imagem da Terra apareceu verdadeira e completa para todos. Ao comunicar-se com a Terra ele disse com a voz embargada, com entusiasmo e demonstrando revelação:
As gerações que sumiram da face da Terra, antes dessas mudanças no conhecimento, não são, não foram atacadas ou tratadas como ignorantes pelos senhores doutores que vieram depois deles. A vida seguiu o seu curso, respeitando as diferenças e a capacidade de aceitação, próprio do mundo civilizado.
Mas o que pode ser notado é que o mesmo não encontramos nos tempos contemporâneos. A necessidade de impor suas idéias voltam aos tempos do autoritarismo em busca de um só entendimento dos fatos, das coisas, das palavras, do livre pensar.
O que salta mais, entretanto, é o querer impor uma ditadura dos doutores. Depois de aglutinarem-se em entidades de classe, das quais só participam os amigos do rei, agora formam hostes autoritárias para impor teses, pensamentos e domínio da expressão humana.
Já não basta poder estudar, ter formas e meios econômicos ou por manifestação dos quociente intelectual, amplamente medido e exaltado. Agora cospem em quem optou por não querer medir forças intelectuais com as academias de medicina e jurídicas. Pois que nos tempos atuais, empatando vidas, honras, liberdade e saúde de quem lhes apetece, estão os DOUTORES em medicina e jurídica com a pretensão suja de decidir o quê uma pessoa deve fazer pra manter sua saúde ou o seu direito de livre pensar, ser, ir e vir. No mínimo.
Depois de manter a renca de gente longe do saber, do uso da modernidade, do conforto, isolados na miséria da nova escravatura do servir calado e sem reagir, agora decidem quem vive, como vive, o que deve fazer, falar, pensar e ir.
Do alto de seus mantos do saber reservado e pagos a preço de ouro, esses doutores da pátria suja e pobre, formatam a sua ditadura sobre todos aqueles que ficam abaixo deles, de onde olham e cospem a vontade.
E ai de quem reclamar. Ou é morte ou cadeia...
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