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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

- Vou acabar com ele !

- Minha casa... 
Se quer ver maior klika na foto
                         
A pior coisa que pode acontecer com uma pessoa é angariar um inimigo sem dar causa. Isso mesmo. Uma pessoa vai vivendo a sua vida, correndo atrás do futuro, estudando, trabalhando, casando, descasando, reproduzindo, ora crendo em Deus, ora tendo a certeza que Ele não existe. Sem que se dê conta, passa na frente de um medíocre, de um imbecil completo, de um frustrado absoluto. É o bastante para esse simulacro de homo sapiens deixar crescer um ódio e a vindita:

- Vou acabar com ele !

Pensa que é exagero? Pois é o que mais tem. Penso que sempre houve, pois  daí nascem os vilões das histórias e da história. Mas não se há de confundir com o traidor ou com os delatores. Não, essa corja a que me refiro age na calada da noite, nos porões da inveja, na escalada das derrotas da vida. Quando se pensa que ficou livre, lá vem a tralha nos calcanhares, outra vez. Não aceitam a derrota, não percebem que seu cuspe pra cima cai na sua própria cara. É do tipo que ameaça comer o fígado de quem não consegue chegar  aos pés.
Eu desejo, sinceramente, que toda pessoa com luz própria, jamais cruze na vida com esse tipo de gente rasteira, suja, que nunca larga a casca de inseto que veio da lama porque o máximo que consegue é virar mariposa suja e pegajosa.

Fique atento, seja implacável e não perdoe os imperdoáveis. Lembre-se, até Elvis Presley morreu disso.

                           

Nota:    #compartilhe 
Compartilhar o que gosta faz bem. E, eu agradeço

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Um carnaval, muitos carnavais


Será que fazia esse solão quando eu estava na faixa etária 
dos vinte anos? E, pra mim não era nada... Passava o dia ao Sol, sem protetor solar , refrescando no mar de águas frias. Tomava batida de caju no Siribeira, ouvindo música carnavalesca no ultimo decibel... Tudo numa boa. Foi muito bom. Pobre de quem passa a mocidade vendo filme na frente da televisão , em pleno carnaval , e deixa o cavalo encilhado passar.


                               

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Não viu, não vê, não vence. Voltou:Queimou a língua.

                                     

                                  

Eu voltava, à pé,  do centro da cidade, onde eu fora para ver o tapete na rua principal, na comemoração de Corpus Cristi, quando chamou-me a atenção um indivíduo estranho, adentrando no nosso quarteirão. Minha rua é sem saída e quem entra nela, não sendo morador, é suspeito. Diminuí a passada e parei em frente da minha casa à espera do estranho que já voltava.Todas as minhas antenas estavam ligadas e eu pronta para correr para dentro de casa.

O homem era sujo mas vestido de calça preta e camisa amarela fechada até o pescoço. Uns 25 anos. Eu o encarei e ele sorriu. Todo subseviente, pediu desculpas por estar ali, dizendo para eu ficar à vontade  mas que a rua era sem saída. Eu respondi que ele podia andar por onde quisesse , que a rua é pública. Não parecia perigoso mas semi mendigo.

Concomitantemente, apareceu um carrão importado, que estacionou em frente ao lote da minha casa que aliás são três, de propriedade de um grande empresário do estado. O cara é líder no seu segmento, podendo empregar com facilidade.Era o dono. Ele desceu e veio conversar comigo. Foi amigo do meu marido, que fez projeto arquitetônico de uma de suas lojas há algumas décadas. Reconheceu em meu filho o pai, por parecerem-se muito.Comentava que os lotes estavam precisando de capina, quando o indivíduo, que parara para ouvir a conversa, disse que poderia fazer o serviço.Conversa vai, conversa vem, despedi-me e entrei em casa. O empresário , então, combinou com o passante a capina, deu-lhe trinta reais e ficou de dar outros setenta no dia seguinte, depois do serviço pronto.                           


Pergunta se ele voltou hoje? Não pensem que o lider empresarial seja um bestunto. Não. Ele é apenas mais um que pagou para ver que esta gente não quer nada com a Hora do Brasil mas é preguiçoso, sem eira nem beira a transitar para cima e para baixo, um andarilho, oportunista, dando-se de esperto. Se ele tivesse vindo trabalhar, além de ganhar o resto do dinheiro poderia ter um emprego, uma chance de sair da miséria.O cavalo passou encilhado na frente dele e ele nem viu.

                                         
                                        


Nota: Para queimar minha língua, o cara apareceu às 11 horas para trabalhar. Bateu no meu portão, pediu fósforo para o cigarro e um copo d'água. 

Nota 2: O empresário apareceu às 14 horas, pagou o cara.Conversamos e rimos muito da nossa língua queimada.