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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

- Dá zero pra ele !

                        

Um dos erros substanciais do ensino público é sobre o conceito de coisa pública.
O camarada pensa que coisa pública é sem dono. Não entende que coisa pública é de todos, do conjunto da população nacional, de todo brasileiro, nascido e assim tornado.

Um exemplo é um subdesenvolvido fazer xixi na sibipiruna em frente da minha casa. O cara para o carrão, desce com o filho e ambos urinam na árvore da rua. Quando você esculhamba o ignorante ele, na frente do filho, diz que a rua é pública e ele tem o direito de ir e vir. Como assim?
Então, a estúpida aqui tem que fazer uma conferência, de graça, para explicar o que é coisa pública. Não exatamente para um adulto que pensa ser rico porque tem um carrão cheio de lata e horroroso. Mas para seu filho porque ainda resta uma esperança do brasileiro ser, um dia, desenvolvido.

Outro exemplo: Uma vez apareceu na minha sala um delegado de polícia, que havia conseguido na Justiça, através de um Mandado de Segurança, o direito de emplacar seu carro sem pagar as diversas multas, alegando que não fora notificado delas.
Chegou cheio de marra, jogando o Mandado Judicial, amarfanhado (Mais do que amassado) na minha mesa e dizendo que fora licenciar seu carro e o rapaz, que o atendera, disse que só se eu autorizasse. ( Vou poupar detalhes)

Eu, então,  mostrei a data do mandado para ele e disse que estava vencido  em dois anos. Ele virou uma fera e gritou que havia licenciado os outros anos com o mesmo papel e que tinha validade. Que funcionário de órgão público não tinha que dar palpites mas cumprir ordem judicial. Que iria ao juiz e que voltaria para  me prender porque ali era público e eu estava desacatando um delegado de polícia, descumprindo ordem judicial, que ordem de juiz não se discute mas cumpre-se e blá,blá,blá...

Quando ele acabou de gritar - um homem bonito, alto , com um terno e gravata que o faziam imponente, revólver na cinta que ele fez questão de deixar entrever - perguntei se ele sabia o que era um Mandado de Segurança, a validade da liminar e o que era notificação de multa. Ele curvou-se sobre minha mesa e disse que voltaria com as algemas na mão, que órgão público não tinha dono e, portanto, eu não era a dona para ir contra ordem de juiz. Tudo encarando no meu olho, com  as  outras advogadas apavoradas. Uma delas, Dra. Suely, falou Calma Calma. Depois eu soube que a voz dele tinha reboado no corredor e alguns servidores ficaram parados para ver o que era aquilo.

Eu me levantei e também apoiei minhas mãos na mesa, ficando cara a cara com ele, de supetão. Ele recuou e eu disse ( na certa alto demais ) que órgão público não queria dizer que não tinha dono mas que era de todos, que órgão público era do povo, que eu era paga, tanto quanto ele, com o dinheiro do povo. Que se ele entendia que órgão público não tinha dono, eu diria que eu era dona porque eu fazia parte do povo. Que ele devia estar me ensinando a respeitar o que era do povo e não eu, que se eu fosse desobedecer a lei que ele devia me prender em flagrante delito e blá, blá, blá.
Pasmem, ele respondeu muito nervoso e cheio de certezas:

- Nenhum órgão público se importa, nenhum funcionário recusou nos outros anos e não seria eu a primeira.
Eu respondi de boca cheia:
- Senhor delegado, o sonho acabou! 
Ele, ensandecido de raiva:
- Volto aqui e vou levar você algemada e no camburão.
E, saiu batendo a porta.

Quando ele saiu eu interfonei, imediatamente, para o Diretor Geral e rapidamente falei com ele. O delegado nem foi lá.  Foi direto para o Forum.
Pergunta se ele voltou?

Isso tudo é para mostrar que até quem devia saber o que é público e privado, não sabe. Tanto quanto as pessoas comuns. Que os conceitos são ensinados  de forma errada. 
Por isso, professor lidera ocupação de escola pública. O ignorante que ensina nossos filhos é uma toupeira equivocada e mistura alhos com bugalhos.
Dá zero pra ele!

Enquanto isso, o pobre continua ignorante e a classe abastada, nadando de braçada.



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sem o proletariado ...

                                       
O governo federal age como se a escola pública fosse coisa pessoal dos membros do Ministério da Educação. Sem debate com os interessados e somente ouvindo ONGs nanicas, a defender idéias de grupelhos, ensaiou  adotar linguagem popularesca e cartilha com linguagem singular para impor sua adoção  nas escolas públicas.

Al
ém de ter o abandono material da estrutura física das escolas, salários em desvantagem com outras categorias do mesmo segmento de formação técnica, agora o governo federal quer manipular o conteúdo além de suas responsabilidades, rebaixando prioridades.

Sabemos que as escolas públicas atendem a grande parte da população que não pode pagar a escola privada. Esta é considerada de melhor  ensino devido ao resultado nas provas comuns e no resultado prático do mercado de trabalho.
Então, fazer a população de estudantes da escola pública de massa de manobra, impondo conteúdo experimental e que vai deixá-los mais longe da competição nos ingressos das universidades e no mercado de trabalho é, no mínimo, crime de lesa pátria.

Ora, todo brasileiro tem direito à educação e todos são iguais perante a lei.Fazer o jogo da elite pensante,de onde saem as idéias em pauta, sempre perto da oportunidade de atingir via mais próspera, recusando a mesma oportunidade é criar dois Brasis. É ferir o princípio que, todo brasileiro tem direito ao mesmo patamar de classe social melhor estabelecida. Parece que , há de se preservar o proletariado para não perderem o  discurso e a ação.

Para ficar no mesmo lugar e nada aprender ninguém iria a uma escola. Parece que muitos alunos já perceberam isso e partem para a bandalha e não é àtoa. É sinal importante que deve ser levado mais à sério.

Mais? KLIKA
Alguém reage à altura. Bombando na net : KLIKA