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sábado, 17 de agosto de 2013
Denúncia contra a ABENDI- para repassar
Recebi e repasso para procura de um Brasil melhor e pelo fim da roubalheira. Se puder, pedimos que repasse, também.
Sr. André,
Vou manter-me anônimo pois estou lidando com uma associação que dita as regras do jogo e eu preciso destes títulos para o meu reconhecimento na profissão. As minhas críticas são as mesmas de toda a categoria do mergulho.
Conversamos sobre os abusos da ABENDI- Associação Brasileira de Ensaios Não destrutivos e Inspeção- que acontecem com frequência e não em casos isolados. Em todas as conversas com pessoas que estão ou querem se qualificar existe sempre uma resignação ou uma crítica. De uma forma ou de outra todos se sentem insatisfeitos com os serviços prestados por esta entidade. E já que você irá participar de uma reunião com a cúpula da Associação e é o nosso representante, assim como um de nós, seria ótimo se conseguisse passar para eles a nossa indignação e crítica, pois só assim eles podem repensar o processo e tentar melhorar.
No meu caso estou em processo de qualificação em Medição de Espessura. Ao fazer a prova prática em São José do Campos tive que me deslocar, gastando com a estadia e passagem, além do custo da prova. Tudo teve que ser agendado conforme a data que me deram como opção. Sendo assim tive que faltar ao meu embarque , sendo obrigado a ganhar o salário base. Tentei argumentar que preciso trabalhar e essa falta no salário me prejudicaria bastante. Mas meu argumento não surtiu efeito. Fiz a prova prática de M.E., uma prova simples e sem maiores dificuldades, é possível que tenha errado alguma coisa e na pior das hipóteses que não tenha atingido a média necessária. Mas a minha surpresa foi a nota que recebi, nota zero não justificada. Agora só me resta pagar uma fortuna novamente, talvez perder outro embarque e refazer a prova sem saber o que errei ou como fui na tentativa passada. Toda essa maratona para somar R$ 300,00 reais ao salário. Para rever esse investimento devo levar quase um ano, mas o caso nem é esse. O caso é que esta instituição segue ferindo o direito das pessoas, sempre sem transparência e de forma autoritária. Não sou o único caso de consumidor lesado.
Outro caso, um amigo realizou a mesma sabatina até São José dos Campos para realizar a mesma prova de M.E.. Na época ele trabalhava na Empresa Oceânica e estava em casa recebendo o salário básico a quase 6 meses. Ao chegar ao local da prova, que só é possível realizar de taxi pois no local não tem linha de ônibus que realize o trajeto, junto a outros candidatos, foi informado que o examinador , senhor Humberto, não se encontrava e que a prova teria que ser adiada. Mostrando-se indignados os candidatos forçaram para fazer a prova. E para surpresa de todos a nota recebida foi a mesma que a minha, zero sem justificativa para todo o grupo. Não sei nem o que dizer, pois este amigo fez os exames antes que eu. E na época falei para ele tentar denunciar de alguma forma. O que mais tarde veio ocorrer comigo e tive a mesma sensação, impotência e se sentir um idiota.
Com certeza os casos não cessam, em um último exemplo, ocorrido com um mergulhador da empresa Belov. Teve como testemunha outro funcionário da mesma empresa, que era o assistente na prova realizada em Angra dos Reis na modalidade prática de Partículas Magnéticas. Todo o grupo designado, ao todo quatro ou cinco candidatos, para um certo corpo de prova, e mais a pessoa que estava como assistente e acompanhou todos os candidatos. Relataram que não conseguiram achar a trinca no corpo de prova mencionado. E não mais para nossa surpresa todos foram reprovados com a mesmo nota zero. Como pode seis pessoas acharem o mesmo resultado, unânime, sem combinar, já que nesse corpo de prova nem um candidato achou a trinca, e o processo não ser revisto. Para refazer esse exame os candidatos terão que desembolsar mais de R$ 1000,00 reais cada um.
A ABENDI deve achar que os mergulhadores estão rasgando dinheiro. Esta instituição fere o direito das pessoas e atrasa o desenvolvimento do Brasil. As pessoas se recusam a denunciar pois podem ser marcados e a única forma de conseguir ascensão na profissão é conquistando esta qualificação, que apenas uma associação de qualificadora pode realizar.
Não são só esses abusos que fazem desta associação um problema de abusos contra a categoria do mergulho. Ela atrasa o processo ou praticamente o inviabiliza ao determinar algumas regras absurdas para a realização das provas e dos cursos. A prova submersa de inspeção visual poderia ser realizada fora d'água pois os requisitos colocados a prova são os conhecimentos em desenho técnico e realização de relatórios. Ao invés de se preocupar apenas em testar os conhecimentos, ela coloca mergulhadores excedendo a tabela de fundo e expostos aos intemperes, como frio extremo, sem necessidade. Ser colocado a prova dentro da água não é problema pois somos mergulhadores e a água é o nosso ambiente. O entrave no processo é porque para realizar a prova submersa de Inspeção Visual a Associação Brasileira de Ensaios não Destrutivos, ABENDI, não dispõe dos equipamentos necessários para a realização da prova dentro d'agua e é preciso que o interessado alugue o equipamento ou fique a disposição das empresas de mergulho para a realização dos exames submersos. Caso as empresas não tenham interesse, a prova não se realiza. Lembrando também que com o equipamento de mergulho a realização dos exames fica limitado a três candidatos por dia. O processo de qualificação nesta modalidade custa ao candidato mais de R$ 4000,00 reais mais despesas pessoais, sem direito ao aluguel do equipamento de mergulho, ficando assim sem data e nem previsão para a realização das provas práticas.
Outra regra absurda imposta por esse órgão autoritário exige que o curso prévio com conhecimento técnico necessário para a realização dos exames, seja ministrado por um instrutor nivel 3 com sede, equipamentos, tanque de mergulho e firma reconhecida, resumindo uma escola. A única pessoa que realiza esse tipo treinamento é o senhor André Nicolal, o mesmo trabalha embarcado e não tem meios para realizar tal absurdo. André Nicolal já faz um esforço sobre humano dispondo se sua folga para qualificar toda a categoria do mergulho. Agora recebe este balde de água fria desta nefasta instituição que vem contra os interesses do Brasil.
Melhor eu parar por aqui, pois os absurdos são muitos e a indignação só cresce. Somos obrigados a ter o CREA em alguma modalidade técnica, o que acarreta mais custos, como pré requisitos para podermos nos qualificar, sendo que isso não é incorporado ao salário do mergulhador que é um absurdo de tão baixo. As exigências são muitas e o retorno é baixissímo. Precisamos da intervenção do ministério público.
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Quer saber mais sobre entidade que comete tantos abusos? KLIKA
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