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terça-feira, 31 de maio de 2016

Senha para o absurdo

Passarinho azul piscina, com asa e rabo pretos, novidade no bebedouro do meu quintal
                                        
Com certeza existe uma senha entre os jornalistas e seus chefetes para falar, à exaustão, no mesmo assunto. A exploração do óbvio , vindo à tona.
A última moda é a violência sexual contra a mulher. Para falar claro e sem meias palavras, está na berlinda a buceta. Às claras porque sempre perpassou nas entrelinhas e na falta de pauta.
Tudo é sobre estupro, prostituição, maternidade, parto, aborto, libertinagem feminina, com direito a especialistas espumando nos cantos da boca, filmetes, entrevistas com as abusadas, miseráveis, abandonadas, repercutido à exaustão a doença sexista de gentes que se dão como normais.
Enquanto isso, a exposição de semi nuas, de roupas vulgares, futilidades  sem fim como esmaltes, maquiagem, ferraduras à título de sapatos. Como ficar mais jovem, como não perder seus machos, como ser feminina, como ser mansa, cordata. Discurso velho que não muda. 
Aumentam as  páginas com as feministas radicais e, estas mesmo, tirando a roupa na rua, exibindo a bunda nos palcos, os seios nas ruas entre a multidão de homens com olhares vidrados e sorrisos concupiscentes. Todas malucas, doentes, exibicionistas com argumentos para exercerem a sua doença. A mulher como coisa, como boçal, sem cérebro, desrespeitada como cidadã, como pessoa, como mulher. Pasto para uma imprensa que avilta a mulher, com prazer, nos jornais, nas revistas, nos programas de televisão, nos filmes ordinários , nas novelas imundas, no teatro, na literatura. E, pasmem, nas letras das músicas dançadas à esbórnia da ignorância e o abandono da ética, da moral, da educação.

Sujam toda a brasileira pelo mundo, como se todas fossemos iguais, tornando-nos pastos para gringos endinheirados,  tarados e a mídia em busca da demolição dos subdesenvolvidos. Até atriz de Hollywood, conhecida viciada em cocaína, se deu o direito de escrever, em português, contra todas nós.

Basta, chega, caiam na real porque sujar a mulher brasileira, é sujar a cidadania , a nacionalidade. Ou será que seria esse o objetivo, fazer crescer o complexo de vira-latas e tomar a manada no laço para dominar ainda mais?


segunda-feira, 23 de abril de 2012

A luta não acabou

Notícia nos dá conta que um grupo de moças sumiu na rodovia entre São Mateus-ES e Prado-BA. As estradas , nesta região, desertas, são muito perigosas para mulheres sozinhas.

 De certa feita eu precisei ir a Ecoporanga-ES a trabalho. O sol estava inclemente. Na volta, um carro me perseguiu, tentando forçar-me  parar.  Colava na traseira do meu carro, passava na minha frente, diminuindo a velocidade, jogou o carro para que eu parasse no acostamento. Então, na minha frente, apareceu um caminhão bem lento e vi a oportunidade de ultrapassar, deixando-o entre nós dois. Não vi a faixa contínua e, na frente do caminhão estava o Posto da Polícia Rodoviária.Por isso ele transitava devagar. Eu, muito nervosa não percebi. Fui parada e o motorista  do carro perseguidor, escancarou-me  seu riso boçal e sumiu na estrada. Desci do carro, tentando explicar ao policial, um rapaz de menos de trinta anos, porque infringira a lei de trânsito. Mas ele estava mais preocupado em multar-me e me passar carão do que ouvir minha explicação e tentar ir atrás do vagabundo.  Acho que por ser descendente de espanhol, sapateei de raiva como taconeam os flamenguistas e fui multada antes de seguir viagem, suando por todos os poros. Um pesadelo inesquecível.

É assim que funciona a sociedade cretina onde não é permitido à mulher  viver sua liberdade. A nossa luta pela igualdade não terminou.  Mulheres continuam sendo estupradas, mortas, espancadas, injuriadas, discriminadas, sequestradas em ruas, avenidas, estradas para serem compradas e vendidas . Tudo para que sejam colocadas em seu devido lugar.

Televisiva famosa, mestiça do cão, idolo  dos adolescentes é um dos muitos péssimos  exemplos porque insentiva o que de pior tem no sistema machista que é o olhar concupiscente  retrógado e as atitudes que levam homens a comprar mulheres e estas a venderem suas vidas. Agora, o sistema quer legalizar a exploração do corpo da mulher, fazendo dele lata de lixo de homens com sexualidade dos chimpazés.

A televisão mostra mulheres dissecadas em sua forma de ser, como pobres coitadas, beirando à esquiziofrenia. De outro lado, se a mulher é forte e de pulso não pode ser mulher,sendo achincalhada como se fosse masculinizada, conforme aparece um cretino no Youtube, imitando a presidenta,sendo prontamente contratado por programa humorístico de segunda categoria mas apadrinhado pela platinada. Tudo para desmerecer a mulher, por estes pândegos sem limites.

Mas o pior, pior mesmo são as alienadas,as absolutamente estúpidas, tapadas, microcéfalas, contra as feministas  na busca pela mudança contra este estado de coisas, enquanto locupletam-se da luta renhida e não acabada.


 A mim, sobrou-me o protesto por aqui, visto não ter mais forças para lutar nas ruas ou tribunais.Quero viver para ver reais mudanças e o fim da  crueldade, pendente da inveja e da certeza  da  inferioridade.