A minha maior tristeza é por ser Dilma mulher.
Lutei muito pela igualdade de direitos.
Lutei muito pela igualdade de direitos.
A luta foi geral mas a minha foi particular. Paguei um preço muito alto.
Vim de Minas Gerais onde havia desembargadora e voto secreto na OAB. No Espírito Santo? Nem um e nem outro.
Cai num buraco onde mulher não podia fazer concurso público a não ser para cargos subalternos. Juiz e promotor de justiça, delegado de polícia e afins, nem pensar. Lutei na rua pela mudança que beneficiou mulher que me atacava publicamente. E, fiquei de fora por pura discriminação.
Eu tinha a convicção que a mulher tem mais honestidade e independência para exercer a política. Mas o que as mulheres fizeram é vergonhoso: Paus mandados de políticos covardes e corruptos, repetição de catecismo decorado, alienígena, velho, cheio de bolor, covardia sem limites. Humilhação pública por ser atreladas, como pano de fundo para senhores sem o mínimo pejo. Como mulher vagabunda, elas não tem coragem para romper o vínculo.
Se tem exceção eu não conheço porque a que traçou caminho junto com meu grupo, não aparece no Senado, nem para dar força para os senadores que se posicionam.
Não posso achar que está perdido porque, senão, perco o que me resta dos sonhos da juventude. O prazer de me envelhecer eles não terão...