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segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A estaca no peito do zumbi errado

                             
 
A questão aqui não é o curriculum do presidente eleito e nem de suas escolhas de vida. Mesmo porque não são da minha conta a vida particular e as arapucas óbvias que caiu ou vai cair. Nesse quesito os homens são todos iguais.

O quê  interessa, para  especular,  é uma das afirmativas havidas em campanha para presidente. Não foi sequer dos petralhas mas dos Cirocas. Porque, a falar a verdade, petralha não menospreza os fins da fila. Coisa que gente do Ciro Gomes é mestre, copiando o mesmo.

A afirmativa é que Bolsonaro faz parte dos deputados federais denominados de Baixo Clero e que esteve quase trinta anos na casa legislativa sem ter expressão importante. Por isso, não merecia ser presidente da república mas  recolher-se à sua insignificância.

Essa tese, defendida com vigor e virulência, com veneno escorrendo pelos dedos entre os teclados, atinge toda uma massa, talvez a maioria absoluta da humanidade. Ainda aparece aqui ou ali, arf...
Há uma perversão intelectual e  discriminatória que beira o crime.

Pois então, quem transita pela mediocridade da vida, muitas vezes empurrado por quem manda e desmanda, por aqueles que  sabem negociar, articular, romper com suas convicções, pelas circunstâncias dos fatos e da vida  é inferior aos outros menos  sortudos ou espertos ? Essa gente não pode almejar furar o bloqueio e despontar lá na frente, derrubando tudo? Não pode pular na frente da baioneta e começar a mudança, conclamando para "quem for brasileiro que me siga "?

Para fazer analogia simples, ad argumentandum e ficando com o Brasil, já li que Tiradentes era um medíocre entre doutores, poetas e sacerdotes, um boquirroto covarde que se rendeu à coroa, escondendo debaixo da cama. Portanto, criado, inventado pela República  como  seu símbolo. Herói da nação? Jamais. Mesmo que tenha sido um brasileiro sem medo de ser enforcado e esquartejado em praça pública porque quis implantar a república, enterrando os privilégios  que nunca desaparecem.

Pois que saibam essa gente vaidosa e arrogante que qualquer pessoa  pode e deve tentar pular na frente contra os poderosos, pseudos donos do poder e da graça superior da inteligência humana, provada com seus títulos tirados com o aval de um estado criado para favorecer quem decora suas regras  e as segue sem titubear.  Lutar para livrar-se do garrote no pescoço é obrigação de todos ser humano e dever de quem tem coragem.

Os tiranos, escondidos sobre os diversos mantos do poder e da graça foram os piores verdugos da humanidade e quem liderou mudanças repentinas, saíram do populacho com marcas nas costas,  desconhecidos que se deram no direito de reagir. Muitos deles jamais conhecidos porque de fora do sistema e dos holofotes.

Essas eleições mostraram também isso, as favas contadas preferiram desconhecer  os amigos dos amigos e arriscar entre os seus.