quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Para todos que por aqui passam

                               

                                          
              

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

O melhor presente que eu ganhei

                          

                      
Neste fim de semana  uma pessoa que nos visitou tentou alimentar os saguis. Para nossa surpresa, o Chefe Boran não permitiu que seu grupo chegasse. Percebeu que era gente estranha e comandou uma retirada. Tão logo cheguei e a pessoa afastou-se ele veio, desconfiado, deu tapas na minha cabeça, cheirou a minha mão e todos vieram comer.

Enquanto o grupo vem comer, alguns sobem no meu braço e outros quase caem do fio do varal. Então eu apoio o rabo, por baixo, na minha mão para manter  o equilíbrio. Às vezes faço com ele. Ainda não me dá a patinha; não me dá essas confianças. Chefe  Boran olha de lado, repara no meu gesto, verifica onde estão os outros, sempre atento. Hoje, ele chegou bem perto de mim - eu fiquei imóvel - ele passou a patinha na minha cabeça - e, eu imóvel - continuei dando a banana para os outros comerem. Reparou bem o ambiente, verificou que só havia eu  e foi embora, deixando os filhos para trás.

Durante esse tempo em que eu estou me aproximando do grupo, e fazem dois anos, o máximo que ele afastou-se é para algum galho por perto, de onde não perde o grupo de vista, olhando para os lados, medindo o perigo. Qualquer barulho a mais todos correm para o lado dele. Pois hoje ele, depois de comer e me encarar no olho a olho, afastou-se completamente, subiu no telhado e foi embora, deixando comigo os pequeninos.

Custei a perceber que isso foi um gesto de confiança. Deixou os filhotes comigo  e se mandou certo de que eu não vou fazer mal ao grupo. Acho que ele sabe que eu o amo de montão.

Esse foi o melhor presente que eu ganhei neste fim de ano...

domingo, 27 de dezembro de 2015

Esturricando na praia




- Índio botocudo na veia !
                                                                                                     
Eu ficava na praia o verão todo. Quarava ao sol até ficar marrom brilhante. Maratimba total. Se era nas férias vindo de Belo Horizonte/MG descascava longe da praia . Era um horror. Morando em Vitória ou Guarapari, sol do meio-dia não existia. Não sei como não tive câncer de pele. Nadava muito, mar adentro. Meu filho mais novo me puxou e nada como um peixe. Nadamos juntos algumas vezes. Mar e sol era o meu prazer. Ficar boiando, de barriga pra cima, olhando o céu, que delícia! Meu marido, arruivado, foi poucas vezes comigo assim como meu filho mais velho que puxou o pai. Para eles, praia é sinônimo de ficar vermelho e ardendo.

Hoje, minha pele não aguenta mais. Não vou arriscar ficar cheia de manchas. Não tenho forças para enfrentar  o sol inclemente e a praia lotada. Não gosto de levar cadeira, sombrinha e o escambau e não quero mais sentar em uma areia suja onde o mar não lava à noite.  Como gosto de nadar, não levo nada para não me preocupar. Só canga e chapéu.Ficar na pedra é impossível.Tem tanta gente que parece um monte de calango, pegando sol.

Verão nunca mais. Posso ir fora de temporada mas em mar cheio de xixi, não dá. Sim, quando uma secretária de educação do município de Vila Velha, minha conhecida disse-me que ia entrar no mar para tirar água do joelho, quase cai de costas... Nunca mais. Só vou quando sei que o mar lavou a areia. Murundu de gente? Tô fora...

A angústia do desapego

                            
O Papa Francisco, assumiu esse nome como um sinal para onde ele caminha. Não é, portanto, de espantar que venha ofertando seus pensamentos baseados na humildade e desapego aos bens materiais.
Entretanto, os donos do sistema, cada vez mais voltado para o consumismo e a megalomania, estão de queixo caído como se fosse uma novidade, uma bomba social. Não são católicos. Não conhecem São Francisco. Para eles, não viver na ostentação não é viver.

Com o fim da Segunda Guerra, o crescimento hegemônico dos EEUU, transferiu para aquele país os rumos a serem dados para os conceitos de vida mundiais. Se antes eram os filósofos, os pensadores que influenciavam a forma de ver a vida, hoje é o consumo, a industrialização sem limites, a disputa para  o ter cada vez mais a consumir honras, vidas, a natureza, tudo.
Ocorre que, sem preocupar-se em moldar seus conhecimentos na Águia do Norte e sem importar-se em consumir para sustentar o sistema, há quem exista, sendo feliz vivendo a vida, o hoje, tendo como consequência o amanhã.

A angústia e a depressão acometem muita gente que não consegue desapegar-se dos bens materiais e vive de aparências, devendo muito dinheiro, vendendo-se de todas as formas, correndo atrás de si mesmos, sem nunca se encontrar.

As mensagens do Papa Francisco podem influenciar o mundo. Mas ele sabe que não é possível. A probabilidade é pequena. Quando diz que virá a Terceira Guerra mundial manda mensagem para os megalomaníacos donos do mundo, a ostentar riqueza enquanto pisam na cabeça dos miseráveis. 

Não haverá; nem um e nem outro.


País com o idioma mais bonito do planeta



A música pode mostrar o idioma e quando ele é bonito não há porque gritar em plenos pulmões. É saborear as palavras  e o lugar onde é falado. Palavras, em português, são canções na voz do poeta.
Não foi apenas uma vez quando, em viagem no estrangeiro, nosso grupo conversava e um nativo parava para perguntar que língua bonita era a nossa. E, pedia para ficar ouvindo nossa conversa.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Para enfeitar meu blogue

Essa é foto de artista mas papai e meu filho mais novo parecem demais com ele. Principalmente a boca, o queixo  e a face.



A falar a verdade, o tempo passa e nem sempre a beleza permanece para quem é famoso. Pessoas envelhecem e  morrem, outros seguem mais bonitos. O fumo, a bebida e o relaxo estragam a natureza. Meu filho não gosta mas eu acho que ele permanece  mais bonito e não é coisa de mãe coruja mas o frisson que acontece entre as mulheres quando ele chega.  Sou proibida de fazer comentários sobre isso  mas o blogue é meu e eu publico o que quero.                                  
#belezamasculina

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Meu presente de Natal de 2015



O grande erro desse vídeo é não dizer quem são os dançarinos.
Quem souber, por gentileza, escreva na caixa de comentários.

Um homem com as mãos bonitas pode querer tudo nas artes.



Feliz Natal !

              


Que a mensagem de Jesus Cristo seja renovada nos corações de todos que por aqui passam : 
Amor ao próximo e a si mesmo.
Feliz Natal !

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Por que eu sou homem

Oito irmãos e vovó. Papai  é o primeiro, à direita, da fila do meio
Quer ver maior? KLIKA na foto
                                    
Tenho  ótima convivência com mulher; inteligente. Minha turma sempre foi de mulheres superlativas, nada femininas, todas feministas. No bom sentido e sem bandeira. Mulher mulherzinha, cujas conversas giram em torno do cri-cri, crianças e criados, bonecas que a moda enfeita, jamais fizeram parte da minha roda. Nem nas festas , sejam quais foram. Enquanto as mulheres ficavam ou ficam à parte nas reuniões  enfadonhas eu prefiro as conversas masculinas. Estas giram pelo mundo. Embora Schopenhauer tenha dito que  só tenham duas vertentes, mulheres e cavalos. Pode ser que seja somente entre eles.

A origem de gostar do mundo masculino já deu margem para epítetos dos que mantem-se pregados no chão do mundo falocrata judaico cristão. Quando me chamavam de sapatão eu sabia que não o era porque meus amores foram ( deixa eu falar, são? ) homens e bonitos. Se eu gostasse de mulher não amaria Elvis mas Marilyn Monroe.

Uma das explicações do meu amor pelo mundo masculino pode ter sido porque quem nos criou foi papai. Na casa dele eram oito irmãos e vovó era chamada de Sargento. Ele dizia que só ficou sabendo que mulher comia como homem e falava alto,  depois que nós crescemos.

Quando perguntado ao meu irmão quantos eram lá em casa, ele respondia que eram cinco mulheres e um homem. O interlocutor invariavelmente admirava-se: -  Só você de homem!? E, ele respondia: - Isso na Certidão de nascimento ...

domingo, 20 de dezembro de 2015

Enterrei meu coração em Cachoeiro de Itapemirim

Maio /1973: Nosso casamento 
( para ver maior, klika na foto )
                                                                                 
Não gosto do mês de dezembro. O mês  me deu alegrias mas muitas coisas que, mesmo não querendo lembrar, deixaram cicatrizes indeléveis na minha alma. Não adianta mil propósitos de não olhar para trás, a memória faz ressurgir qual arquivo morto. A poeira não cobre tudo.

No dia 21, Maria Inês, minha irmã, comemora seu aniversário. Parabéns ! No dia 21 conheci Eldes, amor à primeira vista que me deu dois filhos.

No dia 12 de dezembro comemoro todas as minhas formaturas pois é data da fundação de Belo Horizonte/ MG;  a onda vira tzuname. Mas, também,  foi o dia em que enterrei o meu coração em Cachoeiro de Itapemirim/ES. Lá ficou a minha alegria de viver que era o  meu encanto,  lá ficou meu sorriso,  o brilho dos meus olhos, minha vida, minha sorte. Aqui ficou a obrigação de viver para criar meus filhos. Parece ontem.

Esses assuntos nunca escrevi  na net. Mas, como envelheci e  posso morrer a qualquer hora, quero deixar isso na nuvem, eis que ele amava tecnologias e acho muito injusto ele ficar sem participar desse mundo virtual.

Então? KLIKA