quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Que rolem as cabeças
A credulidade ser abusada sem dó por quem tem o poder de aglutinar a sua volta hordas de pessoas já fez muitas vítimas. Estamos em peno Século XXI da era cristã e os humanos ainda comportam-se como na época dos deuses egípcios. Acreditam em poderes extraterrestres de homens comuns, sem instrução formal, com a falta de análise e com muita coragem para acreditar que é mesmo um enviado, um ser sobrenatural entre bilhões. É verdade que essa gente tem muita força pessoal e , portanto, de convencimento mas não justificam as barbaridades que acontecem.
A imã da minha mãe, Tia Anita, tinha um problema na coluna. Devia ser escoliose porque a postura dela era muito feia, vergada. Ela foi nesse João de Deus, para escândalo de papai porque ela era cliente do seu irmão ortopedista, Tio Marcílio. Recusava-se a operar e foi fazer benzeção no curandeiro de Goiás. Isso há décadas. Quando ela voltou, dias depois, a coluna travou e ela não conseguiu sequer levantar-se da cama. Saiu de casa para o hospital. Pelo que eu me lembre, Tio Marcílio recusou-se a continuar a ser seu médico e ela operou a coluna com outro. médico.
Volta e meia vemos religiosos ou quem se dá de linha direta com Deus, cometendo absurdos, crimes de toda ordem. E, ainda tem quem entrega-se a essa gente. Basta dizer que vencedor para o governo federal a instalar-se em Brasília, janeiro de 2019, não tira o nome de Deus da boca e acha que seu governo vai dar certo por esse motivo. Tem certeza que ganhou as eleições porque Deus quis e não porque teve a coragem de furar o bloqueio formado por políticos corruptos que tomaram conta das instituições da nação. E, o povo foi atrás dele por esse motivo. Porque sentiu-se que já estava na hora da alternância no poder.
Acreditar nas forças do além, em Deus, na cura efetuadas por indicados divinos, oráculos escolhidos a dedo por deuses diversos é de uma ingenuidade sem tamanho. E, mesmo com exemplos de corar o capeta, ainda tem gente que acredita. E gente que se dá de superior aos demais. Que aparece para o público com cara de nojo porque ganhou muito dinheiro. Mas, por isso mesmo, por ser, também, uma espécie de escolhido pelo divino para ser rico e ter tudo, pode ensinar aos pobretões e miseráveis os caminhos do sempre certo. Ensinar para a humanidade os seus únicos caminhos.
Caramba! Até quando?
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