quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Espaço dividido

- Chefe Boran mostrando quem é o chefe para o intruso
                           
                             
Se eu tivesse um leão que passasse todo dia no meu quintal para comer na minha mão ou uma arara azul, talvez a importância do fato fosse maior. Mas como é um sagui e sua família, animal comum que prolifera e pula pelos galhos e fios das cidades, tudo fica menor. É como o esquilo que pula pelos jardins públicos e das casas  de Memphis, onde fica Graceland,  casa de Elvis. Eu vi encantada enquanto o morador mostrava incômodo.
Mas a forma de convivência com os animais muda na medida em que o espaço comum torna-se verdade, muito mais  quando o ser humano era em menor número. Ninguém precisa invadir o espaço do outro mas aprender a conviver junto. Animais e pessoas adaptando-se para sobreviver.

Sou a favor de uma campanha agressiva para a espécie humana reproduzir menos. Acabar com essa propaganda catastrófica do crescei e multiplicai, forjada no tempo em que no mundo habitavam um milhão de pessoas. É mentirosa, vergonhosa e nociva. Mas pregada como religião.
Preservar a natureza é parar de reproduzir qual ratos e sem ter os mecanismos naturais, quando havia o controle natural. Erradicaram amebas, fungos, virus, bactérias para que não matassem gente mas criaram um monstro chamado superpopulação. A natureza cria outro tipo de controle da natureza mas esqueceram de avisar para ela que os humanos são donos do universo e não podem morrer.
Para caber essa superpopulação e poder atender o seu estilo de vida, arrancam árvores, matos, restingas, aterram mangues, pântanos. E desde sempre. Fazem terra firme onde haviam brejos, rios, lagos, mares e matam caranguejos nos manguezais aterrados para fazer cidades. Desviam, constroem, fazem e desfazem.Tudo vale para ajeitar um tipo de bicho que se acha dono da natureza. Desde que não lhes sirva como discurso de poder.
Quer maior absurdo que as cidades construídas sobre águas azuis e paradas do oriente médio, por donos da riqueza do petróleo? E o petróleo arrancado das profundezas, deixando o quê no seu lugar?

Portanto, arrancar árvores, no contexto geral é parte do todo. E, quem dessa gente importante não mora em edifícios onde antes havia terra livre, cheia de mato, de arbusto, de árvores, hoje extintas? Ai de quem não faz questão de uma rua asfaltada na frente da sua casa... Quantos filhos tiveram essa gente genital, em que ter filhos é condição de  ser plenamente humanóide?

Que tenham pelo menos um vaso de capim cidreira na frente da janela onde  bate o Sol da manhã, antes de ensinar como nascer asa em cavalo. Pelo menos podem fazer um chá.
E que não tenham madeira como base fundamental na construção de suas mansões de ricos enfastiados a dar ordens em quem há muito usa outros materiais em sua habitação.

Que venham os micos. pelo menos não aceitam ser extintos e nem sabem se alguém não gosta deles.

                                                  *

Nota: A foto mostra Chefe Boran, quando meu filho aparece, ele identifica o masculino ( suponho ) vira-se de costas, levanta o rabo, mostra o traseiro e faz xixi. Isso, depois de ouriçar o pelo e soltar grunhidos. Acho que quer mostrar quem é o alpha do pedaço. Publico o filminho,abaixo. Modéstia à parte, não vão ver em outro lugar. Foi difícil para gravar.

                                         

                               
Observação:  Se quiser compartilhar algum texto desse blogue, tem a barrinha com as possibilidades. Inclusive no M pode ser mandado por e-mail . Obrigada pela deferência... Podem copiar a vontade. Não faço questão de mencionar autoria.



Nenhum comentário: