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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Opinião sobre tudo

                                       

                                  Elvis Week, cada vez mais só opinião

A chusma de analistas, aos borbotões por qualquer canal de televisão ou  internet, chega a dar espanto. Porque não precisa mais deslocar-se de casa até o estúdio da emissora. Basta dividir a tela do ecran  em três, quatro partes e colocar os tais a ganhar dinheiro fácil, fácil com o festival do achismo. Verborragia de primeira, olhos parados e cabeças abanando como Vaca de Presépio ( Frase de Nelson Rodrigues). Ninguém tem compromisso com as palavras. Nem eu. Geralmente possuem a mesma origem, quiçá foram colegas de escola, de bairro pois os sotaques mostram que são do mesmo lugar. Perdem a chance de ouvir opinião  diversificada. Se houve pois há de ter coragem para ser personalíssimo e remar contra a maré. A disputa  acirrada mostra bem. Procuram culpa em tudo. Urge apontar dedos. Concordar não é inteligente. Desde que se esconda na liberdade de expressão à moda da casa. Como diz Moacyr Franco: Quem tem semeia culpa às mãos cheias. Nem na ciência há concordância. Que dirá no tiro que matou na rua. Fica bonito mostrar que tem seguidor, prestígio e nome. Mesmo que for montado na maior besteira do universo. Há de se disputar lugar aos solavancos, nas ombradas, nos eculachos dos outros, nas ofensas cabeludas. De vez em quando uma elegãncia para aliviar a tensão. Danem-se os melindres pois ter opinião para tudo  é fundamental. É, enfim,  o dividir telas porque computador e microfone já tem em casa. Olhar de sono e caneca grande, tomando café, supostamente, também compõe a moda. Nem é diferente, no  basta ter estante de livros como cenário e, talvez, um jarro de flor artificial.

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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Os transbrasileiros

- A liberdade é onde eu vou
                                               

O país hegemônico, que dita o estilo de vida ocidental, os USA,  precisa perceber a importância de suas influências no comportamento da população da Terra.
Construído no pilar da liberdade rumo a felicidade, quis mudar o ser humano. Fazer este exercer a liberdade, com todo direito a ser feliz, esquecendo que uma pessoa individualiza o senso comum e agride o todo quando sente-se frustrado.

Não precisa ser nenhum gênio para perceber essa mensagem, exibida nos meios de comunicação, filmes, livros, debates onde o custe o que custar em busca do ser feliz beira o extremo.

Qualquer pessoa sente-se sozinho em alguma fase de sua vida, não tem o que muita gente tem e nem é como  outras pessoas são. Mas a mensagem dos EUA é que a pessoa que não tem ou não é o padrão do vencedor é um infeliz, um frustrado, mal amado, vencido na vida.
A mensagem é tão forte que um número imenso de pessoas sonha em morar nos EUA. Por si só já é característica do vencedor. Então, essa gente nega sua cidadania, tem vergonha de seus costumes, cultura, aparência, latinidade de preferência. Algumas mulheres vão, apenas, parir nos States a fim de que seus filhos nasçam  cidadãos estadunidenses. Fazem esse nascimento público, alardeiam, pagam muita grana para realizar a façanha.

A última é artista mudar-se pros States, divulgar na mídia e viajar, ofendendo os brasileiros que sequer pretendem um dia fazer o mesmo. Síndrome de Carlota Joaquina de Bourbon. São os transbrasileiros: Nasceram brasileiros mas querem ser estadunidenses. A cabeça não reconhece a cidadania brasileira e precisam buscar a transformação e uma delas é vilipendiar o Brasil e o brasileiro, cuspir na nação, ofender a brasilidade. Tirar a poeira das sandálias.

Não são imigrantes. Estes mudam-se porque querem  fazer a vida  em outras terras, tentar construir seu futuro em outras plagas onde fixarão suas raízes e farão parte da construção da sua história.
São  os  transbrasileiros.  Os frustrados, exibicionistas atrás de algo a que dão  o nome de liberdade e do estilo de vida da águia do norte.
Uns cheiram cocaína, fumam pedras de crak, bebem até ficar com a cara inchada quando a cabeça não aceita a vida que a cabeça quer mas o corpo não segue. Outros fazem como aquela história, mudam o sofá de lugar.

Quanto à verdade, o uso da liberdade rumo a felicidade, as consequências podem  não ser das melhores. É igual aqui ou lá. O frustrado reage, matando quem é feliz. Inclusive politicamente falando.

A  liberdade e falta de felicidade tem nome e arma: KLIKA
Mudou seu sofá de lugar ? KLIKA