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domingo, 19 de janeiro de 2020

Fio da meada

                                 

O assunto do qual vou tratar não é para criar polêmica nem defender bandeira. Mas a necessidade de participar, de opinar, de tentar trazer à meditação, para o aprimoramento da convivência social e da busca pela felicidade entre mulheres e homens.

Pesquisadores das relações humanas, especialmente entre os homens e mulheres, chegaram a conclusão que a mulher procura um homem capaz de ganhar dinheiro, que tenha formas maiores de sobrevivência porque, atavicamente, ela procura um parceiro que vá arcar com a subsistência da família.
Se a mulher, na formalidade imposta pela sociedade e ainda não ultrapassada completamente, cuida da casa e dos filhos o homem é o provedor da família. Um preguiçoso, um incapaz de enfrentar o trabalho e ganhar dinheiro para dar sustento a sua família não tem cotação merecedora a mais, frente àquele  que sabe prover. Se à mulher coube parir e dar os cuidados de primeira hora, o quê restou ao homem? Será  a inutilidade?

Portanto, preocupa-me os artigos, as piadas, os chistes obscenos dedicados ao foco feminino em valorizar um trabalhador mais que um homem incapaz de prover a vida. Em valorizar mais o homem que tem dinheiro ao pobretão com maior trânsito à  margem. E o desempregado?
Não vejo homens planejando sua paternidade, evitando ter filhos. Nem  educação  nesse sentido. O que vejo é o mau exemplo de homens públicos no meio artístico, político e até intelectual, tendo filhos com várias mulheres e deixando a seu cargo a educação e o sustento quando enfaram-se.  Deixam para a mulher a contracepção.

Mais do que debochar do  sucesso do homem que ganha mais, em reflexo feminino do atavismo inconsciente, vejo a misoginia de muitos homens em debochar  da mulher, tratá-la como prostituta. Deveria ser motivo de pesquisa, como um dos motivos do estupro e da violência contra a mulher. E esse é um assunto a desdobrar.

Alguma piada, algum chiste de brincadeira é tolerável mas o escracho, a misoginia não pode prevalecer.
Publico acima  um exemplo do meme que recebi com a seguinte frase acompanhando: Esse sabe das coisas e do que é ser romântico.
Por quê não saio da página? Porque preciso ficar informada e não posso isolar-me do mundo. E essa é minha intensão, aqui, em assunto que dá um livro, tratado apenas como forma de buscar o fio da meada.

                          
Se acha que deve, se acha que pode #compartilhe. Gratíssima...¨

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É impressionante como esse texto escrito em 2011 tem procura. Um dos mais prestigiados. O título é Flor na Espada de São Jorge. AQUI



domingo, 29 de janeiro de 2017

Comecem por onde devem começar

                                   

Está na moda atriz decadente prestar depoimento na mídia, dizendo que sofreu estupro na infância ou adolescência. Sem provas, sem motivo.
Como diz Hamlet: - Words, words, words.

Manifestações contra  uma certa Cultura do Estupro são feitas por mulheres no mundo todo. Não sei se sofreram o crime ou se protestam em solidariedade. Espero que sejam manifestações políticas e não questão pessoal.
Acontece que elas apontam o homem no latu sensu e não diretamente, quem é ou quem não é a pessoa que faz parte dessa cultura. Atiram a esmo.

Por mim deveriam começar pela  televisão e seus canais pagos, no combo comum e que passam supostas relações sexuais na madrugada. Não me refiro a canais pagos e especialistas em relações sexuais os quais não conheço. Esses canais tipo Max e seus derivados, onde mostram,  nada mais e nada menos, verdadeiros estupros. Seriam os chamados filmes de homem para homem. Como assim?! Neles, eu não sei se são simulacros de supostas relações sexuais. Mas sei que são estupros na acepção da palavra e feitos com convicção absoluta.

Não estou discutindo lei ou inteligência da lei ou o que é considerado estupro como crime. Mas a violência usada pelos machos, horrorosos, que usam  seus órgãos genitais para  agredir o órgão sexual feminino na cara da câmera. Nada explicito  com algo esteticamente exposto mas em  narrativa porco chauvinista, desenhada com todos os traços o que está na cabeça de quem participa, filma e assiste estes filmes. Violência que atinge todas as mulheres que podem estar em suas casas, ignorando completamente no que o sistema faz para conduzir o homem até a mulher. E, nos filmes tem a parceria de mulheres que, eu suponho, devem ser esquizofrênicas.
Esses imbecis, usuários desses filmes, depois querem aplicar a mesma violência na vida real. Aprendem a ter relações sexuais através desses filmes, mal feitos, ridículos e mentirosos. São machos perdidos em sua incompetência e fazem sexo genital, agredindo violentamente e estuprando a mulher.

Então, não sei se a denominada Cultura do Estupro também atinge esse tipo de coisa ou se apenas os considerados como crime. Mas, enquanto mulheres forem parceiras, coautoras, partícipes, defensoras desse tipo de conduta, podem fazer quantas passeatas fizerem. Mas preparem-se para saber que nada irá mudar.

Muitos homens, os que gostam desses filmes, não separam a fantasia da realidade. Ou são assim na fantasia e aplicam na realidade. Portanto, estupro não é apenas violência sem consentimento da vítima mas por ignorância da mulher. Ela não percebe e, portanto, não cai a ficha. Ou cai muito tempo depois.

A minha dificuldade em fazer esse texto é patente mas espero que tenham me entendido. 


                         
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