domingo, 29 de janeiro de 2017

Comecem por onde devem começar

                                   

Está na moda atriz decadente prestar depoimento na mídia, dizendo que sofreu estupro na infância ou adolescência. Sem provas, sem motivo.
Como diz Hamlet: - Words, words, words.

Manifestações contra  uma certa Cultura do Estupro são feitas por mulheres no mundo todo. Não sei se sofreram o crime ou se protestam em solidariedade. Espero que sejam manifestações políticas e não questão pessoal.
Acontece que elas apontam o homem no latu sensu e não diretamente, quem é ou quem não é a pessoa que faz parte dessa cultura. Atiram a esmo.

Por mim deveriam começar pela  televisão e seus canais pagos, no combo comum e que passam supostas relações sexuais na madrugada. Não me refiro a canais pagos e especialistas em relações sexuais os quais não conheço. Esses canais tipo Max e seus derivados, onde mostram,  nada mais e nada menos, verdadeiros estupros. Seriam os chamados filmes de homem para homem. Como assim?! Neles, eu não sei se são simulacros de supostas relações sexuais. Mas sei que são estupros na acepção da palavra e feitos com convicção absoluta.

Não estou discutindo lei ou inteligência da lei ou o que é considerado estupro como crime. Mas a violência usada pelos machos, horrorosos, que usam  seus órgãos genitais para  agredir o órgão sexual feminino na cara da câmera. Nada explicito  com algo esteticamente exposto mas em  narrativa porco chauvinista, desenhada com todos os traços o que está na cabeça de quem participa, filma e assiste estes filmes. Violência que atinge todas as mulheres que podem estar em suas casas, ignorando completamente no que o sistema faz para conduzir o homem até a mulher. E, nos filmes tem a parceria de mulheres que, eu suponho, devem ser esquizofrênicas.
Esses imbecis, usuários desses filmes, depois querem aplicar a mesma violência na vida real. Aprendem a ter relações sexuais através desses filmes, mal feitos, ridículos e mentirosos. São machos perdidos em sua incompetência e fazem sexo genital, agredindo violentamente e estuprando a mulher.

Então, não sei se a denominada Cultura do Estupro também atinge esse tipo de coisa ou se apenas os considerados como crime. Mas, enquanto mulheres forem parceiras, coautoras, partícipes, defensoras desse tipo de conduta, podem fazer quantas passeatas fizerem. Mas preparem-se para saber que nada irá mudar.

Muitos homens, os que gostam desses filmes, não separam a fantasia da realidade. Ou são assim na fantasia e aplicam na realidade. Portanto, estupro não é apenas violência sem consentimento da vítima mas por ignorância da mulher. Ela não percebe e, portanto, não cai a ficha. Ou cai muito tempo depois.

A minha dificuldade em fazer esse texto é patente mas espero que tenham me entendido. 


                         
#compartilhe 

Nenhum comentário: