- Em um tempo em que a patrulha não fazia diferença. |
Está impossível viver com a onda do politicamente correto. Não o correto para avançar na forma de viver e apurar a humanidade mas nos detalhes personalíssimos que varrem tudo e todos, engessando as pessoas no discurso dos que querem mandar no mundo. A sensação é dos oprimidos indo a forra. Abrir a boca para dar opinião em público é correr o risco de ser linchado pela patrulha do bom moço, o certinho do início do Século XXI.
Lá se vai o tempo do pós guerra onde as barreiras foram quebradas, o tempo da Guerra Fria onde as sutilezas valiam mais do que os debochados e fanfarrões, tentando colocar grilhões e ferros nas mentes e no livre pensar.
Tenho pavor de patrulha, seja de que vertente seja. Podam as inteligências e nivelam tudo no gosto da sua régua. Torna tudo medíocre e feio. Gente que não admite diálogo, não sabe conversar. Talvez seja fruto dessa geração criada na frente da televisão, vendo filmes onde os animais falam e as pessoas resolvem os atritos no soco e no espirrar de sangue quando contrariados.
Porém, se o falastrão é chic, faz parte da panela, dos queridinhos das cotas e praxes sociais, demonstra sapiência decorada, o sujeito é endeusado, vira destaque para atender os donos do discurso. Os outros, precisam pedir desculpas porque não obedeceram o som do berrante e recusam-se a ir para o matadouro sem nenhuma reação.
Será que vai dar tempo para eu ver a mediocridade ser enterrada e florir, novamente, o multifacetado?