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quinta-feira, 5 de março de 2020

Telhado de vidro

                                     

Existe um sentimento que não é dito nem aparece na análise dos especialistas da alma. É a mesquinhez. Pessoa mesquinha é o que mais tem.

Uma pessoa não percebe quando ela  é mesquinha, apegada a pequenas coisas, pronta a desfazer dos outros para manter-se superior, apropriar-se do que pode dominar em bens materiais e cultiva a arte de apequenar uns e outros.

O que eu quero dizer é que muitas ações de pessoas  que fazem qualquer coisa para ter audiência, na sua forma moderna dos likes das redes sociais, incluindo a mídia , tem como mobilizador, catalizador a mesquinhez. Ou nas relações interpessoais com preocupação em detalhes de convivência, poder ou condição do ter coisas materiais para controlar os outros, as ações e as condições. Tira, rouba, furta, apodera-se, perde a mão.
Por trás do politicamente correto, da chamada apropriação cultural, das fofocas que destroem honras e vidas, das fake news que pegam de surpresa e matam, está um mesquinho.

E, por ser mesquinho, não se importa com as  consequências. Quando não,  esconde-se debaixo de bandeiras surgidas ninguém sabe de onde, aparentemente interessantes e grandiosas. Tira sem dó , no concreto ou no abstrato, com justificativas próprias plantadas no outro.

Alguém quer tirar sua paz ? Mete- se  em pequenas coisas sem sentido só para mostrar controle? Aparece do nada para cobrar moralidade? Tem telhado de vidro mas joga pedra no telhado alheio? Cria factoides e finge que não sabe de nada?
Pois acautele-se, pode sobrar ruim para você.

                                   

#compartilhe. Assim vou seguindo sem falar sozinha.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Os biltres corretos

- Em um tempo em que a  patrulha não fazia diferença.
                        

Está impossível viver com a onda do politicamente correto. Não o correto para avançar na forma de viver e apurar a humanidade mas nos detalhes personalíssimos que varrem tudo e todos, engessando as pessoas no discurso dos que querem mandar no mundo. A sensação é dos oprimidos indo a forra. Abrir a boca para dar opinião em público é correr o risco de ser linchado pela patrulha do bom moço, o certinho do início do Século XXI.
Lá se vai o tempo do pós guerra onde as barreiras foram quebradas, o tempo da Guerra Fria onde as sutilezas valiam mais do que os debochados e fanfarrões, tentando colocar grilhões e ferros nas mentes e no livre pensar.

Tenho pavor de patrulha, seja de que vertente seja. Podam as inteligências e nivelam tudo no gosto da sua régua. Torna tudo medíocre e feio. Gente que não admite diálogo, não sabe conversar. Talvez seja fruto dessa geração criada na frente da televisão, vendo filmes onde os animais falam e as pessoas resolvem os atritos no soco e no espirrar de sangue quando contrariados.

Porém, se o falastrão  é chic, faz parte da panela, dos queridinhos das cotas e praxes sociais, demonstra sapiência decorada, o sujeito é endeusado, vira destaque para atender os donos do discurso. Os outros, precisam pedir desculpas porque não obedeceram o   som do berrante e recusam-se a ir para o matadouro sem nenhuma reação.

Será que vai dar tempo para eu ver a mediocridade ser enterrada e florir, novamente, o multifacetado?


                   Para quem não sabe o que é reunir o gado com o berrante



segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Politicamente correto, a patrulha

 

                             
Quando eu era adolescente, ia para casa do meu tio Ovídio, casado com a irmã de mamãe, Tia Mimita , para conversar com ele sobre vários assuntos. Ele era desembargador aposentado pelo estado de  Goiás e foi o mais novo do Brasil, quando nomeado. Também, eu lia poesias enquanto Tia Mimita tocava Deboussy ou Chopin no piano de meia calda. Foram dias memoráveis.
Quando eu me formei, ele presenteou-me com seu anel de grau por ter sido a primeira sobrinha a formar-se em Direito. E, pasmem, alguém entrou no meu apartamento em Belo Horizonte e roubou o anel que estava em uma caixinha de jóias de estanho, antiguidade que Eldes me deu. Quando fui pegá-lo para ir a uma audiência não estava lá, nem minha pulseira de pedras brasileiras que eu havia comprado quando professora, a prestação, aos dezoito anos. Nunca soube quem foi mas, seguramente foi da família pois nenhum desconhecido entrava na minha casa, muito menos no meu quarto. Até hoje não me conformo com essa maldade sem tamanho.

Pois bem, em uma dessas visitas ele emprestou-me um livro sobre os costumes da Suécia.O livro havia sido escrito nos anos sessenta. 
Havia um capítulo sobre a liberdade sexual daquele povo. E, naquele tempo, duas mulheres ou dois homens não podiam hospedar-se no mesmo quarto de hotel. Um casal podia hospedar-se sem dar satisfações mas dois do mesmo sexo não. 
Eu guardei bem essa parte porque eu viajava com minha amiga Heleninha, minha amiga de infância e vizinha, crescemos juntas como irmãs da mesma idade, e, ficávamos no mesmo quarto de hotel. Nem tinha cabimento, duas moças ganhando merreca, pagar por dois quartos. Passávamos o fim de semana em Nova Almeida, ES só para irmos à praia. Fiquei horrorizada com a maldade no julgamento do comportamento das pessoas, levado para a sexualidade, quando amigos são meros amigos.

Pois agora, vejo estarrecida que a moda chegou ao Brasil e diversificada. Se duas crianças dançam música moderna precisam cobrir a menina para que os maldosos não tenham olhares concupiscentes. Se duas pessoas do mesmos sexo são amigas, são parceiras sexuais. As fofocas e o diz que diz estendeu-se para a internet e a mídia decadente e fofoqueira. Costumes desabridos importados dessa gente que se dá de melhor do que nós.

Um exemplo é om vídeo semelhante ao acima. Eu o compartilhei no Face e um dos comentários foi: - Coitadas dessas crianças! 
A pessoa defende o Velhaco, prega Fora Temer e considera perseguição do Moro à bandalha petista, um juiz arbitrário que precisa ser afastado com urgência.

Mais um deserviço prestado por essa gente que roubou o povo brasileiro.Não satisfeitos, a implantação do politicamente correto tem os alicerces na maldade humana, nos olhos de quem vê, nas intenções escuras da alma das pessoas. Freud agradece.

sábado, 23 de março de 2013

A prisão do cantor Hudson

Denúncia anônima fez  polícia conseguir mandado judicial e entrar na casa do cantor Hudson, às cinco horas da manhã. Ávidos em mostrar serviço em lugar errado, encontraram armas obsoletas e munição exclusiva. Ele frequenta clube de tiros e tem armas regulamentadas.

O que me espanta nisso tudo é a capacidade da justiça dar ordem judicial para policiais entrarem na casa de cidadão comum e mantê-lo preso pelo que ele guarda em sua moradia.  Nossa casa deixou de ser nossa proteção mas lugar onde,a qualquer hora, a polícia pode entrar , mexer em tudo e encontrar , no fundo da gaveta, coisas pessoais , pretexto para vingança de  nossos inimigos.

A denúncia não foi anônima mas fornecida por dedo duro, amásio de sua ex. Ex família virou pesadelo. O juiz deu prisão preventiva, revogável por petição de advogado e em tribunal do estado. Enquanto isso,bandido de boa cepa transita pelas ruas do país ou foge para as estranjas por liberdade dada por justiça incoerente ou
deixam livres assaltantes de dentistas, presos somente quando executam um.
O perigo é que aconteceu com ele e amanhã pode ser conosco. Uma pessoa faz denúncia anônima, batem em nossa porta , somos levados algemados para a cadeia. Lá, sem formação de culpa, raspam a cabeça, algemam pés e mãos em profunda humilhação.

Melhor vasculhar as gavetas para ver se não guardam nada que contrarie esta nova ditadura policialesca. Ainda bem que meu pai morreu pois guardou na gaveta da cômoda uma beretinha do tempo da primeira guerra. Olha o risco que ele correria nos dias de hoje com essa malta politicamente correta.

Nem na ditadura isso acontecia. Oba-oba para mostrar serviço enquanto o Rugai mata pai e madrasta,é condenado a trinta anos de cadeia e está livre. Estuprador em série é posto na rua com simples petição e, na semana seguinte estupra dez mocinhas. Processos ficam parados por meses, esperando um despacho simples nas mesas deste país, enquanto pai não vê filho há seis meses.

Hoje é ele. Amanhã pode ser um de nós. Os desmandos, abusos contra o cidadão, por canalhas travestidos de agregados ou ex parelhas , melindrados na sua vaidade ou ego, virou moda. Até provar que focinho de porco não é tomada você pode dormir em cana e gastar dinheiro com advogado e altas quantias encaminhadas para o estado ineficaz e abusador , através de seus agentes públicos com seus relatórios premiados pelo recolhimento dos saques.

Está mais perigoso viver do que nos tempos da ditadura militar ...