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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O medo que nos borra

                               
                                         
As mesmas forças que fazem do Brasil o que lhes interessa começa a movimentar-se qual lama, descendo Rio Doce abaixo. E, vem de São Paulo. Respeito meus amigos paulistas da net e não quero ficar mal com eles mas não deixo de externar o que penso, eis que estou de fora da batuta. E,  a força industrial está em São Paulo, de onde vem o comando do dinheiro e do trabalho.Seguido pelo Rio de Janeiro e Minas Gerais, filhos do mesmo ventre. Não é o povo mas quem os tange.
As mesmas forças que proclamaram a república, fizeram a velha e a nova, derrubaram presidentes,  criaram as ditaduras do Estado Novo e militares, emergem outra vez. 
É muito ingênuo quem não entende que muitas indústrias paulistas estão nas mãos dos testas de ferro do capital estrangeiro; laranjas se quer ser mais moderno. Obedecem regras internacionais e seus interesses. Dinheiro não tem pátria e quem os maneja é viciado nele mesmo e não sabe, sequer, poder servir o social. À vista de um estado comunista, todos se assanham.

O confronto das chamadas direita e esquerda não está interessado em quem manda aqui ou lá mas impor suas regras. Nem questiono se estão certos ou quem está errado. E, movimentam-se sempre da mesma forma. Começa com arruaças, dose massiva de rejeição às idéias contrárias, movimentos de paralisação, quebra-quebra, palavras de ordem, frases feitas, gado dominado, berrante tangendo hordas, boicote à economia. Teem medo de mudanças, querem cabresto firme para garantir o sistema.

Não é verdade que o Brasil passa por crise econômica porque a ferida da corrupção está aberta e pútrida. O Brasil passa por crise porque em São Paulo o embate entre esquerda e direita repete as mesmas práticas já implantadas em outros tempos. Nesse embate, a democracia pode ir para as cucuias e a ditadura voltar à tona. O medo do Brasil virar uma Cuba chega a ser hilário. Se os cubanos soubessem disso iriam rolar de rir. O que acontece é a repetição tal qual os idos de 64, por exemplo. Até Grupo de caça aos comunistas foi criado com página no Facebook, vituperando bobagens, incitando ações esdrúxulas, compartilhado por gente que não tem nada a perder. Inclusive o cérebro porque não o tem.

Uma coisa é certa: Retroceder na história é prova cabal que o Brasil, quando está nos cascos, é seguro pela rédea da ignorância, na mão  de quem sempre quis fazer daqui um lugar de educação zero, exploração fácil e complexo de vira latas nas alturas.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Algo de podre no Reino da Dinamarca

                                                         

Um grupo tomou posse do Brasil e imitou a zoropa:  Apossar-se do poder e das riquezas nacionais. Para essa gente o resto do povo brasileiro, por coincidência maioria, restou espernear, tentar sobreviver de alguma forma. A Revolução de 30 , depois a de 32, quiçá a de 64 não teve a participação do povo. Apenas bucha de canhão como em todas as disputas universais. 

Tiveram a cachimônia de criar a máxima : Manda quem pode e obedece quem tem juízo. A maior afronta que se pode fazer a qualquer pessoa, impedida pelo sistema de pensar, agir e lutar por um lugar como cidadão, livre de comandos e vontades. Há de barrar lideranças que não conseguem cooptar. Há de barrar ideais e tornar o povo submisso. Há de convencer o povo da necessidade de uma besta qualquer, direcionando a estupidez da ignorância.

O que eu contesto é o estado autoritário que toma conta do Brasil mais uma vez. Todas as armas de dominação estão sendo usadas. Avançam pouco a pouco.

Em vez de fazer campanhas educativas, debates levados à sério, surgem leis autoritárias impondo ações, desconstruindo costumes,  a autoridade paterna ( latu sensu), família, religião, relações personalíssimas. Como a zoropa no estado em que se encontra- para não dizer no todo e sempre-fosse melhor do que nós, depois de por porta afora o seu escaldo e viver cuspindo nos seus descendentes. Exatamente como fazem os poderosos do Brasil, copiado com subserviência  e fazendo nascer o  nosso complexo de viralatas. É como  o empregado de patrão rico que se acha inferior e obedece submisso, quando não o faz com um seu semelhante.

No lugar da educação e da democracia a ordem é impor, estimular a deduragem, o dedo em riste, a denúncia sem provas. Vale a palavra do denunciante e as provas vão para as cucuias. A desconstrução da figura masculina é prioridade absoluta. Resta a valorização de mulheres cínicas, mentirosas , farsantes, manipuladoras valendo por si mesmas, sendo estimulado ao infinito. Impedir a legítima defesa, com armas ou sem elas é fundamental. Assemelha-se ao garrote vil.

Não posso me conter quando em todas as partes vejo cartazes como: Denuncie, denuncie, denuncie. Mostram que a denúncia é o exercício da cidadania e não o fazer é omissão com geração da culpa judaico cristã e de responsabilidade pela geração da violência. Buscam, à exaustão, fazer um estado onde seus cidadãos temem o vizinho, o filho, o colega de trabalho, a esposa, o marido, o transeunte. Qualquer um  pode sofrer qualquer denúncia baseado em Lei da palmada, do Idoso, Maria da Penha, Estatuto da Criança e do Adolescente, Discriminação disso, Discriminação daquilo.

Mas o pior é a compra de consciências. Fazem crer que os desvalidos saíram da pobreza absoluta porque foram feitas políticas públicas, distribuição de esmolas com dinheiro público. A ordem é exigir submissão, no voto de agradecimento, por algo que lhes é por direito.


Petralhas do caramba, eu não merecia viver em outra ditadura. Nasci sobre o tacão de uma, tive minha mocidade debaixo do jugo de outra e terei minha velhice na ditadura petralha. Quando sabemos que as duas anteriores foram fomentadas por essa corja que se aproveita da mansidão do povo para colocar seu tacão moderno sobre nossos pescoços.

Fora petralhas !!!!!