quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Empatia dos infernos

                                 


                   

Não morri  de COVID. Estou viva. Não sei se para melhor ou para pior.

Envelheci, esta é a verdade. Mesmo que eu tenha lutado, me afastado de um monte de contrariedades, gente que não me fazia bem. Bateu velhice... Deixar a academia e ficar em casa levou-me a meditação sobre o  inevitável.

Lá se foi o tempo em que, jovem e bonita, eu convivia numa boa com todos. Mulher bonita, assim como homem bonito, todos relevam muita coisa.

Aí você envelhece. Mesmo que não aparente tudo o quê viveu ou na mesma proporção do pessoal pobrinho, que só levou lambada na vida.

Meu filho disse que, hoje em dia, só velho vai a banco. Mas eu fui para provar que estou viva. Cheguei lá, um guardinha na porta, barrava todo mundo. Olhei em volta, do lado de fora e vi vários velhinhos e velhinhas sentados no chão, com o Sol torrando a cabeça. Provavelmente mais novos do que eu mas aparentando muito mais velhos. Perguntei ao energúmeno que  me barrou, se não havia preferência para os velhos. O quê era aquele pessoal sentado no chão. Ele me apontou a fila e disse, de forma autoritária e grosseira, que eu entrasse na fila. Perguntei o nome do cabra. André, se me interessava. Fui até o fim da fila para avaliar toda a situação. Dezenas de gente mansa e ( na moda  dizer) humildes, humilíssimos.

Eu, que de humilde não tenho patavina e cujo atrevimento ainda tenho  um pouco, falei com o guardinha, que iria ao PROCON.  Ele havia notado minhas observações e, talvez, minha falta de humildade, isto é cabeça baixa, palidez, silêncio, aparência de múmia e ficou me provocando com palavras que entraram por um ouvido e saíram pelo outro.

Quando eu estava descendo as escadas, uma velhinha  muito pálida, magrinha e seca, levantou-se, pousou sua mão no meu braço e perguntou:
- A senhora vai chamar a polícia? Chame, chame.

Eu só respondi;

- Aguarde. Você vai sentar lá dentro e o guardinha vai ser trocado. 

Voltei pra casa, peguei meu carro e atravessei a ponte para ir ao PROCON em lugar difícil do povo chegar porque o ônibus passa longe. Fui barrada, tinha que marcar hora pela internet e com antecedência. O espaço vazio, só dois atendentes.

Eu nunca dou carteirada mas dei. Disse que era advogada, que não ia voltar e onde estava o chefe. Pasmem, mandou eu falar mais baixo porque minha voz era  alta para ele. Quis aplicar a tática do funcionário público que, ao se ver errado, inverte a lógica da situação. Em vez de você ter razão, ele passa a ter e você torna-se o errado. E, se insistir, você vai preso pois desacatar funcionário público é crime.

O chefe ouviu lá de dentro, em outra sala e  apresentou-se  como advogado. Deve ter escutado eu dizendo que o era. Ou para me acuar. Quase dou risadas dessa gente jovem que pensa que velho nunca foi jovem e é tudo caduco.

Resumindo,  me apresentei, ele me recebeu muito educado e inteligente. Nem precisei explicar muito nem escolher demais as palavras. Ele captou o absurdo de deixar os miseráveis a mercê de um guardinha autoritário. Passou a mão no telefone, falou com o gerente, eu também falei.

Conclusão, quando voltei ao banco, CAIXA, já tinha outro guarda educado, inteligente e a fila estava organizada. Nenhum velhinho do lado de fora. 

Eu já  jurei, inúmeras vezes,  nunca mais me meter em nada que não fosse diretamente da minha conta. Mas minha natureza me consome. Já pedi a meus filhos para me amarrarem na perna da mesa ou me puxarem do lugar onde tem injustiça e desmandos. Fiquei nervosa, andei debaixo de um Sol inclemente, um calorão, suei rios nesse calor e umidade  infernais.

Fiquei exausta, moralmente, pelas dificuldades, as barreiras para se ter dignidade, os desaforos  a que está  sujeito o  brasileiro que nem sabe por onde começar ou está acostumado a obedecer  sem se dar o respeito, sem condições de lutar por seus direitos, só ordens e regras a serem cumpridas.

Que raiva de mim mesma!

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 Para eu não desistir desse blog.



quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Chave do cofre

                                          


 Vou fazer uma breve análise sobre o momento político por que passa essa jossa chamada Brasil. 

O presidente do Brasil está no lugar certo, no momento histórico certo. Não tinha outro e não tem outro. Mesmo que o Velhaco mais velhaco da história do Universo tenha conseguido se safar da cadeia, tenha vida boa com o dinheiro público, uma vida de nababo inclusive com amante pra baixo e pra cima, mesmo com a pandemia.

Se Bolsonaro  é mal educado, grosso e direto, ele representa o que é o brasileiro nos dias de hoje. 

Estamos em uns dias em que não dá mais para falar ou fazer nada, usando panos quentes ou volta nas palavras. Depois de tomar conhecimento do tamanho do rombo, trilhões de reais, tirados dos diversos órgãos públicos para beneficiar uma casta de ladrões da política ou agregados, o brasileiro quer pé na porta mesmo. E, se bobear aceita pegar em armas e fazer uma guerra contra essa gente que tem a cachimônia de não fazer nada mas abarrotar o Poder Judiciário com ações sem nenhuma base legal, como forma de política e para tentar parar tudo, e, nada dar certo.

Bolsonaro é  fora da caixa. Não tem redator de discurso  e fala da forma mais simples e comum para um povo analfabeto funcional, que não sabe diferenciar MAIS  de  MAS.

Eu não pactuo com noventa por cento das ideias dele. Essa conversa de auditar urna eletrônica, por exemplo, e que deu até passeata, considero a bosta do cavalo do bandido. Minha inteligência entende como funciona, exatamente, a urna e como é difícil a fraude. Dificilmente , não acredito mesmo, que algum maluco vá entrar à noite, passar pelo policiamento, só  para mudar um programa de votação eletrônica em urna por urna. Aliás esse assunto me cansa.

Se o Banco do Brasil, Caixa Econômica, Correios, Banco Nacional de Desenvolvimento-BNDE, Itaipu, Petrobras  e outros tantos órgãos estatais, todos nos governos petralhas  com  prejuízo de bilhões por mês, tiveram este quadro revertido e, hoje, dão lucros em dobro ou triplo do que eram os prejuízos, não me importa se o presidente apareça de chinelo de dedo, camisa de time de futebol e coma de boca aberta. Já melhorou nos palavrões enquanto eu começo a usá-los.

Um amigo meu, engenheiro aposentado da Vale do Rio Doce votava no Lula porque este prometia implementar ferrovias e implantar infra estrutura, inclusive onde nunca houve para integrar os brasileiros. Tomou na cara porque era tudo falácia. Hoje ele baba na gola para falar do Ministro Tarcísio ( Infra estrutura ) e respirar fundo porque vai morrer tendo suas ânsias atendidas.

Não vou fazer mais análise. O homem está com a chave do cofre dependurada no pescoço e espantando os ratos. Quem tiver coragem que a tire conforme a fábula de Esopo  ou La Fontainne.

                                               %

Se puder, se achar que deve, usando a barrinha da página ou o endereço na sua página.  e já agradeço 

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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Mesmo horizonte

                                   


    

A vida segue na tentativa de tornar tudo como era d'antes.

Por aqui não há mais casos de COVID, a vacinação segue capenga e o comércio começa a funcionar.

Os interesses mudaram de lugar, o meu também.

Sigo...

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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Pesque e pague

                                    

                                              Futilidade? KLIKA

A geração que nasceu nos anos quarenta, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, talvez primeiro meado de cinquenta foi um fiasco. Na faixa etária da aposentadoria, alguns ainda no poder, não há sequer um  que vá deixar seu nome no avanço da história. Sapatearam no mesmo lugar da vida política do país, foram prá lá e prá cá e não largaram o poder.

 O povo brasileiro não os quer mais comandando nada de destaque. Estão desatualizados na forma de ver o mundo, de comunicar-se, de avaliar a alma do povo brasileiro. São da geração do jeitinho esperto pra levar vantagem. 

Muito bonito idosos serem aproveitados nos tempos da cultura oral, onde era preciso escutar os senhores para tocar a vida pra frente. Hoje é na correria, um coisa hoje está ultrapassada hoje mesmo. É preciso dar espaço para quem está correndo porque pasmaceira tem cara de enganação.

Verdade seja dita, ninguém aguenta mais gente esperta ocupando o poder no poder, acostumada a fazer as coisas escondidas. Tudo é filmado e julgado instantaneamente. Fingir que é poderoso porque difama companheiros de poder urge dar um dar basta. Pra frente, gente ordinária. Os jovens estão por aqui com essa velharada.

E se não tem folego para acompanhar as torneiras fechando, as palavras sendo ditas e não ditas sem precisar do chinelo cantando na bunda dos oprimidos, vá pescar nessas fazendolas que incomodam os peixes mas não pescam bulhufas. Como fingem que pescam mas só  deixam os peixes putos de raiva, aproveitem a chance.

#compartilhe se acha vale a pena.


quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Ditadura do judiciário

                                                


 Quantas vezes escrevi sobre a formação do poder federativo por aqui? Já deletei muitos comentários ofensivos de gente que não conhece o Brasil ou acha que a nação são eles e não todos nós.

Vim para fora de Minas Gerais para o Espírito Santo e a assistir de longe o estrago que São Paulo faz ao Brasil, principalmente sem o efeito mediador de Minas Gerais. Porque, antes da ditadura Minas Gerais produziu grandes políticos e juristas que faziam o equilíbrio na chamada política Café com Leite. O estado do ES é peso morto na política mas serve de plataforma de observação.

A primeira vez que estudei a política eu tinha oito anos e foi em um trabalho da escola. Eu era chefe de turma e a professora me desafiou sobre o quê se passava entre a UDN e PSD nas muitas crises desse país. Além de falar na frente da turma eu fiz uma colagem de jornal em um caderno grande de desenho. Há pouco saíamos da morte de Getúlio e que se deu em um 24 de agosto. E, não se falou nisso este ano pois estamos em outra crise política cujos motivos continuam os mesmos, o jogo de poder dos comunistas para dominarem o Brasil. Desde então, queriam uma guerra civil como querem hoje. Foi a primeira vez que falei sobre a hegemonia de São Paulo

Nessa minha primeira fala sobre política, com meros oito anos eu já dizia que o Brasil vergava-se a São Paulo, trabalhava para fazer grande um estado desde os tempos de  Padre Manoel da Nóbrega. E, dava-se de Brasil, de locomotiva que puxava vagões vazios. ( A primeira vez que ouvi isso, naquela época, quase tive uma síncope).

Nunca  importou se todos pagassem, pela abolição da escravidão que prejudicou São Paulo e derrubou a monarquia, as crises do café, da inflação, das falências do parque industrial, da entrega de indústrias para o capital internacional, das sonegações de impostos, dos calotes aos empréstimos dados por bancos oficiais, para fazer o estado de SP quase um país à parte.  Alimentar a pobreza no nordeste, corrompendo seus mandatários, para trazer  mão de obra  barata e construir o gigante do sudeste e jogar depois nas periferias, matando seus filhos, deixando-os sempre no patamar social capaz de   alimentar o crescimento e mantendo a mão de obra desqualificada

Não vou fazer análise do governador de Minas Gerais  que deu a primeira isenção de impostos para a FIAT ir para Minas e deu ideia para surgir os centros industriais, como o da  Bahia por exemplo. Então SP começou a lutar contra a isenção de impostos ou qualquer medida que atraíssem indústrias para outros  estados. 

Para quem me segue, sabe tudo o que já escrevi sobre a hegemonia de São Paulo. Deixei de receber visitas de paulistas, achando que eu escrevia contra eles. Pois paulista não tem visão de Brasil. Estudaram para isso nas escolas e eu sei porque os fatos da história do Brasil que eu estudei em Minas Gerais são interpretados completamente diferentes em  SP. Parece até que falam de outro lugar. Sentem-se de outro lugar. A hegemonia construída historicamente é exposta, hoje, em livros que analisam a história  do Brasil década por década desde o descobrimento. Quem quiser ler pode comprar no sebo , pela internet e custa dez reais.

Tudo isso para dizer, que eu tinha razão, tenho razão: Há SEMPRE um paulista conspirando contra o Brasil mas a seu favor. Criaram monstros na política. Zé Dirceu não se criaria em MG, então foi para SP. Lula saiu da miséria do nordeste e foi criado nos entre choques da industrialização paulista. Fernando Henrique Cardoso, foi criado na pretensiosa, arrogante copiadora de mentes estrangeiras que é sua Universidade. Não importa se o curso de direito da UFMG seja o primeiro do Brasil e distribua juristas Brasil afora porque para eles é a Escola do Largo de São Francisco a alimentar o poder , vendido e comprado aos tribunais superiores dessa nação.

Estamos na beira de mais uma crise política. Cabo de guerra de São Paulo contra o Brasil. Foi assim, é assim mas tem que acabar agora no início do Século 21. Acabar com os políticos paulistas, com o magistrados paulistas do Supremo Tribunal Federal, aliados a liderar uma nova ditadura, a do Judiciário. A tramar mais um golpe fora dos votos pois, segundo eles, o poder não vem dos votos mas da tomada dos votos. A querer manter o poder de domínio do pensamento nacional, a atrelar todos os brasileiros como bestuntos, precisando de tutela .

 É justo dizer que o povo paulista, direta ou indiretamente, vindos de vários lugares do Brasil  e do mundo, com seus descendentes, resolver lutar, também,  contra esse poder hegemônico do qual é alijado, periférico enquanto os quatrocentões se juntaram a sindicalistas para defender e  representar o vértice da riqueza nacional. Uma aliança que precisa cair por terra, mesmo que tenham sido linhas paralelas mas que escreveram a história desastrosa da república.

O Brasil não é somente São Paulo mas todos os vinte e seis estados da federação.

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Espairecer a cabeça? Quem está fora do Brasil pode ver essa novidade que se deu só nos palcos. Não está cem por cento mas vale a pena KLIKA

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Ditadura no Brasil

                                               


Bem que eu tentei ficar longe dos acontecimentos políticos. Alguns deles eu já vi acontecer. Os mesmos protagonistas que envelheceram mas mantiveram as mesmas práticas na busca do poder por quarenta anos. 

Agora, invém eles novamente. Uma geração convencida por discursos alienígenas, nos livros da Europa, continente onde as contendas nunca acabam. Toda vez que o Brasil começa a deslanchar, aparecem interesses estrangeiros, financiados com dinheiro gordo na tentativa de colocar grilhões nos brasileiros.

Estou sem paciência para ver aquelas velharias do Supremo Tribunal Federal, colocando as garras de fora. Juiz tem parte com o demônio mas aquela gente são os próprios. Nem a ditadura conseguiu mexer com eles.

O resultado é que com a convocação para manifestação do dia Sete de Setembro, dia em que se comemora a Independência do Brasil, o STF, sem base legal ou poder  constitucional mandou a polícia invadir e fazer busca e apreensão na casa de Sérgio Reis, deputados e outros com a boca aberta, provocando como se estivessem em uma democracia.

Quem é Sérgio Reis? Um cantor de oitenta e um anos, deputado federal por SP, com um histórico enorme na música brasileira, muito respeitado como pessoa íntegra e que se atreveu a fazer discurso duro contra os ministros do Poder Judiciário Federal. Como eu, na certa está ¨por aqui¨ com essa corja que suga o brasileiro e rasga a Constituição desde o impedimento  da ex presidente  Dilma Roussef. 

Dia Sete a cobra vai fumar. E, percebendo que o povo não vai ficar parado, mesmo com o fechamento de diversas páginas das redes sociais, com pessoas saindo do Brasil para morar fora evitando ser presas, com deputados federais presos porque meteram o pau nos ministros do STF, sem respeito a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar, começou hoje uma movimentação de governadores para tentar evitar o confronto popular.

Com isso tudo, o Brasil não sai do lugar. O disco já está velho. Está na hora de acabar com esse disco ultrapassado e passar para o streaming

Mais? AQUI

Ou AQUI


Se #compartilhar eu agradeço


segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Disfarce ao chão

                                     

Para quem não conhece, uma pitada KLIKA

Eu queria compartilhar com vocês uma cena inusitada.

Nunca vi um artista chorar de emoção com a manifestação de apreço de seus fans. E olha que acompanho ator e atrizes, cantoras e cantores há anos. Verdade que não conheço metade dessa gente mas do que conheço nunca vi. O quê se vê é esse pessoal correndo dos fans, cercados de seguranças, impacientes, entediados  e, o mais moderno, organizando a fila para os fanáticos chegarem perto e tirar uma foto, no lugar do antes autógrafo.

Não vou fazer julgamento ou juízo de valor porque desconheço essa vida. O que eu quero é mostrar um artista emocionado com o assédio dos fans.

Domingo, dia 15, todos ainda confinados pelo COVID,  houve o Rally dos Sertões. Todo mundo testado e de máscaras. A etapa que ia da Paraíba a Pernambuco teve como convidado Rodolffo da dupla Israel&Rodolffo. Como ele interage com as fãs pelo Instagran ( @portalrodolffo) e tem o APP para seguir o carro dos participantes, resolvi acompanhar. Não o aplicativo porque não tenho paciência mas pelo Instagran enquanto fazia outras coisas. O Rally continua, dura quatro dias, vai até o Rio Grande do Norte mas a participação dele já acabou. Tem outras páginas das redes sociais que deram cobertura e, infelizmente, a televisão ou a mídia não noticiaram nada. Só sabem fazer debates infindáveis, maçantes, com gente sem ter o mínimo carisma ou conhecimento de televisão, querendo aparecer e de graça com os mesmos temas que não quero saber mais, doença e política. 

Então, vimos Rodolffo nervoso com o capacete maior do que a sua cabeça, querendo disputar o rally e descobrindo que ele era apenas  atração e não podia correr ou ultrapassar ninguém. Improvisou, como sempre consegue fazer e resolveu parar em toda aglomeração nas cidadezinhas ou na estrada onde houvesse um grupo de fans, gritando o seu nome.

O resultado foi muita emoção à vista de gente tão simples do sertão do Brasil que nunca podia imaginar ver uma celebridade de perto. Euforia, amor, troca de carinhos e muita cantoria junto com ele. Desabou a chorar, não aguentou a emoção. Desmoronou a fama de frio, calculista e impenetrável. Depois de treinar a figura desde os sete anos, a alegria pelo resultado de vinte e seis anos de luta, sem dinheiro para fazer valer o talento e a sedução, longe de pessoas íntimas, não teve como esconder a alma tão disfarçada.

Confesso que já tinha visto a dupla mas desconfiei, na época que os vi, daquela formação com um cara loiro dos olhos verdes e outro trigueiro. Achei que era outra jogada artificial para ganhar sucesso. Errei. devia ter tido mais paciência e menos preconceito. Mesmo porque não sou muito aficionada por música sertaneja.  Meus ouvidos não aguentam o tom muito alto e as letras esquisitas.

Com a pandemia, sobrando tempo, acabamos diversificando para não ficar sempre nas mesmas músicas ou estilos. Rodolffo precisou se expor no realitie da Globo, arriscando ser cancelado e foi isso que a emissora quis fazer mas conquistou o público e estourou de vez. Eu fui junto porque não quero ser exceção.

Em uma data de hoje, onde costumo homenagear quem morreu, pois dia 16 de agosto morreram Elvis e papai, quero celebrar a vida e a alegria que se perpetuam nas novas gerações.

                                         

Aqui   

OU AQUI  ( O relógio Vivara foi presente das fãs pelo aniversário, dia 24)

Ole!

#compartilhe se acha que deve. Eu não tenho patrocínio nem idade para aparecer em realitie show.  kkkkkk. Conto com quem passa por aqui. Tem barrinha aqui embaixo ou pode ser por e-mail.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Queimando lixo

                                         
                                                Klika

Chega a dar tédio a repetição das crises políticas nesse país. Os protagonistas são outros mas a arenga é a mesma. Às vezes os protagonistas continuam   os mesmos. Quer coisa mais absurda que um bandido da política, que age desde os tempos da ditadura ainda estar na crise da onda? Pois o senador Renan Calheiros já foi da  denominada Tropa de Choque do presidente Collor, liderando a defesa daquele presidente deposto quando por interesses escusos. Isso nos anos noventa do século passado.
Hoje o senador ainda é eleito por eleitores que colocam no poder toda uma família. Pois seu filho é prefeito da capital do estado do Alagoas,  do qual ele é senador.
Pelo menos esta fase já foi superada pelo estado do Espírito Santo onde famílias já dominaram, cercados de pistoleiros e donos dos meios de comunicação.
Talvez o segredo seja o Poder Judiciário do estado reformulado e com ingresso de juízes, formados em outros estados, especialmente em Minas Gerais.
Eu não conheço o Alagoas mas sei que sempre produziram políticos fortes a nivel nacional. Entretanto, o lugar ocupado por Renan Calheiros impede o surgimento de outras lideranças, pois percebo que alguns desapareceram   e deveriam estar atuando porque davam embate no parlamento. Uma delas foi Heloísa Helena que sumiu e foi ser vereadora. Deve  haver perseguição dos Calheiros.

Calheiros perdeu a presidência do Senado, cargo que manteve durante todo o governo do Velhaco mais velhaco da história da humanidade e sua cúmplice. Achou uma maneira de aparecer, arrumando a presidência de uma comissão para cassar o presidente atual. Nos tempos de Fernando Henrique Cardoso tiveram quase vinte comissões para cassar o cara. Essa tática da oposição, representada pelos partidos petralhas, portanto, é velha, velhíssima. E, custa uma fortuna, empata o parlamento e dá motivo para instabilidades políticas próprias de um pais que quer crescer mas não consegue. 
Esses freios que impedem um país como o Brasil de crescer são pagos por interesses inconfessáveis. Embora estes mesmos interesses estejam sendo desconstruídos pouco a pouco. Como sempre os embates respigam sobre um povo oprimido pela pandemia e pela roubalheira contrariada e que seca no bolso da corja que não quer largar o osso.

O capeta tem muitas caras. KLIKA
Cada coisa que dá até arrepio: KLIKA
País de merda : KLIKA

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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Queda de braço

                                    

Se for queda de braço, prefiro esta

Como está a vacina na minha cidade Guarapari? Com todo tipo de dificuldades.

O prefeito, assim como o governador, faz oposição ao governo federal. Então, empenham-se o máximo para dificultar a vacinação. Alguns vizinhos foram a outras cidades do estado do ES e, até mesmo, fora do estado para receber a vacinação.

Exigiram Cartão de Inscrição no SUS. Para tanto, teria que ir onde Judas perdeu as botas, sem transporte normal o que dificulta para o pessoal que não tem carro.

Quando vi a exigência de inscrição no SUS- Serviço Unico de Saúde, tendo que entrar na fila e ser atendido por ordem de chegada, virei um bicho. Foi a maior dificuldade para me entender com a atendente da Secretaria da Saúde. Perguntei se Roberto Carlos precisou tirar esta carteira, se Juliette precisou entrar na fila para tirar ao Cartão. A moça disse que eles  não moram aqui. Reformulei a pergunta para saber se o juiz da cidade tirou o documento ou o delegado. Não soube dizer, porque era exigência da lei e que me entendesse com o Ministério da Saúde. Por isto não, telefonei para o Ministério da Saúde em Vitória. Minha briga é porque toda pessoa tem direito a atendimento pelo SUS, até estrangeiro, de passagem pelo país. Não precisa nem de documento. Então, exigir Cartão de Inscrição é um abuso sem tamanho. Resumindo, acabaram aceitando que a exigência é descabida. Pelo menos para mim. 

Depois, é preciso agendar. Mas o site de agendamento está com problemas e a forma passa a ser por e-mail. Mas não para por aí. É preciso levar cópia do agendamento feito por e-mail e pela internet. Diga aí como esse pessoal simplinho vai fazer?

Depois eu conto a continuação da saga.

Enquanto isso, continuo em cárcere privado e máscara na cara quando vou a algum lugar. 

E, enquanto isso, aqueles bandidos de Brasília continuam discutindo o sexo dos anjos.

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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Turquia pega fogo

                                            

Cidade da Turquia

Quando tem incêndio no Brasil, especialmente na Floresta Amazônica, o mundo ataca com tudo. Os líderes meia boca, precisando tirar onda de poderosos, esquecendo que seus países não são mais o quê já foram, colocam as mangas de fora.

Mas quando o fogo queima uma cidade, florestas adjacentes, dos EUA ou algum país da Europa não se vê um protesto e nem uma linha.

Colocaram fogo na Amazônia em ataque terroristas de gente que recebia dinheiro do governo federal anterior a este, escondidos debaixo de siglas diversas e que tiveram verbas polpudas cortadas pelo governo federal atual. O mundo veio abaixo, porque até o Príncipe Felipe da Inglaterra tinha interesses nas terras da Amazônia. O tal herdeiro do trono inglês teve a cachimônia de comprar terras dos índios, aparecia para inspecionar a  retirada de minerais preciosos, diamantes, de vez em quando como qualquer outro antigo proprietário de terras colonizadas. Ora, terras indígenas são propriedade da união e não podem ser vendidas. Já imaginou como ficou a ira do bestunto quando foram cancelados os títulos de propriedade e que não valiam nada? Secaram as fontes de sua riqueza pilhada do Brasil?

Deve ser por estes interesses escusos contrariados que sobram ataques ao governo e aos brasileiros e não se ouve um pio quanto os incêndios na Turquia, que queimaram bairros inteiros e deixou a população em perigo. Deve ter tido muitas mortes mas estas  tem menos valor do que as árvores que, em dez anos, estão como dantes.

Qualquer ato terrorista deve ter o repúdio da ONU e de qualquer outro órgão internacional. E, não um Salve-se Quem Puder como estamos vendo pelos lados da Europa. Ou não se decidiram se Turquia é Europa, portanto é fechar os olhos e o resto do mundo que se dane ?

                                        

O fogo avança 

Nota tardia: O incêndio foi consequência de ato terrorista. A população linchou alguns.                                         

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sexta-feira, 30 de julho de 2021

... Num trem bão

                                                

                                          Aqui a live de Anápolis

 Eu saí da minha bolha que é a região sudeste do Brasil, onde nasci e fui criada e já estava farta dos seus políticos, música, comportamento para cair na região centro-oeste. Por acaso. 

Já fui a Brasília, Goiânia, capital do estado de Goiás, onde mora um irmão da minha mãe.Também na cidade de Goiás.Tio Ovídio, já morto e que foi casado com uma irmã de mamãe, chegou a desembargador de Goiás.

Aliás, íamos para Goiânia quando resolvemos dar carona a um policial militar. Conversa vai, conversa vem ele disse que devíamos ir até a cidade de Goiás, antiga capital do estado de Goiás. 

Foi uma visita maravilhosa na  cidade histórica de Goiás, natural da poetisa      Cora Coralina, cuja casa é um museu à beira do rio. Este, tem cheia todos os anos, já invadiu a casa da poetisa quase a destruindo e mais de uma vez. Orgulho de GO.

Conhecemos Caldas Novas e suas águas quentes mas era tão caro para entrar nas térmicas que desistimos. Seria uma visita muito rápida e não valia a pena.

Outro dia teve um live em Jaraguá- GO, cidade pequena  e qual surpresa quando percebe-se que a cidade tem 285 anos e foi fundada por  bandeirantes. Quando estudamos os bandeirantes aparece o nome de Bartolomeu Bueno. Pois ele chegou até aquele lugar, hoje com cinquenta mil habitantes. Fala em uma coisa caprichada? Pois Jaraguá tem tudo. Só músicos locais mas de grande qualidade.

Então, amanhã, para você que passa por aqui  e não tem o que fazer. Ainda mais  com esse frio que até neve tem caído no sul, veja a live comemorativa do aniversário de Anápolis-GO. Eu descobri essa gente e estou gostando. Estava muito engessada nos mesmos cantores. Alguns  desse grupo  gritam muito, tem a voz muito potente e meus ouvidos rejeitam. Mas vou ver. Debaixo do cobertor, na minha televisão smart,  transmitida do YouTube. Só cantores e cantoras do topo da música atual. Mais de trezentos e vinte milhões de visitas nos divulgadores da internet só para um deles. 

Para essa gente que torce o nariz para outros tipos de música é bom abrir o coração pois a arte divulga uma comunidade, seu país. E sair da bolha pode doer mas com o tempo as portas escancaram completamente. Vale a pena.

Ainda mais se você saiu do Brasil passa por aqui e tem saudades, quer saber o que está acontecendo além da imundice da política medíocre e voraz de honras e almas, dessa laia que não larga o osso. Não perca. Se passar depois da data, veja assim mesmo pois estará lá gravado.

Site da Prefeitura de Anápolis Oficial  também aqui.  O programa começa as vinte horas e dura cinco horas.

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quarta-feira, 14 de julho de 2021

Dia do Cantor

                                        

KLIKA 

Comemora-se no Brasil o Dia do Cantor. Com a pandemia, esta é uma das profissões mais sofridas. Com casas de espetáculos fechadas,  proibição de aglomeração, muitos profissionais da música estão no desespero para ganhar  a vida.

Resta a quem tem condição e poder econômico fazer apresentação pela internet com patrocínios diversos. Como a indústria da bebida não pode vender para as multidões que apareciam em festas com aglomerações, passaram a patrocinar espetáculos ao vivo pela internet. Resta a solidariedade de um músico com outro, convidando para participar, a fim de dividir o espaço para mostrar sua arte e ganhar um dinheiro.

O cantor, evidentemente a cantora,  tem uma vida diferente da nossa. É quase um karma pois vivem viajando, longe dos seus, trabalhando sob o turbilhão dos espetáculos. Com a exigência de renovar sempre a lista de músicas. Precisam sorrir mesmo que não estejam alegres. Sob pressão do mercado, da distância, dos amores desencontrados dos fanáticos em busca de um pouco de atenção. Muitos tem insônia, solidão cujas consequências não são boas.  Tudo para alegrar as nossas vidas, preencher nossos sonhos, saudades, amores.

Parabéns pelo Dia do Cantor, a cigarra que alegra nossas vidas.

Que venha logo a vacina contra a peste chinesa  para todos. A vida precisa voltar ao normal.

#compartilhe se lhe apraz

E aí ?

                                             


 Noticiam que o crescimento da economia, neste ano, será de cinco por cento, pouco mais. Algumas publicações tem origem em páginas de bancos. 

Tudo bem. Só quero saber se este crescimento vai gerar emprego e renda para a população e aplicação generalizada na economia. Precisa de um estudo melhor para dizer se tem relação com o fim da corrupção que marcou os últimos vinte anos nessa república comandada por privilégios e tomada hegemônica do poder. Distribuição de renda é fazer o Brasil crescer como um todo e não privilegiar um estado apenas. Distribuição de renda é começar pela construção de infra estrutura, facilitar a iniciativa privada em todo o país. Não é   concentrar industrialização e infra estrutura em um estado da federação, para sua população  contar potoca e rir do restante da nação imobilizada para satisfazer o poder e o orgulho privilegiado.

Outra coisa que eu estou esperando é a cobrança a ser feita da China pelo estrago da pandemia. Ninguém cobra do monstro chinês as vidas perdidas, os sonhos desfeitos, a estagnação, o aumento da fome e da pobreza no mundo. Quando tacaram fogo na amazônia apareceu um monte de europeu para atacar o Brasil e os brasileiros como se árvore valesse mais do que vidas humanas. Mesmo sabendo que a natureza se recompõe. Enquanto isso,  as vidas perdidas não voltam. Silêncio sepulcral.

Ver as pessoas andarem de máscaras na rua é revoltante. Coisa que vai marcar a humanidade para sempre. 

Mas cobrar da China ninguém se atreve. Vislumbra-se os EUA tentando provar a responsabilidade da China. Mas e daí?

Com tempo? Uma beleza KLIKA

quarta-feira, 7 de julho de 2021

As cracas

                                      

Não vou ilustrar com vermes
Deixo Maurício e eu 
                                          

Os escândalos políticos continuam. A geração da ditadura continua agindo com as mesmas práticas e palavras de sempre. O Poder é instrumento do inconsciente  seletivo de vetustos, antes encarcerados e hoje soltos pela incúria de juízes mequetrefes e que não largam o osso.

Outro dia, assisti o filme Lamarca e lembrei-me dos cartazes espalhados pelo Brasil, no tempo da ditadura militar,  com várias fotos onde ele era um dos Procurados. Eram afixados nos Correios, nas delegacias, nas prefeituras.  Mas a juventude estava preocupada com sua própria vida, a construção do futuro e  passava quase sem olhar. Apenas emergiu da minha memória, aquela figura esquálida, bem brasileira com seu cabelo farto, liso e preto, como era a moda. Foi morto pelo exército.

Da ditadura, também sobrou a pessoa vingativa, treinada em Cuba, capaz de formar família com nome falso e, hoje, profundamente frustrado por ter seus planos matutados por décadas, frustrados. Não desiste, contudo. É o Zé  Dirceu. 

Tomamos conhecimento que este  facínora político, tantas vezes ocupando cargos de importância,  livre da cadeia onde esteve preso, por obra e graça dos amigos do STF, ameaça um ministro desse mesmo  Supremo Tribunal Federal se este não fizer o que ele manda. Incrível! Mais parece filme sobre a Máfia italiana.

Outro é Renan Calheiros, também filho da ditadura, sobrevivente da reconstrução da democracia, cobra que rasteja por entre os integrantes do poder sempre levando vantagem. Muitos caem  mas Renan permanece imbatível.

Essas duas figuras da república  brasileira, representantes de duas vertentes antagônicas mas desonestas no mesmo grau, capazes de sobreviver a qualquer furacão político, a qualquer preço, precisam sair de cena. Será um passo largo para o avanço na modernização   de uma nação. É como uma baleia a livrar-se das suas cracas que, se não a mata, debilita.

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sábado, 3 de julho de 2021

Água na boca

                                      

Quanto mais batem mais ele faz sucesso


Não é bom ver o tempo passar, a mocidade ir embora, não é mesmo. Mas tem uma coisa boa. Ver que as paixões humanas não mudam. Embora os neuróticos não sejam  os mesmos.

Quando eu tinha quinze anos, nossa professora de história, no Instituto de Educação de Minas Gerais, BH/MG, perguntou quem queria fazer um trabalho sobre os acontecimentos  políticos e expor na frente da sala. A nota seria máxima e sem precisar fazer a prova do mês. Uns minutos, ninguém se apresentou e eu levantei a mão: Eu faço. E fiz. Minha professora me abraçou, dando os parabéns. Eram dias conturbados tal qual hoje.

Hoje, quando vejo a situação política na Câmara Federal me dá vontade de chorar. Porque não mudou nada. Vejo os mesmos interesses exibicionistas de políticos oportunistas, medíocres e falastrões. O mesmo embate improdutivo mas com ganas de fazer acontecer o que precisa mas não sabem como. Coisa de país sem cultura, sem rumo onde ao povo resta esperar, esperar que essa pandemia acabe e a vida siga. Indenizado nenhum país será, nem alguém, nem quem está perdido porque alguém morreu. A China segue firme, cagando para o mundo.

O Congresso é formado por representantes do povo. Emerge da massa aqueles que, praticamente, se aventuram. Porque, quem se atreve a ser achincalhado,  espezinhado? Para falar a verdade eu iria, nos bons tempos da minha oratória fácil e tempo dividido entre família e profissão. Seria para divertir-me e ganhar grana como fazem essas bestas que nós vemos. 

Daqui, no meio da plebe, ficamos horrorizados com tanta imbecilidade para o nada. Mas nesse meio de embate de egos e interesses, alguns escondidos, a energia perde-se e o resultado é pífio. Arre égua !

Como não faz diferença entre o sorrir e o chorar, fico com a água na boca.

#compartilhe se acha que deve. Não tenho patrocínio, torcida ou cancelamento.

Aqui é para rir; KLIKA