quarta-feira, 8 de junho de 2016

Angústia com os apátridas

Depois reclamam: - Só para ser macaco e carregar corrupto nas costas.
                                                                                           

Essa crise pela qual passa a república é a mais longa e a mais feia. Eu sempre vivi em ambiente de política e , portanto, nunca fiquei alheia ao que se passa. Tenho na minha memória, dormir ouvindo a Rádio Mayrink Veiga, no radio de válvulas e os discursos de Carlos Lacerda, ainda na primeira infância. Ficava sentada ouvindo as conversas dos adultos sobre política, porque mineiro não tem outra conversa. Pelo menos naquele tempo. Mesmo naquela época, nada se compara aos dias de hoje. Simplesmente porque a corrupção nunca teve lancetada sua pústula como é hoje.E, espirra na cara da república. Lá em casa mal  podia ser pronunciado o nome de JK e papai dizia que era o maior ladrão da história do Brasil. Tínhamos como vizinhos Israel Pinheiro, duas casas acima, e outros impronunciáveis que logo se mudaram para bairros mais ricos. Enquanto isso o povo lutava para furar caminho no meio do empobrecimento de país subdesenvolvido.

O tempo passou e a corrupção nascida com a construção de Brasília foi sendo aperfeiçoada e chegamos onde chegamos. Ao ponto de uma presidente da república deixar pagar por ela  cinco mil reais por um corte e pintura de cabelo. Reclamar porque lhe foi cortada a conta, mensal, de sessenta mil reais de compras no supermercado. O ex presidente pagar mensalmente, com dinheiro da corrupção, mesada de cinquenta mil reais para a amante. Bilhões roubados dos cofres públicos e mandados para fora do país. Se aqui ficassem, seriam aplicados aqui mesmo. Ao saírem  do país é evasão de divisas e reflete até na balança comercial. Mas essa corja não quer saber. Ainda tem quem os defenda. Micro cérebros a serviço da maracutaia, jornalistas pagos para elogiar a bandidagem. Tapas na cara da nação e dos brasileiros, crimes de lesa pátria.

Em uma greve dos funcionários do Banco do Brasil, em plena crise econômica dos anos oitenta, inflação a oitenta por cento ao mês, papai foi tirar dinheiro no banco e estava fechado. Não haviam caixas eletrônicos e ele estava sem dinheiro em casa. Ele teve uma crise de revolta, pegou uma cadeira de algum grevista, subiu nela e gritou APÁTRIDAS , várias vezes, e fez um breve discurso. Ele foi orador da turma quando formou-se em odontologia. Os grevistas abriram a porta e ele conseguiu sacar o dinheiro pretendido.

Hoje, estamos em ritmo de espera até o final do impeachment da Dilmanta para cair a república de vez. Vai ter superlotação nas prisões da polícia federal. É muito ladrão.Todos descarados. Alguns viajaram para zoropa e Miami e de lá mandam fotos em restaurantes, regados a vinho de trinta mil reais.

Preciso deixar isso arquivado aqui porque, amanhã, se contarem outra versão, não vou pensar que fiquei maluca.

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Um comentário:

Maria claudete ferreira herculano batista disse...

Cara Magui somente você com seus artigos pertinentes nos levam da indignação ao sorriso escancarado...É o disco "C" o "D" estão todos corrompidos sem volta ..Joga Fora no lixo e o que vai sobrar? É crer que nesse universo em que cremos Deus ser brasileiro e estarmos em pleno Ano da Misericórdia , Deus se compadeça desse povo, e, aqui incluo todos: os que pecaram por omissão, os que pecaram com certeza, os que pecaram pela inocência e os que pecaram pela soberba e ganância, sem o perdão de Deus quem subsistirá? Quer saber? Te admiro por diante de tanta sujeira descoberta a cada dia , ainda teres motivação para registrar...Mas faz bem , quem acreditaria depois?
Só me pergunto : Como e quando tudo isso vai acabar?
Bjs.