O ver quadrado |
Tempos chatos mas chatos no último. Ninguém quer saber de conversa a não ser falar da peste chinesa, máscaras, álcool gel, contaminação e índice de mortes. Gente chata. De onde vem esse frenesi?
Eu não moro em São Paulo, nem no Rio de Janeiro. Fui ao Amazonas há décadas, Ceará para mim é somente terra de piadistas inclusive político palpiteiro.
De onde apareceu essa gana em ser o campeão em mortes, no orgulho em parecer doente? Parece até os tempos do auge da tuberculose onde ter a doença era sinal de poesia. O orgulho devia ser o saudável, o nunca ficar doente e a obrigação de doar sangue como forma de agradecer a natureza, a Deus, o que for. Good news is bad news. Ueba!
Hoje eu li a comemoração em Minas Gerais por ter alcançado, finalmente, 100 mortes no estado. Vinte milhões de habitantes faz diferença? Em paralelo, tem gente comemorando por o governador comprar os insumos no tratamento da peste a preço de banana e fabricação nacional comparado com o do RJ e SP que pagam os olhos da cara pelas jóias chinesas. A farra continua para quem não captou nada ou de onde não se cansou em pilhar o povo a qualquer pretexto desde os tempos das Capitanias Hereditárias. Mesmo que a indústria brasileira esteja no caminho da bancarrota e avizinhe-se da fome e da miséria. Dá até calafrios.
Hoje precisei descer para resolver uns trens com data e hora marcadas. Está chuviscando. Vi pessoas de máscaras. Mas sem sombrinhas, com blusas leves e até sem camisa. Mas de máscaras! Andei rápido, cabeça baixa, passei por meia dúzia nessas condições, resolvi o que eu tinha que resolver e voltei rápido.
Não fui lá pros lados da Caixa mas se antes era Sol na moleira, agora é chuvinha e frio. Se ninguém pegar o COVID é que a seleção natural chegou por aqui. Ou a tuberculose agradece no final das contas.
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