terça-feira, 1 de setembro de 2020

Empacados

                                        

O governo emitiu Portaria, obrigando todo atendimento médico originário de alegação de estupro, deva ser comunicado à polícia. O governo petralha desobrigou os hospitais ou prontos socorros de fazer esta comunicação. Qual não foi a surpresa quando vi protestos na mídia, de gente ensandecida, contra a medida do governo. Vi uma mulher, praticamente aos gritos, protestando em uma emissora de televisão, argumentando que era uma violência contra a estuprada. Chamou o presidente de criminoso, a medida de ilegal e imoral. Ora, se houve um crime não vai comunicar à policia? Se aparece uma pessoa baleada no atendimento médico, não há obrigação na comunicação? O argumento, dando conta de dupla violência quando a mulher precisa relatar a violência sexual sofrida, não justifica qualquer omissão pois não poupa  a mulher mas o estuprador. Realmente, o que tem por trás dos protestos é o viés a favor do aborto. Ao não comunicar  os fatos e o autor do estupro, o aborto pode esconder  pretexto para ser considerado legal.
O fato é que, esconder a realidade que é a falta de educação sexual do brasileiro, mesmo tendo tanta informação, não justifica a omissão do estado ante a realidade aborteira. Fazer as mulheres públicas, com grande trânsito na mídia, confessarem seus abortos, algumas o fizeram múltiplos, não contribui com  a realidade. As convicções aborteiras não podem ser privilegiadas. No final e ao cabo, a mulher continua sendo pau mandado do sistema na repercussão de sua sexualidade. Sempre existiram mulheres e homens indiferentes ao que possa ter sua busca no prazer, suas  atitudes  mescladas de indiferença ou criminosas. A humanidade não caminhou um passo nesse terreno.

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