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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Contrato de Itaipu

                   
Afinal, a Câmara Federal aprovou a modificação no contrato de Itaipu com o Paraguai.Há trinta e oito  anos o mesmo preço é pago pelo Brasil, ao Paraguai, no excedente de energia não usado por aquele país.

Não entendo porque o povo paraguaio reclama até hoje da derrota na Guerra do Paraguai. Todos que visitam o país  escutam lamúrias sem fim contra o Brasil, como se este fosse o responsável pela derrota e pela morte dos soldados paraguaios.

Minha amiga iraniana que tem um filho, morando no Paraguai, foi visitá-lo e voltou revoltada porque o Brasil teria exterminado os homens,  inviabilizando o país. Quando contei a ela quando e como foi a Guerra do Paraguai ela espantou-se pois, quando contaram para ela, parecia que foi ontem.

Amarrados no passado, atrelados à derrota, não providenciaram , neste mais de cem anos a migração européia nem desligaram-se do sentimento indígena do chefe paternalista conforme fizemos. embora  também, tardiamente.

Com a migração de quatrocentos mil brasileiros para o Paraguai, verdade seja dita, a coisa começou a mudar. Estes migrantes com espírito de pioneiros,instalaram-se em terras limítrofes e , como nos velhos tempos entraram Paraguai adentro, levando a agricultura moderna e as indústrias de consumo.Os paraguaios entenderam como podiam crescer, como é importante buscar novos horizontes e com ele o progresso.

Se o Brasil não fizesse novo acordo e adendo no contrato de Itaipu, estes brasileiros seriam retaliados, como já se fez início, e o governo levaria à decisão internacional a diferença de preço.
Realmente o preço pago é muito barato, uma miséria e , tem razão, quando acusam de financiar o progresso nacional. Se os consumidores brasileiros vão pagar a diferença , é o preço pelo seu crescimento à maior sobre seus vizinhos do Mercosul. Não podemos crescer como fizeram os anglo-saxões, à base da exploração, do garrote vil nos povos vizinhos. O preço a maior, tão pequeno na distribuição entre a população brasileira,  não nos faz diferença mas representa a saída do atraso para o Paraguai, colocado na frente apenas do Suriname na lista dos países desenvolvidos.

 
 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Dilma omelete ?

                          
O sistema determinou que o trabalho de casa é secundário, inferior. Trabalho fora de casa é para os homens. Quando se quer ofender a mulher mandam-na lavar roupa, esquentar a barriga no fogão, cuidar dos filhos. Este é o pensamento formal, mal elaborado para os dias de hoje. Os tempos mudaram e as mulheres, há tempos, saíram de casa e ocuparam lugares que sempre foram delas mas barradas pelo chicote masculino. Mesmo assim , muitas mulheres sentem-se inferiores por  serem donas de casa.

A educadora Cris Pole, a Super Nani, ao perceber que o marido não respeita o trabalho doméstico, faz com que ele fique um dia a executá-lo.O resultado é a mudança no comportamento dentro da família e o melhor engajamento familiar.

Quando a presidenta Dilma fez omelete em programa de televisão , alguns mal avisados, distantes do mundo feminino, não perceberam que houve uma mensagem à estas mulheres, sempre esquecidas pelo sistema a destratá-las como se fossem pessoas de segunda categoria.

Os misógenos, ainda inconformados com uma mulher no poder, insistem em enquadrar Dilma como diferente no mundo feminino.  Para estes, ela chegou lá porque é um homem vestido de saias; a Dilmão. Mal sabem que, muitas de nós, foram chamadas de General, Capitão e Sargento em seus postos de trabalho e não é novidade ser mulher fora do parâmetro imposto a executar  dupla jornada de trabalho. Uma vez um advogado , inconformado com a sentença exarada por uma juíza disse-me que, esta ( a sentença ) cheirava a cozinha. De outra vez, um perito judicial, ao constatar que a juíza não acolhera seu parecer, admirou-se pois a mulher seria, naturalmente, servil.


O dono da minha academia disse-me que não há a esperar de uma presidente que faz omelete em programa de televisão.

Para outros, Dilma é diferente porque teria sido guerrilheira e, portanto, considerar que seja desrespeitada , uma mulher assim, diferente do comum, é dar tratamento machista. Para estes, desrespeito se dá para a mulher que está dentro da família, educando os filhos e com marido a tiracolo.

Rosemarie Muraro disse uma vez que, a verdadeira mulher é aquela que foge aos padrões do sistema e tem o comportamento visto por ela própria.

Rasguem-se machistas , quem está no poder é uma mulher que não se envergonha de o ser e não se comporta com a previsibilidade das mentes masculinas. Prestem atenção e aprendam: Um novo tempo chegou ao Brasil e não é por acaso que, Dilma sobe a rampa sem acompanhante previsível

           
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Senão:    Klika 
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terça-feira, 15 de março de 2011

Batalha do Jenipapo


Dia 13 de março, o Piauí comemorou a Batalha do Jenipapo. Solenemente, o resto do país ignora este evento. Os livros de história o omitem porque não houve a participação do nordeste do país na narração da história do Brasil. Estudamos que a independência do Brasil foi feita pelo sudeste e num passe de mágica. Não estudamos a luta dos brasileiros na consolidação de sua independência de Portugal. Para quem escreveu e editou livros de história, adotados no país, nenhum brasileiro morreu pela independência e a participação do homem comum foi perto de ser fantoche de um grupo privilegiado do sudeste. Com o livro 1822, de Laurentino Gomes, veio à tona, fora do Piauí, a Batalha do Jenipapo. Até mesmo naquele estado, não davam muito destaques aos heróis da consolidação do territorial nacional. Pouca gente sabe que Portugal planejava aceitar a independência de um Brasil e manter o norte colonizado em uma espécie de Guiana Portuguesa. E, foram os piauienses e maranhenses que lutaram , morreram e proclamaram a independência naquela região. Lutaram contra um general de Napoleão e ganharam.

Agora, buscam uma lei no Congresso para reconhecer a data, a luta como um evento nacional na sua devida dimensão. O Brasil é o Brasil por participação de todo o povo e não somente de um grupo localizado e , por pregar equivocadamente por tantos anos, abuletam-se em sua arrogância, achando que o Brasil é só deles. Que mudem os livros de história e mostrem aos brasileiros a verdadeira história do Brasil.

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