domingo, 14 de agosto de 2016

Chumaços de grama para o burro

                               

Eu sempre quis alimentar um equino. Cavalo ou mula, fosse o que fosse. Cavalo é um bicho bonito e os que passam por aqui, perto da minha casa, são bem mansos. O pessoal da zoonose recolhe com carros próprios quando soltos pela rua.

Tem um carroceiro que vai nos lotes das redondezas cortar mato para seu burro. Eu vi sua  carroça parada, peguei grama do meu jardim e fui oferecer para o animal. Antes perguntei ao dono se o burro comeria mesmo com o freio na boca. Ele disse que sim e autorizou-me alimentar o bicho. Então, eu lhe ofereci um  chumaço de grama verdinha e tenra.  Ele cheirou a grama, minha mão e comeu. Busquei mais duas vezes e ele comeu. Na terceira vez ele seguiu-me com o olhar, ficou olhando eu pegar a grama  e, quando dei a ele com a mão aberta, ele  já comeu sem medo, sem dar puxão e sem cheirar minha mão. 

Parece bobagem mas ganhei o dia.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Dia do advogado

                  

Comemora-se em 11 de agosto o Dia do Advogado. Em São Paulo tem a péssima tradição de grupos deles entrarem em restaurantes, comerem até empaturrar-se e sair a socapa, sem pagar. E, acham isso o máximo. Lembra-me as tradições da novela Sila, passada no interior da Turquia, onde matam quem contraria o Chefe da vez. E, nada muda porque é Tradição. Mal comparando, é tudo tradição onde um leva vantagem e o outro prejuízo.

Para pior. Com um judiciário com passos de tartaruga  e ainda é feriado judiciário. Tudo para. Tudo fechado. Que pare o mundo, é Dia do Advogado. Ora, façam-me o favor! 

Vi um baner no Face mostrando um homem abrindo a camisa como Super Homem e os dizeres:  Onde tem treta tem advogado.

Esses dois fatos mostram até onde é capaz de chegar um advogado. Quanto mais escolas de direito abrem mais vagabundo aparece. E, imagine se não houvessem as provas da OAB. Muito embora estas sejam uma das armas que demonstram a falência do sistema. Permitem escolas de direito e barram advogados com provas ministradas por instituição administradas por quem é mais esperto do que os espertos. Haja espertos na praça!

Muitos indivíduos mal formados, sem receber durante o seu curso de direito uma frase de ética profissional acham  - não, tem certeza -  que ser advogado é ser espertinho a resolver ou criar tretas. O resultado? Enchem as prateleiras dos foruns com ações que poderiam ser resolvidas em uma conversa de telefone. Mas o advogado não pode perder a chance de ganhar unzinho.
Eu não sei o que seria da minha vida se eu não fosse advogada. Dos outros? Nem para amigo. Porque quando eu era mocinha e um rapaz dizia que era estudante de direito minha conversa acabava ali.

Porque sou advogada? Deve ser para pagar Karma de outras vidas. Isso é uma incógnita que eu não tenho resposta e me interrogo todos os dias. Tenho o desprazer de conhecer os pilantras e estúpidos prontos para dar nó em pingo d'água só para se fazer de importante. Mas garanto, pouco contribuem com a profissão e fazer uma nação brasileira melhor. Se tem capacidade para isso não advogam e usam seu conhecimento em outras áreas.

O advogado, na verdade, é um despachante gabaritado e nada mais. Por isso dificultam com o emaranhado de leis, regras, poses, togas, na tentativa de ser algo mais.

Desculpem mas tenho visto advogado ordinário demais e não estou para fingir que a profissão é o que se prega.

 
#compartilhe, Faz parte da vida

terça-feira, 9 de agosto de 2016

O chefe dos chefes

                      - Chefe Boran  está no ombro, mais perto de Marcus. 
                                       Se quer ver maior, clica  na  foto.

Chefe Boran me chama da cozinha para levar  banana no quintal. É fenomenal ele olhando o bando comendo, sem avançar. Já colocou disciplina e os filhotes não brigam mais para comer.

Mas eu dou preferência absoluta para dar primeiro a ele. Não sei se ele me considera do bando ou sabe que estou de fora. Lambe minha mão antes de comer e me encara no olho. Sempre Chefe, sempre mais gente que muita gente. Pelagem farta e brilhante. 

Depois que come, sobe no galho acima e vigia. Meu filho chega de supetão e ele vira de costas, levanta o rabo e faz xixi para Maurício que, sempre, o provoca com voz alta e segurando no seu rabo. Ele distingue Maurício de Marcus, exatamente pelo tipo de abordagem.

Tentamos tirar uma foto dele fazendo desaforos para Maurício mas não ficou boa. Continuaremos tentando.

Campeão e tudo

- Rafaela Silva, medalha de ouro no judô
                        
   
Não sei como funciona a cabeça de um campeão. A turma da ginástica masculina está eufórica com o oitavo lugar do grupo. Comemoram porque é o melhor resultado de todos os tempos. Então, para Arthur Zanetti, das argolas, tirar primeiro lugar é motivo de muita comemoração.
Rafaela Silva, do judô,perdeu  nas Olimpíadas de Londres, em resultado onde foi desclassificada e cuja decisão do árbitro não foi unânime. Mas bastou para ser alvo de injúrias e infâmias que a fez quase abandonar o esporte. Voltou campeã do Mundial e medalha de ouro ontem. 

A indiferença por não concordar com a realização do evento no Brasil, beira à oposição ao Velhaco e sua gang no poder . A corrupção executada em detalhes e em conjunto com aqueles que levaram a maior parte da grana pública, os empreiteiros, tirou o brilho de tudo. Mas o atleta treina, compete e participa. É um mundo que não é de todos mas leva a bandeira nacional.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Queda de braço nas Olimpíadas

- Queda de braço ...
                                     
Os resultados dos atletas que competem com a bandeira nacional é o retrato do esporte no Brasil. Que fique claro que não reclamo nem acho ruim. Pelo contrário, sei que o brasileiro não gosta de competições, de disputas, de medir forças. 

As Olimpíadas não foram criadas para uma pessoa,com talento para um esporte,  esfalfar- se até o prejuízo de sua saúde. 
Aquela imagem de uma belga, chegando toda desconjuntada em uma maratona feminina, em uma dessas Olimpíadas antigas, é patética, absurda, dá medo pelo que podem fazer com uma pessoa para atender interesses que não são sadios.

O que não gosto é da exploração das pessoas que praticam esporte para atender seu talento e vontade e, quando chega a uma competição dessas, vira clamor nacional por um resultado. Por ser pago pelos Correios, Caixa ou Exército o atleta passa a ser obrigado a vencer e a vencer. A cobrança, geralmente, é de quem só pratica Levantamento de Copo, possui barriga proeminente e mal corre da chuva sem resfolegar.

A prática do esporte no Brasil é pessoal. O brasileiro pratica esporte pelo lúdico, pela competição caseira, para ter mais saúde, um corpo mais esculpido, pelo prazer da convivência com os amigos. Com poucas exceções , muito poucas na contagem da população, um ou outro destaca-se por mera contingência da natureza. 

Por isso, ninguém se importa com Olimpíadas, campeonatos disputados pelo mundo, medalhas que serão esquecidas dentro das caixas e desaparecerão depois da sua morte.

Papai foi campeão mineiro  de esgrima, florete, pelo Minas Tênis. Não continuou porque não tinha dinheiro para bancar as viagens das disputas. Suas medalhas, roupas de esgrima e botões sumiram todos porque brincávamos com elas. Sumiram. Ele nunca nos proibiu de andar com elas no peito. Suas fotos foram abocanhadas por uma das minhas irmãs e eu sequer tenho acesso a elas. Tudo perdido no tempo. Um dia, até as fotos serão jogadas no lixo por seus netos. Meus filhos nunca as viram.

As medalhas dos meus filhos , na natação ou jiu-jitzu estão no fundo de alguma gaveta. Um troféu de natação entulha uma estante e ninguém o quer. Não jogo no lixo porque não é meu e o dono nem olha pra ele.

Hoje, o que vale são os interesses das grandes marcas esportivas que mandam e desmandam no esporte. Hoje, não existe o espírito esportivo mas a obrigação de ganhar para fazer jus ao que recebe. Quando o atleta perde ele chora porque não sabe fazer outra coisa e pode perder o salário que recebe de alguma empresa. O choro das vitórias é a explosão da adrenalina, da expectativa , do alívio da  pressão imposta. O prazer puro e simples não existe.

domingo, 7 de agosto de 2016

O Guarupe nas Olimpíadas.

                 

A abertura das Olimpíadas do Rio de 2016 foi um sucesso. Animada, não deu sono nem bocejos. Criativa, cheia de luzes e sons animou a platéia que participou de todo o evento.

No entanto, nada que colocasse a pulga atrás das orelhas gringas, sempre prontas para  detonar tudo que venha dos trópicos. Decididamente eles só  captam o que lhes enfiam na cabeça pelos donos do poder, sempre ricos, sempre limpinhos, sempre tirando do povo o que lhes convém. Se nos desprezam é porque somos descendentes dos miseráveis que foram colocados para fora, sobrando na mesa nunca dividida.

A mídia estrangeira repetiu catecismo decorado das cartilhas óbvias. Antes das Olimpíadas falar mal do Brasil com o beneplácito dos jornalistas tupiniquins, pagos com o dinheiro que compra  almas e mentes. Da festa da abertura, entenderam quase tudo. Para alguns, festa pobre mas bem feita. Para outros, faltou aceitar que Santos Dumont e seu 14 BIS foi o primeiro avião que saiu do solo e voou. E, não captaram nada da Dança do Guarupe feita no início.

Essas duas imagens foram as novidades para os três trilhões de pessoas que viram a abertura da festa. Para nós brasileiros foram deslumbrantes e isso foi demonstrado pelos sons vindos do Maracanã e pelos silêncios dos telespectadores admirados.

Os índios que participaram do quadro das fotos  seriam participantes da Festa de Parintins do Pará e foram maravilhosos na inspiração da Dança do Quarupe  do Xingu. Inclusive as vozes dos cantos da marcação.

Para mim foram as mais bonitas e mais significativas. A entrada foi estupenda.

            
                     

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O macaco tá certo !!!!!!!!!!!

- O macaco tá certo !!!!!!!!!!!!
                        
Então, você abre o noticiário da internet e só vê notícia demolidora sobre as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

Às pinçadas cuidadosas, dão impressão que tudo está caindo, que os pobres infestaram o Rio com seu mau cheiro e aparência horrorosa, que as favelas desceram para roubar e fazer falcatruas. Se não, defecar, diretamente, no mar de Copacabana.

Sobre os atletas? Só notícia pejorativa, demolidora e de maus bofes. Principalmente se for brasileiro.
Insuflam a torcida macaquita contra um atleta e outro porque lhes interessa mostrar um povo mau educado e sem senso nenhum de espírito esportivo.


A Folha de São Paulo, dona do Uol dá nojo. Acoita a maior malta de gente portadora da síndrome da destruição brasileira. Ali é proibido ser otimista. Esse tipo de gente passa por algum aparelho para detectar o nivel de serotonina. Quando leio a página da Uol sinto-me mal. Parece que vivo em uma latrina chamada Brasil.

Tenho convicção absoluta que essa gente é sustentada por dinheiro estrangeiro, pago para fazer do brasileiro o que fizeram com os judeus na Segunda Grande Guerra pelos nazistas: Abaixar a crista, vergar a espinha, dominar as mentes até fazer desaparecer qualquer ânimo de brasilidade, qualquer orgulho de ser o que é, minando as esperanças, tornar um apático, um vencido, um pronto a ser dominado por quem compra a honra e a cidadania pelo mundo afora.

Depois, ainda duvidam da motivação pelos quais passam os povos oprimidos do mundo para formar terroristas, jogar bomba em lugares únicos para tentar romper essa linha perversa. Se a imprensa vendida deixar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Os donos da verdade

- A chuva cai pra todo mundo
                       

Brasileiro só vê defeito em si mesmo. É cultural e descrito por Nelson Rodrigues como complexo de vira-latas.

Mas quem procurar fica sabendo que nada muda no Quartel de Abrantes. Todo lugar é igual porque o ser humano é igual.O que muda é a forma de defenestrar quem não dança conforme a música de quem decide, quem manda, de quem detém o poder.

Muita gente muda de cidade, de país em consequência de perseguições, de ódios gerados pela inveja e pela concorrência. Isso é muito pior do que gerar corruptos e ladrões públicos. A corrupção não é apenas em volta do dinheiro  mas do uso do poder para afastar quem incomoda.

Nisso o comunismo ou o capitalismo são iguais. As formas de expulsar os desiguais ou que impedem o uso de poder podem ser diferentes mas as consequências são as mesmas. A morte física não é diferente da morte social. Todas sedimentam os perversos e afastam muita gente produtiva e talvez, mais útil, do que os vermes que mandam.

Sair às ruas para atacar uma pessoa que pensa diferente é tão perigoso para quem carrega uma bandeira vermelha ou  outra, que se apossa da verde e amarela, para dizer o que é melhor para o Brasil.

domingo, 31 de julho de 2016

O artista da família

                                 

Para quem acompanha  a saga do clã de saguis das minhas redondezas, vai uma foto de um dos filhotes da última leva. Fevereiro, se me lembro bem.Não sei o sexo porque precisa da mancha na cabeça e da fêmea, por ser maior, aparece mais cedo.

Ele é tão esperto que vem sozinho, pula no meu ombro, sobe no meu braço para comer, avança na parte do pai que lhe dá um chega-pra-lá. Pena que a foto não dá a dimensão exata do seu tamanho mas é do tamanho de uma mão aberta, sem ser um palmo. O outro também é espertinho e nasceram maiores do que os anteriores. Por isso, foram desmamados mais cedo e pouco foram carregados nas costas. Eu não posso dar um nome para eles porque preciso esperar a mancha aparecer na testa.

sábado, 30 de julho de 2016

Um fim de semana bem acompanhado

                                    


Eu gosto do Moacir Franco. Sei que ele  é meio maluco mas está há tanto tempo na vida artística que sobram histórias.

Como compositor tem muita música boa mas como improvisa tudo, embora tenha ótima voz, não soa como coisa profissional.

Mas, para quem aparece por aqui e não é brasileiro, quero deixar para esse fim de semana essa dupla,  cantando música de Moacir Franco , a segunda, embora a primeira também seja muito boa.

Olhando para os lados

                     
                                                 

Fala-se muito na violência contra a mulher. A violência no abuso por ela ser mulher. Pela condição dela ser o que é. Quando matam um homem é homícídio. Hoje, se matam a mulher é feminicídio. Caramba!  Continuam a diferenciar por sexo, por cor, por condição. E, cada vez com mais detalhes, esmiuçadinho... Isso vem lá dos States onde preto é preto, homem é homem, viado é viado e baitola é baitola,  como diz o cantor cearense Falcão.

A violência é amiga preferencial dos estadunidenses. Eles cultivam a arte da vingança, do olho por olho, do tiro com sangue espirrando, do revólver na cinta. Estou errada? Não é bem assim? Pode ser. Mas é a impressão que fica nos filmes que divulgam aquela nação, nos discursos desaforados dos seus presidentes em resposta a ataques na zoropa como se fossem com eles.

A influência dos States é muito forte, pela nação hegemônica que é e pela tendência dos macaquitos imitarem o que lhes é enfiado na cabeça dia a dia. Não são somente os animais que repetem o que lhes é feito a força do reflexo condicionado de Pavlov. O ser humano não é imune a esse treinamento. 

Por esse motivo, a violência é imitação, é necessidade por inerente ao ser
humano ou defesa por ser expulso das melhores festas da humanidade.

Portanto, cada pessoa precisa e deve procurar proteger-se do ataque do outro em estado de violência. Quem deixa a responsabilidade para o estado, na certeza que o seu braço armado tem olhos e dedos para todos, leva desvantagem.

Não vejo diferença entre  procurar proteção contra o fora de si mesmo, quando se é homem ou mulher. Certo é que a violência pode ter características peculiares para gêneros e condições. Mas a defesa e a prevenção é a mesma. Sair de peito aberto para enfrentar o mundo beira a sandice. Para estes, sugiro observar a natureza. Os animais tem todos os caminhos de defesa para sobreviver. Disfarces, mudança de cor, caminhos e buracos para esconderem, camuflagens, uma infinidade de defesas. Morre aquele que dá bobeira.

A mulher também. Precisa, com urgência, perceber que o mundo não é o domínio do seu corpo, do seu ambiente ou da sua casa. Predadores de todos os tipos podem estar na esquina para levar vantagem em distorções da violência. Portanto, proteger-se com disfarces, camuflagens faz parte do viver.Se quer ser pavão, que pague as consequências. Estes estão em extinção.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A altura do brasileiro

Se quiser ver maior, klika na foto.

                                                          

Ainda sobre a altura do brasileiro, considerado baixinho pelos padrões da zoropa, achei essa foto interessante de quando fui a Coari no Amazonas. 

Foi meu terceiro Projeto Rondon, férias do início de 1971, programa do governo para os  universitários nas férias. Era voluntariado.  Em Coari fui para fazer palestras sobre a cidadania, importância do registro de nascimento, ajudar no Cartório de Registro Civil nos registros. Mas acabei, pela facilidade de expressar-me, fazendo palestras a pedido dos  estudantes de medicina e odontologia , sobre filtrar ou ferver a água, higiene pessoal, cuidados com os dentes. Até curativo eu fiz no pessoal que apareceu com anzol espetado na perna e o estudante de medicina tirou. Vi muita gente com lepra em estágio inicial e o estudante de medicina chorou quando viu aquele povo na fila. Pediu e conseguiu que o Exército mandasse médicos, remédios, antibióticos. Estes passaram por lá a caminho de atender algumas tribos indígenas onde mulheres haviam tido filhos. Um dos dentistas foi com eles e não voltou. Hoje eu penso que era olheiro da ditadura e quando viu que ninguém fazia política foi embora. Porque nunca falava com  ninguém, nunca fez nada, mal humorado e eu briguei com ele porque queria andar de cuecas pelo alojamento. Uma cueca amarelinha e furadinha. Achei falta de respeito conosco. Um dos rapazes me chamou de Madre Superiora mas eu não cedi.
Era uma casa improvisada com dois quartos para os rapazes e um para nós.Tudo amontoado. Vi a chuva torrencial dos trópicos, maravilha das maravilhas. Nadei no Rio Solimões. E, como eu tinha passado o Natal e o Reveillon em Guarapari, estava com a cor do Sol daqui. Quando perguntei porque me olhavam tanto eles disseram que  nunca tinha visto uma cor daquelas em uma pessoa. Eu disse que era cor de praia, dourada como só Guarapari tem.

Mas o que esta foto diz é a altura do pessoal. Eu era a pessoa mais alta da equipe e da cidade. Eles diziam que um fulano iria chegar e era  da minha altura. O chuveiro do alojamento batia na minha cabeça.Tudo bem. O detalhe é que eu tenho 1,67 de altura! Com o tempo comecei a me achar grande e gorda. Ficamos lá  quarenta dias. Quando o cara chegou, era quase do meu tamanho mas muito magro. 

Na foto apareço, carregando uma tartaruga com Terezinha, estudante de odontologia. A cintura da saia dela cabia na minha coxa!!! 
Foto tirada na  beira do Rio Solimões e o pessoal era o comum da cidade. Eu já estava na minha terceira participação e só usava roupa bem simples que jamais usaria em Belo Horizonte mas era para não chocar a pobreza como aconteceu da primeira vez em Itinga/MG.

Tenho coisas a bessa para contar mas a foto , com a altura do pessoal é o foco.