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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Poleiro de pato

                    
Se a população brasileira soubesse o que se passa no judiciário, os desmandos, as sentenças direcionadas, as injustiças feitas no dar de ombros, os atrasos em cartórios, os abusos de poder, não deixariam pedra sobre pedra. Nada é menor que a roubalheira dos petralhas. Feitas às escondidas, no calar da noite, às portas fechadas, no cinismo protecionista dos amigos e poderosos, nas vinganças ante a ansiedade dos advogados.

Ser advogado nos foruns dessa nação é castigo divino, é pagar um carma pesado. Ainda mais porque o advogado possui um senso de justiça, de defesa dos miseráveis, de proteção dos direitos. Essas características são intrínsecas ao advogado, senão não o seria.

Agora, a nação vê estarrecida como agem os ministros do Supremo Tribunal Federal. Protegem os amigos, fazem da lei joguete de seus interesses, às escâncaras, pouco importando-se com o cidadão, com a nação, com o futuro. São intocáveis, os píncaros do direito de uma nação , sem pejo e sem receio de punição. Qualquer trabalhador tem um chefe a dar contas mas essa gente se dá de último grau na falta de quem se dar. O povo brasileiro não vale nada para essa gente porque ganham menos, vivem menos, moram menos, comem menos, são nada na comparação dos oráculos imundos do Brasil.

Nem a revolução de 64 conseguiu mexer com essa classe, essa gente intocável. Continuam como sempre foram e o Brasil não caminhará para a frente, carregando nas costas essa gente.



sábado, 1 de setembro de 2012

O julgamento do Mensalão

O julgamento do Mensalão escancara, para quem está interessado, a face medíocre, empostada, embolorada da sociedade, supostamente culta, na pantomima do Poder Judiciário.

Na outra face, estão os espertinhos que usaram seus cargos políticos e poder de influência, para roubar dinheiro público abuletados em seus postos ligados aos ( inclusive) deputados federais, eleitos pela fajuta, capenga, mentirosa  democracia nacional. Um presidente da Câmara Federal vender-se por cinquenta mil reais é o ápice da mediocridade rasteira, vergonhosa de um poder da república.

A vestimenta dos ministros , mostra uma faceta ridícula, também encontrada no palavreado absurdo, na formação das frases inexistentes ( E, piada, suas duas grafias: inesistente) em qualquer compêndio. Ambos não são usados por nenhuma literatura, nenhuma conversa e  nenhuma pessoa minimamente com a mente sã. Somente nos delírios de um povinho inerte no tempo, no espaço mas com polpudos contra-cheques descontados, sem nenhum pejo, no final do mês. Custe o que custar. Ou, talvez, não seja assim tão simples: Como pano de fundo, a diferença nas togas negras e cheias de babados e nos jargões de uma língua desconhecida, seja para distanciar ainda mais seus membros do povo que anseia por atitude, justiça e pelo verdadeiro saber.

A fala arrastada, lenta e o olhar perdido nas entrevistas do presidente do STF, dizendo que o andar da carruagem condiz com o tempo dos cavalos levados com luvas de pelica, o seu tempo, mostram que ali ninguém está interessado no rítmo Brasil mas em encontrar meandros que safem os bandidos da masmorra.