domingo, 28 de abril de 2019

O sheik


                                         


Para quem gosta de cinema, sabe quem foi Rudolpho Valentino. Para quem não sabe quem é, foi o primeiro ator, ainda no cinema mudo,  a perceber o jogo entre sua imagem e a câmera e transformar-se de pessoa comum em astro  a  personificar o personagem da tela.
Na vida cotidiana foi um imigrante italiano que veio ganhar a América. Sem lastro, trilhou seu caminho para a fama, a imortalidade e morreu antes de ficar careca e a vida consumir sua beleza, aos 32 anos. 
Um dos seus filmes, que sempre ouvi falar, onde ele é o protagonista, foi O Sheik. Nele acontece na plenitude  a figura do galã. Marcou para sempre o cinema. Ouso dizer que Marlon Brando, tido como o maior ator do cinema,  sabia dos segredos do antecessor.
Os EUA são mesmo uma grande nação, e, portanto não deixa morrer suas criações. Com o Youtube, quem quer pode aprender até o turco, quanto mais ver uma preciosidade histórica.

Domingo é dia de descansar, ter tempo para pesquisar, aprender, ver um filme. Até mesmo  um pedaço para ficar bem informado.

Então, que façam bom proveito.


sexta-feira, 26 de abril de 2019

Como se formam os corruptos


                                           

A corrupção existe em todo o mundo. Não é privilégio do Brasil.
O que importa é detectar, punir e tomar como exemplo para avançar como pessoa, família e nação.

Eu tenho lido que os meios de informação mudaram. Não é mais somente a televisão ou jornais que trazem até a nós informações, seja qual seja.
Por isso resolvi sair dessas mídias óbvias e ingressar no mundo mais moderno, tal qual  a juventude, estar ligada em outras páginas de informação.
Não é para generalizar mas valeu a pena minhas incursões no Youtube e encontrar coisas muito interessantes.
Uma delas é sobre a mente do corrupto. Como é formada a mente de um corrupto, que nunca aceita sua responsabilidade sobre um erro, ou seja  jamais reconhece um erro. 

Não é fácil explicar para um leigo os meandros da formação da mente. Muito menos quando é em simples entrevista quando se leva anos de estudo. Mas quero compartilhar essa entrevista, que suponho deve ter nascido por a morte de Alan Garcia, tido como um homem que fazia o que queria e nunca reconhecia um erro.
É de uma rádio em Lima no Peru, portanto feita em espanhol, dito latino. Mas, mesmo não reconhecendo certas palavras dá para entender e aprender muito.
Serve, também, para quem vive e aceita os erros dos outros sem olhar para suas próprias limitações. Só para que entendam melhor a entrevista, Alan Garcia visitava o pai na prisão quando em tenra idade e desconhecia o crime porque sua mãe dizia que estava preso injustamente.

No final, fiquei feliz por perceber que acertei no meu conceito de educação, contrária a quem entende que deve esconder a verdade das crianças. Eu sou partidária em dizer a verdade, sempre, para o que der e vier. Tenho a convicção que a personalidade é formada na dureza da vida e não na maciota.

Mas quero deixar aqui a entrevista acima. Se tiver um tempo, vale a pena assistir.


quinta-feira, 25 de abril de 2019

Igualdade começa na mesa

                                 

Nas entrelinhas das profissões, dominadas pelas mesmas peças humanas, como sempre, surgem reações democráticas de novas lideranças. É o que está acontecendo na advocacia nas turras com o Judiciário.

Desde a Constituição de 88, quando foi inserido o princípio da igualdade do Judiciário, Ministério Público e Advogados, sem distinção de poder e todos com função primordial para a democracia e direitos iguais, a OAB omite-se a implantar esse princípio. A entidade, que regula a profissão do advogado, está mais preocupada em fazer papel de partido político, acoitar advogados comprometidos com ideologias alheias a priorizar o desempenho da profissão.

Foi com a ditadura que surgiu a primeira lei, regulamentando a profissão e a própria Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Em 1966. Antes até pessoa não formada em direito, o provisionado, podia advogar. Assim como o promotor ou similar.   Em 1990 surgiu a segunda lei, aprimorando a primeira, modernizando o papel da entidade. Mas deixou de lado muita coisa para não bater de frente com os deuses do direito.

Com o crescimento da população, a industrialização deixando (  pouco ) o estado de São Paulo, novas escolas procurando aprimorar seus conhecimentos, o fim da ditadura, que começa a promover novas lideranças, uma luz no fim do túnel aparece bem tênue.

Não adianta atacar o STF. É a ponta do iceberg. É preciso começar do começo, da ponta da linha onde começa tudo. A começar  por fazer ver o juiz de primeira instância que aceitar a tese do advogado não é ceder em nada. Hoje, o juiz prefere criar uma terceira tese inexistente nos autos do processo a reconhecer que o papel dele é presidir o feito. A lei já proibe essa prática mas os tribunais não estão nem aí. Aceitam o juiz entrar em seara alheia em uma indireta de soberba a corrigir o advogado.

Para tanto, há de começar pela composição da mesa de julgamento. Proibir que o juiz e o promotor de justiça fiquem em plano superior, a olhar de cima as partes e seus advogados. Alguns tem a petulância de determinar o lugar no qual o advogado deve sentar-se.
Eu, que já milito há décadas, em termos pois já estou batendo em retirada, percebo certas mudanças. Muito sutis para a aplicação da justiça sem entrelinhas,  contendo ameaças de retaliação e ares de superioridade. Já tive audiência em que o juiz perguntou se eu queria o processo e quando eu disse que não precisava ( eu o tinha na minha memória de elefante e cópias das peças principais na pasta ) o pilantra jogou o processo do alto da sua mesa e este caiu na minha frente, cá embaixo na lama dos insignificantes.

Já fui escorraçada por juiz  arrogante porque desconheci sua pose e foi a única reclamação feita na OAB. Mesmo assim  porque outros advogados quase me obrigaram e eu  os atendi. Embora acolhida a minha reclamação, desconheço se consta em sua ficha funcional como manda a lei. Nem tomei conhecimento se a OAB publicou o resultado em algum lugar do planeta. Ao  juiz, todo o meu desprezo de advogado por vocação. Para mim, com poucas exceções, vai ser juiz quem falhou como advogado. Talvez, na mesma monta, o promotor que periga ser refugo de quem não passou no concurso de juiz. Gente mais propensa a facilidade de memorização do que no exercício das antenas da massa cinzenta.

Portanto, quero juntar-me ao pessoal novo, a formar-se ou recém formado para exercer a advocacia, cheios de esperanças em um Brasil mais igualitário, sem castas ou diferenciais na sorte de nascer com cérebro mais produtivo do que outros. Mas tratados como cidadãos em uma república que é construída com cada um no exercício do seu papel. Em uma nação independente e diferente.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

Bananeira que deu cacho

                                   

Incrível com a população não sabe do que se passa entre os donos do poder, o dinheiro público na sua distribuição para uns e outros,no poder da rubrica.

Tem um jornalista  da Record, um cara com uma pronúncia estranha, cheia de esses e erres arranhando na garganta aponto de  distrair o ouvinte das suas falas. Pois esse cara tem uma página onde defende a petralhada com uma convicção absurda. Eu recebi no meu Zap, um filminho onde ele acusa Sérgio Moro por todas as mazelas do Brasil. Inclusive por os desempregos e problemas estruturais na Odebrecht. Que se não fosse o Moro, o Brasil estava indo de vento em popa, sem crises moralistas, desempregos e vergonha internacional. Inclusive teria eleito o Haddad e o Velhaco não estaria preso. Que a Lava jato é fruto da prepotência, seus resultados,  de Sérgio Moro em querer ser maior do que Lula.

Por esses dias morre o ex presidente do Peru, Alan Garcia. Com a polícia na porta , ele executa sua própria morte para não ser preso por corrupção em uma Lava Jato peruana. Lastro da Lava Jato do Brasil.
A petralhada ficou calada. Não li nenhuma solidariedade e poucas notícias das mídias brasileiras. Parece que não teve nenhuma repercussão. O que vi foi no Youtube. E, tudo muito obscuro, nada bom para a história do ex presidente.

E, o Peru fica ali, pertinho. Envolvido com as corrupções petralhas até o pescoço.  Como fica o leitor comum, sem informação correta?

Quer dizer que a Lava Jato é nuvem carregada? Criação de mente doente para disputa de poder?

Quem é quem ?


A política da fofoca

                           

Preso deve ficar impedido de comandar seus parceiros de dentro da cadeia. Seja ele do crime comum ou dos crimes cometidos pelos políticos e seus asseclas. A lei não faz diferença. Mas parece que o Brasil continua privilegiando os de colarinho branco.
A figura do apenado mor da República de Curitiba, o velhaco mais velhaco que já pisou na face da Terra, demonstra tudo que lhe é atribuído. Enquanto seus comandados permanecem silentes o chefe continua no comando. As estratégias do seu partido petralha são enviadas aos comandados  de dentro da cadeia. Não se sabe se por aviõezinhos visitantes  ou Whatzapps do seu celular privilegiado.

Em assim sendo, a nova ordem é fazer fofocas, do tipo existente nas páginas de famosos e celebridades cultivadas pela mídia especializada: Fulano brigou com sicrano, beltrana não fala mais com aquela talzinha. 

Alguém acredita que o vice presidente anda as turras com o presidente da república?  Que um disputa mais holofotes do que o outro ? Que um se importa com a fala do outro, dita em salas de aula ou conferência ?
Dá até pena de um país com as possibilidades do Brasil ter uma imprensa tão tosca. Por isso vale  calar quem fala fora da pauta engendrada pelo chefe apenado da República de Curitiba.

A oposição rendeu-se a fofoca. Porque a truculência já foi vencida nas comissões da Câmara. Ser Lindberg não é fácil, esse sim era o braço armado do vitupério, por ordens   do  Velhaco. Mas perdeu as eleições ...

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Que alegrem a vida

 Roubaram as plantas lá do muro, depois da árvore.

                                
                         
No ano de formatura da faculdade, UFMG/ Direito, 1972, naquele tempo era por ano e não semestre, fizemos eleição para homenagear um professor para cada ano.
Fiz até cartazes para pedir votos para uma chapa que montamos e o diretor deu licença, rubricou a cartolina, para ser colocado em um quadro, fechado com vidro. que havia no corredor. O prédio  ainda está lá, na Praça Afonso Arinos, e o quinto ano era no quinto andar. Quatro turmas. Duas pela manhã e duas à noite. Quatrocentos alunos passaram no vestibular. 
Cada professor homenageado fez uma festinha de agradecimento. Eu quero destacar dois deles. Um deles serviu K-Suco, gelatina e pastelzinho e tive notícias recentes, que ele largou a mulher, dois filhos e saiu do armário, depois de velho. O outro foi Professor Adriano, que morreu dormindo, ainda jovem. A sua festa foi no seu apartamento  em um edifício na Av. Afonso Pena com rua Paraíba. Era um edifício interessante, estilo arquitetura moderna. Não sei se ainda está de pé mas deve ter desaparecido entre tantos que foram erguidos naquela região, todos modernosos e mostrando fausto.

Depois da festa, semana depois,  estávamos conversando no corredor da faculdade e ele parou para falar  com o grupo. Então foi dito a ele, que haviam roubado livros de sua biblioteca. Ele pensou um pouco e esperamos. Quando, então ele disse que, quem rouba livros quer estudar e não tem dinheiro para comprá-los. Roubar livros é a busca do saber. Que a pessoa que roubou soubesse fazer bom proveito. Não sei se ele descobriu quem foi e nem que o ladrão fez concurso para juiz, anos depois e passou. Na Bahia.

Por esses dias eu me lembrei desse fato ante o desaparecimento das minhas plantas rentes ao muro da frente da minha casa. ( KLIKA) 
Espero que não tenha sido o decorador que tinha uma loja no centro da      cidade - Guarapari - e pegava as flores para fazer decoração de festas. E, nem o cara que vive de jardinagem e que roubava ( rouba ?) com uma enxada. Na maior cara de pau, colocava as plantas na moto e ia embora com elas, balançando dentro do suporte.
Tomara que tenha sido alguém que levou as plantas para fazer um belo jardim e enfeitar a vida. Que seja quem goste de plantas como eu e que saiba cuidar para lhes dar a vida.

Eu? Não vou replantar e só jogo água, nas que sobraram,  em respeito à natureza.


sábado, 20 de abril de 2019

Esse desconhecido

                                       

Para o fim de semana, em Domingo de Páscoa, deixo essa pérola, desconhecida por muitos.
Uma pena que certas obras musicais ou apresentações sejam tão privadas.

Para os brasileiros, moradores no estrangeiro, com saudades da nossa música boa, também esse lembrete. Os estrangeiros que por aqui passam, uma apresentação difícil de encontrar em palcos do mundo e só podemos ver nas telas.

A música A majestade o sabiá, de autoria de Roberta Miranda, com a dupla de irmãos Chitãozinho e Chororó mais o inesquecível  Jair Rodrigues, o primeiro a gravar a música.

Essa filmagem chama a atenção pela total brasilidade. Não só na música, na moldagem do palco, na interligação  entre os instrumentos musicais, no tipo de iluminação, na reação do público mas especificamente  nos tipos físicos tão diversos e que muita gente ouve falar mas não capta o que é.

Com a autora: KLIKA

A letra:

Majestade, o sabiá
Roberta Miranda
Meus pensamentos
Tomam formas e viajo
Vou pra onde Deus quiser
Um video tape que dentro de mim
Retrata todo o meu inconsciente
De maneira natural
Ah! Tô indo agora
Pra um lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade, o sabiá
Tô indo agora tomar banho de cascata
Quero adentrar nas matas
Aonde Oxossi é o Deus
Aqui eu vejo plantas lindas e selvagens
Todas me dando passagem perfumando o corpo meu
Ah! Tô indo agora
Pra um lugar todinho meu
Quero uma rede preguiçosa pra deitar
Em minha volta sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o sabiá
A majestade, o sabiá
Está viagem dentro de mim
Foi tão linda
Vou voltar a realidade
Pra este mundo de Deus
Pois o meu eu
Este tão




sexta-feira, 19 de abril de 2019

Obrigada pela visita

- Semana Santa, Ubatuba/SP, pela primeira vez na praia.
             
Eu entendo bem o jornalismo de derrotas, de vitupérios, de acusações e invencionices. É para ser lido. Cada vez que um jornal ou seu jornalista escreve um desaforo ganha partidários, carreia fama. Se antes vendia mais jornal e projetava seus donos, hoje pode criar crise institucional  sem gastar uma moeda fora de moda.

O mesmo se dá nos blogues. Lembro-me de blogueiras, jornalistas de origem, que faziam textos a serem lidos com balde para pegar o vômito. Dava gana de nojo e mal estar imediato. Pois falar mal, colocar defeito, acusar sem provas aumenta os likes e os ódios. Pode, até, trazer fama e dinheiro.Todos desapareceram do mundo blogueiro, estão em outras plataformas onde as brigas e os insultos tem mais repercussão.

Não considero que a mídia faça textos contra o Maluco. Já era assim na época do Velhaco. Em Portais, blogues. Aqui mesmo perguntei mais de uma vez, quem era o guru dessa gente que não sabe fazer uma matéria, uma reportagem sem provocar os provocáveis. Insinuam ou acusam, abertamente ou por indiretas, qualquer um que atreve-se destacar, sair do anonimato. Até em programa de entretenimento, o BBB que em conversa coloquial de pessoa confinada vira crime e motivo  de denúncia.

Há os que gostam de ler pelo simples prazer. Pode ser uma mania, como outros gostam de encher o pandulho de comida ou álcool.
Portanto, amigos que por aqui passam, preciso agradecer a todos. Que estão aqui sempre ou por acaso. Não sei quem são mas sei que são porque no design do templat  o mostrador indica que aparecem. E são tantos que eu continuo, pouco a pouco e ano após ano.

Obrigada, pessoal.


quinta-feira, 18 de abril de 2019

Callitrichidae

- Puro enfado de chefe ...
                                                          

A humanidade cresceu observando os animais, suas práticas na construção de  ninhos, defesa, alimentação e capacidade de voar. Outras coisas, com certeza.

Eu observo os macacos que transitam pelo meu quintal e, eventualmente, alimento na boca. Os especialistas disseram para não chegar perto, não alimentar e outras tantas baboseiras, como se saguis soubessem que só devem comer quando os humanos assim querem. Ou alimento ou arco com as consequências de um animal subnutrido nas imediações  urbanas.

Neste verão, notei que alguns saguis foram trocados por outros de família diferente do grupo de Chefe Boran. Deve ter sido da Secretaria do Meio Ambiente, não sei.
A família de Chefe é mais bonita, tem os pelos e tufos bem definidos. Os que chegaram são mesclados, preto e dourado,  e não tem tufos. Não sei se por que  mal alimentados, quase raquíticos. Mesmo sendo estes macacos muito magrinhos e pequenos, deu para notar.

Pois o interessante que eu notei é que ficam entre os outros, foram acolhidos mas são mantidos no último degrau da hierarquia . Quando comem, ficam de longe, esperam os outros comerem e, se furam fila, levam tapas. Até dos da mesma idade, nascidos em setembro de 2018. Eu não dou a mínima para hierarquia a menos que seja o Chefe Boran e sei que La Fúria está prenha porque ele a espera  comer para vir depois.

Porque faço essa observação? É porque com os humanos ocorre o mesmo. Quando chega alguém de fora, podem até ser acolhidos mas são mantidos na fila de espera ou discriminados. Seja no emprego, seja na cidade, seja no poder constituído.
A dificuldade que os humanos possuem em aceitar o outro que chega, mesmo antes de conviver ou saber qual o papel que representa na novidade, no cruzar novas vidas e interesses é patente no mundo todo. Tem gente que aglomera-se em facções, em partidos, em instituições para proteger-se do novo e tem uma dificuldade enorme em mudar, em adaptar-se, em avançar, seja no que for.

Portanto, não é privilégio do brasileiro o ser turrão e dificultar a chegada de alguma coisa, algum pensamento, alguma atitude até mesmo quando não entende ou não concorda. Muitas guerras já foram feitas em inúmeras civilizações e em todos os continentes, quando facções são contrariadas.
Talvez, a diferença, o chegar de alguma novidade, a vinda de gente nova, nestes tempos contemporâneos é que as guerras, os embates dos contrários sejam feitas nas páginas privadas dos espertos das redes sociais. Se havia  vantagem ontem, leva vantagem hoje, ganhando muito dinheiro e poder. Tal qual. Os tontos continuam na reta, só para levar paulada real ou em sentido figurado. No fundo continuamos um bando de saguis.  Homo sapiens é para outras coisas e não para a convivência e harmonia. Eu só queria  ver um chefe  como o Chefe Boran, que dá liberdade    - vigiada - aos componentes do seu bando, interfere quando precisa e põe pra correr quando estão na idade de se virarem  sozinhos. Os saguis que chegaram de fora, como são filhotes, nenhum dos outros atreve-se a maltratar na presença do Chefe. Comanda a todos no olho, até a mim.

Somos como antes e nem depois.  Caramba!

terça-feira, 16 de abril de 2019

Pisando no presente

- Planos e realidade
                     
Não fiz esse blogue para um diário, tipo adolescente, como foi a primeira intenção  dos criadores da plataforma.
Fazer relatório da vida é olhar para trás. Nunca achei cabimento  fazer planejamento anual quando entra ano novo e o janeiro está queimando de calor com o  Sol em brasa na cabeça. Lista para quê ? Nem para compras semanais no supermercado que é para exercitar a memória.

Que se danem o passado e o futuro pois não existem. O que importa é uma meta, qual linha invisível e, às vezes bamba ou rota, para trafegar na vida. Para quem planeja, tem sonhos catalogados a serem concretizados um a um, restam os lampejos de satisfação em menos número do que as frustrações. Então surgem as tristezas sem fim por fracasso que existe porque não existiu nada. Lista não é nada porque o futuro não existe. Nem sabe se vai estar vivo amanhã! O segredo é estar pronto para montar o cavalo que  passa encilhado. Isso sim é importante.

Além disso, é preciso cuidado especial para não colocar a felicidade nas mãos dos outros. Que ridículo me cabe essas festas de casamento cheios de loas, declarações e juramentos. Vestido de noiva é a coisa mais absurda para frustrar as sonhadoras moldadas no eterno vigiar da honra feminina. Pagam fortunas por um rito de passagem que fica fora do pessoal e torna-se do público, fruto  do sistema falocrata judaico cristão. Tenho vontade de sapatear em cima da Bíblia e só não o faço por cuidado. Vai que é mesmo palavra de Deus !

Entretanto, acompanhando o dia a dia das pessoas, já que hoje me sobra tempo, fico pasma com as firulas não concretizadas e que levam à tristeza profunda porque  a vida, suposta vida ditada por outrem, não é verdadeira. Que balela a frase Não desista dos seus sonhos. Só serve como grilhões para prender a pessoa na vida que não caberá. Vale sim foco no presente e um pé na frente do outro.

Os psicólogos agradecem. É assim que caminha a humanidade.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Que te vayas bien ...

- A grama é rock´n´roll. Não gosto de grama baixa.
                 

A França só atura turistas porque precisa do dinheiro deixado  por lá. É uma indústria e não entretenimento. Eu entendo perfeitamente a ojeriza contra essa malta de invasores que trazem para o país seus maus costumes. É uma gente sem respeito a depredar as mesmas belezas que os atrai.

Imaginem o nível dos turistas que aparecem aos mangotes nas temporadas de verão em Guarapari. E não é só brasileiro. Tem muito estrangeiro. E não é gentalha, desde que o prefeito fez discurso dispensando quem não tem educação e não gasta dinheiro na cidade. Deixou claro que podem ir para outro lugar em vez de alugar casas que cabem oito e hospedam trinta. Regulou as casas de veraneio, que precisam ser cadastradas e criou fiscalização para impedir um murundum de imbecis sujando tudo, gastando água que o município não pode controlar.  Foi uma grita geral, protestos de grupos de defesa dos direitos humanos, reportagens esculhambando com o prefeito. Mas ele nem tchum...
O resultado foi que, a partir de então, não faltou água na cidade, as ruas e praias estão mais limpas e os furtos desapareceram. As vendas no comércio cresceram embora tenha caído o número de turistas. Voltou-se a ouvir: -  Aqui é um paraíso.

Os carros estacionados chegam a ter dois, às vezes três Mercedes, uma ao lado da outra. Um morador perguntou a um dos donos qual era o mais caro e ele, rindo, disse ser a dele. Não falta Ferrari vermelha transitando, aos roncos, com um bagulho dirigindo. Não tem pobre nessa história.

Mesmo assim, ao voltarem para casa, fizeram uma limpa nos jardins do meu passeio e que eu planto rente ao muro. Levaram tudo. Não sei se por conta das flores ou de mudas. A luta para não estacionarem nos gramados do passeio foi dura. Já disse a meu filho que deixe prá lá porque qualquer dia vai levar um tiro na testa e eu não tenho forças para enfrentar a situação. Assim, se nos anos anteriores ainda respeitaram, na marra, as plantas, este ano foi tudo pelas cucuias.

Eu ? Dou-me por vencida. São muitos anos de luta. Não vou plantar mais nada. As poucas que restaram não serão substituídas.
Porque, além de plantar, tem que  regar todo dia, colocar adubo, limpar e podar. Ali não nasceu nada por acaso. Além de precisar ter mão boa para plantas.

Eu morro e fica tudo aí...

Turista? Pensa uma coisa: Existe KLIKA

quinta-feira, 11 de abril de 2019

O forasteiro

                              Naomy Watts e Tim Daly / The Outsider

Voltando a falar em filmes feitos nos EUA, a maior indústria  do gênero, só se pode lamentar que chegue ao Brasil o óbvio do cinema. Aqueles que tem poder de divulgação, ligados a gigantes da distribuição.
Se eu estivesse na fase de escolher minha profissão, eu criaria um escritório  para buscar a representação de empresas de divulgação de filmes.
A Miramax é um exemplo, alguém a representa no Brasil. Por ser muito poderosa, os filmes engolem qualquer outra divulgadora sem sua parceria.
Eu   tentaria  buscar outras  distribuidoras nos EUA com filmes melhores e atores mais talentosos do que estes que nos impõem.
No Brasil houve  um distribuidor, que frequentava a roda social do Rio nos tempos áureos de Ibraim Sued , que enriqueceu e trazia astros do cinema para o carnaval do Copacabana Palace. Não me lembro o nome. Parece que tinha origem nos EUA. Já deve ter morrido.

Quero chegar nos filmes com atrizes e atores   muito melhores do que estes coroados, preferidos de Hollywood, dispostos a passar por escândalos, perder sua liberdade até ficarem atormentados e se auto destuírem com drogas e esquisitices sem fim. Os mesmos filmes, as mesmas caras onde suas figuras valem pela história tão somente. Óbvio que teem o seu valor e talentos mas é preciso conhecer outras vertentes e propostas.

O mundo espanhol está mais adiantado do que nós. Talvez por isso mesmo conseguem emplacar atores e, alguns, conseguem fazer parte da elite dos queridinhos de Hollywood. Assim, encontramos no Youtube filmes dublados em espanhol, feitos  na Alemanha mas filmados na Inglaterra. Desde filmes para adolescentes, crianças e vetustos. A mescla de atores, em suas várias nacionalidades projetam-se na indústria dos EUA, enquanto continuamos a fazer filmes regionais, com muita sujeira, pobreza, miséria,  palavrões e gente feia. As histórias são contadas pelo que  o roteirista  vê ou supõe ser as das vistas de suas janelas, olhando lá de cima.

Publico, para quem gosta, um filme que pode ser visto por aqui, ou no seu aparelho preferido, ou mesmo na sua smartv, projetado pelo celular. Garanto que não vai ver só uma vez. Mesmo porque não é filme óbvio. Como sempre o enunciado da divulgação do filme não é, exatamente, sobre o roteiro. Mas faz parte.

O filme é com a inglesa, originária do cinema australiano, radicada nos EUA Naomi Watts e o ator da dinastia Daly ( Como ele se auto proclama) Tim Daly  nos papeis principais,  os dois Carradine  ( que não deixa de ser, também outra dinastia do cinema). A diretora é a premiada  Handa Heines. Filmado na Austrália, com a sua indústria cinematográfica. Onde a diretora diz que existe mais liberdade para criar.  A ficha técnica está AQUI.

É bom prestar atenção nos detalhes até a cena depois dos letreiros.
Está em inglês mas tem legenda em português. Não é fidelíssima na tradução mas está ótimo por ser automática.
Se você não consegue ver o letreiro: Tem três pontinhos no alto da tela que projeta o filme, à direita. É no Youtube. Você clica nos três pontinhos e vai aparecer uma listinha, inclusive a palavra Legenda. Clica na palavra e vai aparecer um lista de idiomas. Clica no português. Ou outra língua que você queira. Nem todos os filmes tem essa opção mas esse filme The Outsider , tem.

Vale a pena sair dos canais fechados que passam os mesmos filmes interminavelmente.