Tem gente que, enquanto jovem, pinta e borda, bebe hectolitros de álcool, cheira e fuma e ainda joga a guimba no chão para outro limpar.
Não é raro aparecer pândego rindo de quem tem vida regrada, física e socialmente. Para alguns não é por mérito que evitam bebidas ou esbórnia. Talvez por temperamento ou estado de saúde. Não importa. O desregramento acaba com a saúde e no fim da vida é mais comum mostrarem-se debilitados.
Viver muito é uma forma de ver a vida. Ou faz o que lhe dá na telha, o quê é viver muito. Ou vive de forma regrada e vive muito. Pois viver muito tem duas formas de vida. Dois Viver Muito, duas Formas de Vida.
Óbvio que não é regra geral pois conta tanta coisa para ser longevo que o mistério leva especialistas e filósofos encherem folhas e paciências.
Para mim tanto faz, cada um sabe da sua vida. Estou enchendo linguiça em um tempo de quarentena, para dizer sobre os velhos e sua vulnerabilidade ante o COVID19, vírus chines que come a humanidade pelas beiradas.
Os vetustos com saúde, que tiveram respeito ao próprio corpo e não a filosofia de vida contemporânea, aqueles que ficaram firmes ante a decrepitude não estão morrendo em favor do chinês intruso. Estão firmes, para tristeza daqueles que exigem estatísticas altas para ficarem felizes e dormirem tranquilos. Muitos com saúde debilitada também sairão vivos lá na frente. Ser velho, para angústia de muitos, não é atrativo para a morte com olhos puxadinhos.
Ser generoso com os pardos que se dão de pretos e jamais de brancos é Ordem do Dia mas com os velhos podem bater a vontade pois não valem nada mesmo...