quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Só por cima do meu cadáver

- Não sou eu mas merecia
                                        
         
Assédio sexual existe desde que me entendo por gente. Acho que  se for remover areias do fundo da memória, vou encontrar vestígios nada confessáveis. Nem sei se vale a pena. A não ser se for para demolir um tipo que aproveitou do seu poder para direcionar vocações e vidas como do produtor de Hollywood, Harvey Weinstein.

Quantas mulheres perderam seus empregos, chances  profissionais porque algum poderoso impediu ? Quantas tiveram atraso na vida por pressão e desrespeito? Muitos homens, também, sofreram desaforos e as marcas são tão qual nas mulheres. A vida não é fácil pra ninguém.

Não pensem que isso acontece somente no meio artístico. Quando os concursos públicos eram produzidos pelas próprias repartições, também havia o impedimento do acesso para as mulheres.
No concurso para juiz e promotor de justiça haviam provas orais onde a mulher era tratada de forma a perder o concurso ali mesmo. A pessoa entrava na sala sozinha com dois ou três examinadores e a arapuca estava formada. Dou como exemplo uma pergunta: - Você é virgem?

Eu fiz dois vestibulares para Direito na UFMG. Naquele tempo poucas mulheres faziam vestibular. Perdi o primeiro na prova oral de filosofia, feitas  somente para os que foram aprovados na escrita.
A sala estava abarrotada de vestibulandos. Eu era a única mulher. Quando fui chamada e levantei para fazer a prova a sala veio abaixo com gritos e apupos. O professor ainda fez uma piadinha e a sala estremeceu. Perdi o rumo e não consegui abrir a boca, entre tanto barulho e palavras de ordem, embora eu soubesse a matéria. Lembro-me que a pergunta era sobre o filósofo Cícero e sua influência no direito e na política. Eu sabia a resposta mas não consegui falar. Lembro-me que passei a mão na nuca e suava muito. Eu estava com um vestido cor de rosa que mamãe havia feito, de algodão grosso e tinha uma gola, acompanhando o decote redondo um pouco longe do pescoço. O professor ria, debochando mas não lembro do que falava, fazendo bulying, trocadilhos,  com o  meu nome.
Até hoje sinto raiva desse dia, meu coração aperta, por não ter conseguido vencer tamanho desafio que me atrasou um ano de vida. E, pelo vexame, que jurei nunca mais iria acontecer. Custasse o que custasse, ninguém jamais me faltaria com o respeito sem uma resposta a altura. Eu não tive nenhum apoio em casa para fazer o vestibular, era professora primária, alfabetizava crianças, vivia fora da violência do mundo, quase numa redoma. 
No entanto, aquilo deve ter repercutido, ou houveram outros casos, porque haviam dois outros professores na banca de exames e no outro ano, quando voltei a prestar vestibular, o exame foi a portas fechadas, só com o vestibulando e a banca examinadora.

Acho interessante quando vejo gente querendo faltar com o respeito, achando que vou recuar.  Nunca recuo, sou dura como aço  e esse dia marcou a minha vida para sempre.

Só para situar-se: KLIKA

Foguetes em 12 de outubro

- A gente é feliz e sabe
                                 

A primeira data de 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, em que passei em Vitória, foi uma surpresa para mim. Casei-me em maio e fui morar no centro de Vitória, atrás do Parque Moscoso, na cobertura do vigésimo andar.  O apartamento tem uma varanda grande, voltada para o parque e para o canal. 
Era tudo muito novo para mim. Os urubus voavam pertinho e uma vez um raio caiu no para raio quando eu estava com Maurício, em uma cadeira, enquanto ele brincava. Chequei a ver as faíscas, pareciam que vinham em nossa direção e eu saí bem rápido, de acordo com o meu reflexo.

Mas o que foi interessante e levei dois anos para descobrir a razão, é o foguetório do dia doze de outubro. Inicialmente eu pensei que seria por comemorar o Dia da Criança.  Meu marido não era de Vitória e sendo presbiteriano, também pensava como eu. Por ser feriado, no dia seguinte não me lembrava do foguetório e ficava por isso mesmo e não perguntava aos naturais sobre.  Até que recebi a visita de uma amiga que eu havia feito em Vitória, ela veio para almoçar conosco e, na hora dos fogos de artifício, fomos olhar da sacada porque ela nunca tinha visto por esse ângulo. Então fiquei sabendo que é homenagem a Nossa Senhora Aparecida.

Não sei se existe essa homenagem em outros lugares do Brasil, desconheço, mas em Vitória/ES é muito forte. Quando dá meio-dia, durante uns dez minutos o pessoal solta foguetes, muito semelhante ao dia da virada do ano mas sem ser o oficial com o exagero conhecido.


quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Quem é esse cara ?

Minha casa
                           

Eu preciso deixar registrado aqui que o cara, inquilino do prédio Rubiácea, de nome Wanderci, que me ameaçou a ponto de eu ter que chamar a polícia é bandido, fugido da Bahia. Tenho certeza.
Se não é bandido procurado ele é criminoso processado. Traficante, viciado em drogas, não sei. Mas está fugido, escondendo de alguma coisa.
Desde cedo está gritando, esmurrando as portas, tendo um surto, com gritos intermitentes. A mulher parece que tenta contê-lo e grita também.

Se ele não se mudar, quando vencer o contrato dele em dezembro ou novembro, irei ao delegado para relatar as ameaças, as circunstâncias  e pedir que investigue quem é esse cara. Não posso dar bobeira para o azar. Se o delegado não levar a sério, pedirei a algum delegado conhecido que o faça. Tenho certeza que em dois tempos isso fica esclarecido. Estou pensando em anotar a placa da moto dele e ir ao DETRAN tirar um Nada Consta para saber o nome completo da arara.

Nisso é que dá, um ricaço do café de Colatina, constrói um prédio para alugar, entrega para um administrador  e, este, aluga  para qualquer um, sem selecionar. Quem sofre as consequências é o morador local porque essa gente vai e vem sem compromisso com o lugar. Não é raro ficar um tempo e sumir,com mala e cuia, em uma cidade praiana cheia de aventureiros.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A Farra dos Guardanapos

                  
                                                   - É só bebida alcóolica?

Todos estamos com dificuldade para enfrentar o nível de absurdos que pipocam todos os dias em nome da corrupção e do apoderar-se do dinheiro público.

O bom é ser jovem porque não entende a metade do que acontece. A preocupação em encontrar uma forma de viver e aproveitar a vida, a energia que sobra, ocupa o tempo que não tem para prestar atenção nesse malta que tomou de assalto o país.

Uma dos maiores absurdos foi o jantar em Paris em comemoração da indicação do Rio de Janeiro para as Olimpíadas, a chamada Farra  dos Guardanapos.
Como pode um grupo de homens públicos, representando um país sul americano, já tão achincalhado por exótico, comportar-se como moleques em boteco sujo? Se eu fosse jornalista procuraria os donos ou os trabalhadores do restaurante para verificar como interpretaram aquela mesa cheia de bêbados latinos, colocando os guardanapos de linho na cabeça. Em um lugar onde falar alto, colocar os cotovelos na mesa, dar risadas já é um absurdo...

No anos cinquenta, sessenta só ia a Europa quem fosse rico. Eu dava aulas em um colégio de gente rica, grandes industriais, banqueiros, profissionais liberais renomados, jornalista de ponta. senadores, deputados.  Por exemplo, fui professora dos netos de Magalhães Pinto e cuja família era dona do Banco Nacional. No dia das professoras eu ganhava sapatos De la Crocce, Caixas de biscoitos Aymoré, o primeiro perfume francês que eu usei foi ganho de uma aluna cuja mãe tinha ido a França. Se me convidavam para ir a festa de aniversário de meus alunos eu ia de ônibus ou papai me levava e os pais mandavam os motoristas me levarem para casa. As casas magníficas que nunca mais pude entrar em alguma.

Pois bem, o que se falava a boca pequena era que os brasileiros que viajavam para a Europa ficavam bêbados nas ruas, davam vexame nos hotéis e roubavam talheres nos restaurantes. Assim , quando eu vi essa foto e as notícias da Farra dos Guardanapos percebi que nada mudou de lá pra cá. O rico continua dando vexame hoje como dava no século passado.
E essa mesma gente tem certeza que somos subdesenvolvidos e de terceiro mundo apenas pela miséria do brasileiro.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Contemplando a natureza

- Bem-te-vi, tomando Sol da manhã.
                    
                           
Minha casa fica em lugar aprazível. Tem muitas árvores, algumas eu plantei e em dois anos uma semente é capaz de tornar-se árvore. 
Tem uma sibipiruna na frente da minha casa, plantada em 1983, o tronco é belíssimo mas a copa é podada baixo, como controle de possível queda porque pode cair em cima da minha casa. É uma árvore complicada, os galhos costumam cair em época de ventania. Esses galhos parecem simples mas são muito pesados e, como minha rua  tem pouco movimento, o perigo é pouco. Eu faço o controle dos galhos, da altura, monitoro bastante e tudo tem ido bem.
Por conta de tanta árvore, o IBAMA  soltou um casal de saguis. Já é um bando com o Chefe Boran e a Fúria, uma fêmea tão brava que colocamos esse nome nela. E uma dezenas de tipos de passarinhos que vivem no meu quintal, comendo amora, pitanga e a banana que os saguis deixam para trás.
Mas o passarinho mais corajoso e criativo é sem dúvidas o bem-te-vi. Especialmente os que tomam banho de sol na reentrância do muro como esse da foto.

Que ninguém tenha inveja da minha vida e da forma simples a que optei por viver ...

                                           


                                 
                                 Fura fila para ganhar banana

                                          

Lakessia

                   

Eu quero passar para vocês uma experiência que eu tive. As críticas são sempre importantes, especialmente como referência quando estamos perdidos em meio a tantas ofertas e notícias. E, quando precisamos elogiar não se pode omitir.

Eu tive um fungo na unha do meu pé e custei a captar que era bicho porque achei que era coisa da velhice. Achei que, com o tempo, a gente vai perdendo a beleza, encarquilha e fica tudo feio. Mas como não estava bonito para andar de sandálias, resolvi ir ao médico. Posso contar nos dedos as vezes em que fui ao médico e isso é perigoso. Na  minha família é o normal. E, quando resolve ver o que lhe acontece, já está no rumo do cemitério.

A médica olhou com cara blasèe e mandou fazer exame em laboratório. Depois prescreveu um remédio em pílulas e passou uma fórmula para ser feita em uma farmácia de manipulação. A fórmula eu usei, religiosamente, durante alguns anos, acho que três anos, todos os dias. Foi o que ela disse para fazer, ir mandando fazer o remédio e pingando na unha.

Foi, então, que eu vi na TV Record o anúncio do produto Lakessia, justamente sobre esse problema. Percebi que devia ser muito comum porque um produto quando anunciado é porque houve pesquisa de mercado e sabem que será muito vendido.

Na minha cidade não foi possível encontrar. Eu sempre procuro no comércio local, não só para prestigiar mas para não precisar pagar o transporte do produto. Comprei pela internet e usei, muito desconfiada, em decorrência do que a médica prescreveu e não deu certo. Segui as instruções e depois de vinte dias comecei a notar que fazia efeito e melhorava. Antes de acabar o frasco, minha unha está ótima. Desconfiada de um sucesso tão grande, procurei pelas farmácias se já havia chegado o produto para comprar mais um frasco e fechar a questão. E encontrei mais barato que na internet.

Acho importante a troca de informações para o bem ou para o mal. 
Não se pode admitir apenas notícias que não nos afetam diretamente e deixar passar a oportunidade de levar informações para quem faz pesquisas, justamente para obter essas informações.

Um problema que eu tive durante anos, usando produto prescrito por médico, no óbvio que sequer precisava de exame de laboratório, e, em vinte dias está resolvido com um produto mais barato e por propaganda na televisão. Se for fazer as contas em despesa com médico, laboratórios e adrenalina desperdiçada por ter sido feito de idiota, trinta e dois reais do preço da farmácia é nada.

Parabéns ao Genomma Laboratórios do Brasil Ltda. e seu farmacêutico responsável Mauro Rezende Morais, CRF/SP 41315.

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Em mim não ficou tão grave mas leia essa matéria KLIKA





segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O perverso não poupa ninguém

                            
   
Na internet, sejam nas chamadas redes sociais ou nos portais , grandes ou pequenos, as pessoas parecem que não podem ser contrariadas. Onde ficou a liberdade de expressão? Onde está a riqueza do pensamento diversificado, sem ofensas ou grosserias? 
Deram até um nome, incorporado do inglês, haters , para essa gente que ofende uns e outros, sem piedade. 

Em uma reportagem sobre a Xuxa, que hoje tem 54 anos e um programa de variedades na Tv Record, todo o texto, nas suas entrelinhas,  é para ofender a mulher que envelhece como qualquer  um de nós. A começar pela voz, antes artificial e infantil, atualizada para sua idade.

Eu a conheço por seus programas dirigidos para as crianças, a ponto de ser chamada de Babá Eletrônica, nos anos oitenta porque Maurício , meu filho mais velho, sempre foi fã dela, tendo todos os discos daquela época, comprados ou presenteados nos seus aniversários.

Na verdade, toda a sua carreira foi trilhada sobre ofensas e grosserias de terceiros, emparelhada com paixões com direito a assédios e correria pelas ruas, quando fazia seus shows pelo mundo.

A primeira vez que eu li sobre ela estar velha foi em uma matéria sobre um show que ela fez no Chile e ela tinha pouco mais de quarenta. Por incrível que pareça, foi até vaiada porque não estampava a mocinha como era o esperado.

Se para pessoas comuns, anônimas já é difícil perder o brilho da juventude, imagino como deve estar Xuxa com as ofensas medonhas que lhe fazem, sem dó nem piedade. Muitos que a ofendem sequer atingirão a sua idade. Não posso crer que tenham coragem de fazer textos, comentários, desmerecendo quem envelhece com saúde, de forma criativa, corajosa e trabalhando para exercer uma profissão tão difícil. 
Para mim ela é indiferente como profissional porque não vejo programas do tipo que ela faz. Entretanto, eu que envelheço mais do que aceito para mim mesma, preciso ser solidária com ela no desejo de não se deixar abater com a perversidade estampada na mídia.
Para não falar dos ataques virulentos, por ela pensar diferente de trogloditas reconhecidos.
A maldade dos medíocres não tem fim e nem época. A maldade existe desde que o mundo é mundo. Que todos nós que envelhecemos sejamos fortes para aguentar a discriminação e a violência.

Não é fácil ?  KLIKA

Os biltres corretos

- Em um tempo em que a  patrulha não fazia diferença.
                        

Está impossível viver com a onda do politicamente correto. Não o correto para avançar na forma de viver e apurar a humanidade mas nos detalhes personalíssimos que varrem tudo e todos, engessando as pessoas no discurso dos que querem mandar no mundo. A sensação é dos oprimidos indo a forra. Abrir a boca para dar opinião em público é correr o risco de ser linchado pela patrulha do bom moço, o certinho do início do Século XXI.
Lá se vai o tempo do pós guerra onde as barreiras foram quebradas, o tempo da Guerra Fria onde as sutilezas valiam mais do que os debochados e fanfarrões, tentando colocar grilhões e ferros nas mentes e no livre pensar.

Tenho pavor de patrulha, seja de que vertente seja. Podam as inteligências e nivelam tudo no gosto da sua régua. Torna tudo medíocre e feio. Gente que não admite diálogo, não sabe conversar. Talvez seja fruto dessa geração criada na frente da televisão, vendo filmes onde os animais falam e as pessoas resolvem os atritos no soco e no espirrar de sangue quando contrariados.

Porém, se o falastrão  é chic, faz parte da panela, dos queridinhos das cotas e praxes sociais, demonstra sapiência decorada, o sujeito é endeusado, vira destaque para atender os donos do discurso. Os outros, precisam pedir desculpas porque não obedeceram o   som do berrante e recusam-se a ir para o matadouro sem nenhuma reação.

Será que vai dar tempo para eu ver a mediocridade ser enterrada e florir, novamente, o multifacetado?


                   Para quem não sabe o que é reunir o gado com o berrante



Os transbrasileiros

- A liberdade é onde eu vou
                                               

O país hegemônico, que dita o estilo de vida ocidental, os USA,  precisa perceber a importância de suas influências no comportamento da população da Terra.
Construído no pilar da liberdade rumo a felicidade, quis mudar o ser humano. Fazer este exercer a liberdade, com todo direito a ser feliz, esquecendo que uma pessoa individualiza o senso comum e agride o todo quando sente-se frustrado.

Não precisa ser nenhum gênio para perceber essa mensagem, exibida nos meios de comunicação, filmes, livros, debates onde o custe o que custar em busca do ser feliz beira o extremo.

Qualquer pessoa sente-se sozinho em alguma fase de sua vida, não tem o que muita gente tem e nem é como  outras pessoas são. Mas a mensagem dos EUA é que a pessoa que não tem ou não é o padrão do vencedor é um infeliz, um frustrado, mal amado, vencido na vida.
A mensagem é tão forte que um número imenso de pessoas sonha em morar nos EUA. Por si só já é característica do vencedor. Então, essa gente nega sua cidadania, tem vergonha de seus costumes, cultura, aparência, latinidade de preferência. Algumas mulheres vão, apenas, parir nos States a fim de que seus filhos nasçam  cidadãos estadunidenses. Fazem esse nascimento público, alardeiam, pagam muita grana para realizar a façanha.

A última é artista mudar-se pros States, divulgar na mídia e viajar, ofendendo os brasileiros que sequer pretendem um dia fazer o mesmo. Síndrome de Carlota Joaquina de Bourbon. São os transbrasileiros: Nasceram brasileiros mas querem ser estadunidenses. A cabeça não reconhece a cidadania brasileira e precisam buscar a transformação e uma delas é vilipendiar o Brasil e o brasileiro, cuspir na nação, ofender a brasilidade. Tirar a poeira das sandálias.

Não são imigrantes. Estes mudam-se porque querem  fazer a vida  em outras terras, tentar construir seu futuro em outras plagas onde fixarão suas raízes e farão parte da construção da sua história.
São  os  transbrasileiros.  Os frustrados, exibicionistas atrás de algo a que dão  o nome de liberdade e do estilo de vida da águia do norte.
Uns cheiram cocaína, fumam pedras de crak, bebem até ficar com a cara inchada quando a cabeça não aceita a vida que a cabeça quer mas o corpo não segue. Outros fazem como aquela história, mudam o sofá de lugar.

Quanto à verdade, o uso da liberdade rumo a felicidade, as consequências podem  não ser das melhores. É igual aqui ou lá. O frustrado reage, matando quem é feliz. Inclusive politicamente falando.

A  liberdade e falta de felicidade tem nome e arma: KLIKA
Mudou seu sofá de lugar ? KLIKA


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Militares é no quartel

                                 
  
Tenho acompanhado, como todos, as falas de generais boquirrotos, pregando a intervenção militar no Brasil.
Junto deles vem os parentes, beneficiados e beneficiários de uma ditadura, sob a argumentação de que só safado é contra a ditadura imposta ao Brasil a partir do golpe militar de 64.

Quero dizer que sou contra, no momento atual, de qualquer intervenção militar com qualquer nome sofisticado que seja dado a golpe militar. 

O Brasil precisa ser depurado, limpo dos bandidos, em processo público para todos tomarem conhecimento das acusações, dos depoimentos e como funciona um tribunal.

Eu entendo que o juiz federal Sérgio Moro tenha um impacto na mídia e a necessidade de trabalhar a opinião pública a seu favor mas como advogada não o faço deus de nada. Para mim, cumpre com seu dever funcional e para tal ganha muito bem. Nem mais e nem menos.

A população brasileira é facilmente manipulável, inclusive com notícias maliciosas e falsas, porque desconhece como funciona o estado, a federação e os trâmites processuais. A tendência do ignorante é precisar de um tutor, de um pai da pátria se não um salvador e o Brasil não tem a mínima condição de dar um líder de primeira linha, nesse momento histórico.
E quem é o responsável direito é a ditadura que cunhou o AI 5 , proibindo e coibindo o surgimento de novos líderes.

Portanto, custe o que custar, que os bandidos sejam julgados e colocados na cadeia. Não só para não voltar, no futuro, dando suas versões pessoais como para acabar com a sensação de impunidade que prejudica o desenvolvimento do povo inculto usado como massa de manobra.

Que morram em guerra coreana

                   

A humanidade está doente. Não temos mais diálogo ou compreensão dos mínimos direitos. Quando contrariado o sujeito investe-se contra o outro. E não é somente no plano pessoal mas das nações, da vida, dos costumes e das regras.

De onde vem essa má influência não sei mas vejo que para mim, prefiro deixar a participação em páginas da internet e ficar na minha. Nesses ambientes a intolerância beira a surto psicótico.

Uma coisa me horroriza, me deixa doente e , portanto preciso livrar-me, é essa multidão de transbrasileiros, atacando a nós, brasileiros que brasileiros ficamos. Essa corja sai do Brasil, falidos e vencidos e, de longe, atacam quem ficou. Essa gente não tem direito de falar mal do Brasil. Eu, por exemplo, saí de Minas Gerais, sei o que se passa por lá mas não ataco porque não tenho nenhuma influência daquele estado.

E, pior, escrevi um texto nesse sentido no Facebook e fui denunciada por uma ex brasileira com sobrenome árabe e fui bloqueada. Ah! Comigo não. Exclui minha conta e justifiquei. Sem direito de defesa, não sei quem é a pessoa e foi atendida, mediatamente, porque se ofendeu. Mas  quem escolheu ficar no país não tem direito algum de ofender-se com essa cambada ordinária de apátridas.
Diferente é aqui, onde sei as regras e sei o que posso escrever. Já escrevi muitos textos com esse teor e nunca fui incomodada.

Sabe de uma coisa? Vivi até dois anos  atrás sem FB e vou ficar melhor assim. Pelo menos não verei uma centena de textos falsos, com notícias mentirosas e burrice acima do limite permitido.

E, aos transbrasileiros ... Que vão a merda !



domingo, 10 de setembro de 2017

Flagelo lá como aqui

                                             

Eu ainda preciso entender, tenho muita dificuldade de entrar na cabeça de um ex brasileiro que saiu do Brasil com o rabo entre as pernas e, de longe, fica ofendendo quem ficou. Como impedir que uma besta dessas que saiu do Rio de Janeiro, fica de longe escrevendo textão no Face, dizendo que está adorando os EUA e as retiradas, fugindo dos furacões? Mentiroso e vencido lá e aqui, diz que em dois anos de estadia nos EUA, conseguiu tirar o Green Card, está feliz da vida porque enriqueceu, de carrão e no meio de um congestionamento na estrada onde todos estão seguindo um e outro, com absoluta disciplina,  na fila da desgraça da natureza. 

Não sabe para onde vai mas aproveita para desancar o brasileiro que ele conhece  e de  onde é oriundo, generalizando como se todos fôssemos como eles. Está tão alienado lá como aqui pois desconhece os crimes, os assaltos e que muitos preferem enfrentar a natureza, não sair de suas casas que, vazias, fatalmente, serão pilhadas pelo bandidos. Vai ficar entulhado em alguma  casa alheia e,  com certeza, não será de um estadunidense. Favelado lá é melhor do que favelado cá porque está na planície e não no morro do crime.

Que morram no turbilhão dos ventos e das águas dos furacões ! Assim não corremos o risco de tê-los de volta quando Trump enxotá-los a vassouradas. Para o Brasil serão os eternos fracassados lá como aqui, um flagelo para quem constrói uma nação lá como aqui.
Fogem da vida lá como fogem aqui. E pior, querem que o pessoal das embaixadas fiquem de plantão para atenderem suas demandas. Que nojo!

O que eles preferem. Quico? KLIKA




quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Síndrome coletiva

                            
A população do Brasil está doente. Quase em Síndrome do Pânico ante as notícias de corrupção que assola todas as esferas onde verbas altas foram usadas. Um sentimento de náusea no estômago. E, atinge todas as camadas da população. Um sentimento de impotência da nacionalidade, da cidadania que acomete o ânimo de sair da vida para viver.

De onde e como saiu essa massa corrupta instalada no poder ? Dos três poderes da nação a mero torneio olímpico? Não sobrou pedra sobre pedra. Juízes, ministros que liberam das prisões os ladrões de somas astronômicas revoltando o povo e incentivando a justiça pelas próprias mãos.

Uma nação, precisando caminhar na sua história sem as eternas interrupções havidas no passado. Mas dói muito e não sei como essa geração vai conseguir sair desse momento histórico, pior do que uma guerra que põe tudo no chão.

Compulsão por dinheiro

- Depois de contado, 51 milhões na casa alugada de Geddel
                        
Sem ser regra ou verdade absoluta, uma pessoa jovem para ficar rica em pouco tempo, ganhou dinheiro na loteria, no tráfico de drogas ou armas, ou na corrupção. No Brasil não tem grandes patentes como nos EUA onde inventores conseguem projetar seus inventos para o mundo e ficam milionários, como os caras do Vale do Silício.

Os Batistas, com sotaque caipira do interior do Mato Grosso e Goiás, aventuraram-se , navegando nas vaidades e nas honras frouxas dos políticos. Um banco privado não forneceu empréstimos para seus negócios  megalômanos mas o banco público tornou-se sócio na empresa do espertalhão bom de bico.
Um banco que foi criado para implementar a indústria, forneceu um dinheiro tão farto que deu para fazer dos Batistas milionários e, ainda, distribuir dinheiro para meia dúzia da mesma quadrilha que roubou da Petrobrás. Tudo nos milhões, aos sacos, às malas. Mas, foram com tanta sede ao pote, certos da impunidade já comemorada, que caíram na própria pilantragem. Um deles, Joesley, gravou por acaso,  suas falcatruas e planejamentos de como fazer os outros de trouxa.

Também, explode que um político Geddel,  já  preso, alugou um apartamento para guardar cinquenta e um milhões em notas acumuladas nas caixas e malas. Em audiência, por outros crimes, o cara chorou mostrando arrependimento e pedindo clemência ao juiz, negando ser corrupto. Fez discurso púbico contra a corrupção. Que nojo! Não sei como Sérgio Moro tem estômago para enfrentar cara a cara tanta bandalha.

Poderiam ser criminosos comuns, nada diferentes dos grandes traficantes mas escolheram muito mais. Entram e saem dos ambientes dos poderes de Brasília como se tivessem, eles mesmos, os títulos próprios dos senhores da república. Cabeça erguida de quem tem certeza que todo dia um trouxa, um otário, está pronto para ser feito de bobo.

As  características dos criminosos desse naipe,  são o eterno sorriso no rosto, a voz doce, a roupa bem recortada e cara, nunca perdem a fleuma. Deram golpes nos poderosos e conseguiram tirar dinheiro do povo, comprando honras, tal qual o meliante que entra na internet e capta reles incautos para arrancar dinheiro e  tripudiar das vítimas.

Os Batistas, os Geddel, os Odebretch , todos eles e sua corja não são mais que ladrões, gatunos do dinheiro público porque a eles não interessa tostões. Possuem uma doença incurável que é a compulsão por dinheiro, e,  são psicopatas.


- O mesmo dinheiro de acima,  encontrado no apartamento de Geddel na Bahia
 Detalhes da dinheirama ? KLIKA            
Tem estômago? Então KLIKA           

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Verdade fatiada

                        

Engana-se quem anota que os atos libidinosos dentro de coletivos são coisas dos dias contemporâneos. Absolutamente, não são.
À vista dos casos relatados nos últimos dias, parece que somente em cidades grandes ou aglomerados, os assédios, os abusos e exposição de exibicionistas é coisa nova. Tenho muitas lembranças e nenhuma esquecida.

A primeira, em uma Belo Horizonte/ MG, início dos anos cinquenta do século passado, ainda com menos de duzentos mil habitantes quando eu tinha quatro anos, saímos de casa papai, mamãe, duas irmãs, um irmão e eu para irmos de lotação almoçar na casa dos meus avós paternos. Carro só tinham os ricos e tudo importado pois o Brasil não fabricava automóveis.
Minha irmã mais nova, Consuelo,  foi no colo de meu pai , que sentou em uma cadeira um pouco atrás da nossa onde íamos juntos, Maria Inês, Fernando e eu, com mamãe que tinha o apelido de Quelota. O trocador andava no corredor, fazendo a coleta do dinheiro das passagens. E, quando passou por nós ele apoiou no braço da minha mãe, rente  ao encosto da cadeira, a pretexto de equilibrar-se. Meu pai virou um bicho, levantou-se com minha irmã no colo, reagindo ao abuso. Foi um quiprocó com o cobrador negando tudo, evidentemente.
Papai devia ter uns trinta e quatro anos no máximo, era muito bravo, destemido e tinha muita consciência do seu papel de homem e pai de família, sacrificou sua vida, trabalhando dia e noite para criar seus filhos e fazer de todas nós o que somos, quando mulher não tinha título na faculdade todas nós nos tornamos profissionais, ombreando pau a pau com os homens. Éramos chamadas As filhas do Luciano.
Eu me lembro claramente do pavor que mamãe teve porque ela era uma princesa na expressão máxima da palavra e sabia que papai não iria recuar um passo. Ela devia ter uns vinte sete anos e pedia para ele acalmar-se. Não se falou mais no assunto mas eu nunca me esqueci.

Não vou relatar os inúmeros casos de abusos em ônibus que eu tive ou vi mas o último foi dentro do ônibus intermunicipal,  poucos anos atrás, Guarapari a Vitória no ES quando sentada no lugar que dá para o corredor um camarada encostou no meu braço, exatamente como fizera com mamãe. Imediatamente pedi a ele que se afastasse, em voz baixa e com educação. Uma das reações chaves desses tarados é negar e fazer-se de vítima de uma acusação absurda, em voz alta para constranger  ainda mais a mulher. E foi o que aconteceu; o ônibus lotado, acima da capacidade e todos começaram a me vaiar aos berros, em plenos pulmões. Uma das mulheres gritou que ali não era meu apartamento e se eu quisesse moleza que fosse no meu carro. Eram as mais histéricas.
Eu me levantei, estava na segunda fila oposta ao motorista, virei-me para trás e encarei a mulher que gritava " aqui não é seu carro" e fiz um discurso aos berros, entre gritos e apupos, uma bagunça. Gritei que o assédio sexual era crime e que o cara era um tarado, tarado, tarado. Que estava encostando seus órgãos genitais em meu braço. Que eram uns imbecis, transportados como gado em ônibus super lotado. Por isso não tinham nada, eram tratados como nada, ignorantes pois não sabiam lutar pelos seus direitos. Mulheres tapadas, abusadas e nem percebiam. Que os homens deviam reagir ante um tarado que podia abusar de outras mulheres. Que aquele ônibus estava fora da lei, transportando acima da capacidade  para enriquecer o dono. Que enquanto o dono estava rico o povo era abusado, como caminhão que transporta gado. Que se eu quisesse poderia exigir que o ônibus parasse no posto da polícia rodoviária. 
Silêncio de repente, o cara foi para o outro lado de cabeça baixa, disfarçando, fazendo-se de invisível. O motorista não fez um movimento diferente, tocando em frente.
Eu sentei-me com a adrenalina a mil e o tarado desceu no primeiro ponto no qual o ônibus parou. A mulher do meu lado, modestíssima, simplinha e humilde, segurou no meu braço e perguntou se eu queria trocar de lugar com ela !!!!!!! Perguntou se eu estava mais calma! Eu disse a ela que não estava nervosa mas indignada e que estava tudo bem. 

Portanto, a questão perpassa através dos anos e baseia-se na educação em sentido amplo. Está arraigada na cultura onde a sexualidade masculina é desabrida, sem rumo, alimentada por mulheres completamente equivocadas no comportamento e niveladas par a par com esses indivíduos. Porque da mesma forma que  tem homem exibicionista, também tem mulheres. Um alimenta o outro, todos  prejudicam o todo. São minorias mas que, ao atuar, deixam rastro de vergonha e raiva. E a sociedade alimenta essa doença, é responsável por ela quando alimenta atitudes em programas de televisão, filmes e novelas. Mulheres semi nuas, mostrando a bunda com a câmera quase entrando dentro delas, pornográficas, fotos de mulheres em atitudes lascivas nos portais da internet. Eu vou ler uma matéria sobre futebol e a página está cheia de fotos de mulheres semi nuas, constrangendo e me colocando com os nervos à flor da pele. Depoimentos de atrizes conhecidas, contando suas relações sexuais, suas aventuras lascivas e desabridas, entre caras e bocas, em fotos indecentes como se não fossem responsáveis pela formação dos costumes, das atitudes sociais,  em suas atitudes exibicionistas sexuais, todas com graves problemas psíquicos tanto quanto estes tarados dos ônibus.

Afirmo sem medo de errar, são todos iguais, na mesma mão social que transita a sexualidade desabrida de uma sociedade  permissiva com  mulheres que alimentam essa doença mútua e com homens sem rumo. E, todas nós, todos nós pagamos o preço por essa minoria vagabunda. 

Mais e mais, agradeço a Deus não ter tido filhas. Com tudo o que o homem sofre e não é pouco, pelo menos ele é dono do mundo. Não teria forças para ver uma filha passando, vendo e tendo surtos de raiva  por tudo que eu passei na minha vida, apenas por ser mulher.

A vida segue !
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