A nova moda é EMPATIA. Ter empatia, confundir as emoções alheias com as suas, sofrer com quem sofre. Não leva em conta o ser feliz, com quem é feliz. Mas nivelar no sofrimento. A arte de colocar-se no lugar do outro e ser o outro. Ã?
Assim, se alguém é torturado é sinal de inteligência sofrer com a pessoa. Se alguém teve um pai morto na ditadura é sinal de bom caráter sofrer com seus filhos. Se em uma cadeia mal administrada, cinquenta e seis criminosos morrem e alguns cortam as cabeças dos outros, é sinal de empatia sofrer por eles ou com suas mães.
Se o conceito existe desde os gregos, quem foi o guru que levantou a tese só agora? Um auto denominado filósofo, australiano, com capivara intelectual de corar os pobres latinos americanos, veio ao Brasil proferir palestra em São Paulo e lançar seu livro. Foi o que bastou para alguns intelectuais apontarem, a todos os que cuidam da sua vida, por suas falta de empatia.
Eu não tenho empatia e deve ser porque não tenho nenhum guru paulista. Aliás, se eles pensam alguma coisa eu vou pesquisar para pensar o contrário. Pois o povo brasileiro não sai do lugar desde a Revolução Paulista que fez acordo com Getúlio Vargas para transformar essa nação em apêndice daquele estado. Mas esse é outro assunto.
Voltando à vaca fria, essa conversa mole, essa tese - mais uma- do primeiro mundo, está fazendo as pessoas sofrerem de tristeza, depressão e se matando quando não conseguem ser mais do que elas mesmas. Pois a tese é disseminada pelas redes sociais, lugar onde as pessoas procuram informação e saber. Ler livros, analisar teses está completamente fora de moda. O moderno é andar no meio do gado, tangido por berrante desafinado, mostrar-se bonzinho para ser aceito socialmente.
É mais um pensamento nascido de alguma culpa judaico-cristã. E, eu ando com pouca paciência para esse tipo de velha conversa, para dominar o mundo, criar poderosos de toga e batina, fazer soar catraca para maluco dançar.
Quando esse pessoal mandava no mundo, faziam guerras para impor seus ideais e filosofias, pilhavam o mundo, tocavam o pobre como lixo para desbravar terras desconhecidas, a empatia não era lembrada. Agora que estão vendo escorrer entre os dedos seu conforto com a volta dos explorados, dos que querem mais ações e menos palavras, inventam pensamentos de ordem para amansar o quê lhes cobram.
Por outro lado, ser cristão é condoer-se do sofrimento alheio mas jamais vestir o sofrimento do outro. Ao contrário, se tem poder e força, é cristão distribuir porque ninguém nasce para ser planta, indiferente aos e dos acontecimentos.
Mas empatia, que se dane os intelectuais de última hora, os santos de meia pataca, é para quem tem vocação para morrer de câncer pois somatizam os problemas e sofrimentos, que não são seus e nem podem resolver.
O coitadinho que vá catar coquinho se mora longe do mar. E, conchinhas para fazer colar, se mora perto do litoral.
Ah, lembrei-me agora, que na zoropa é proibido catar conchinhas e até sentar-se na areia da praia para não tirar um grão do lugar sob a alegação de agressão a natureza e está a contribuir pelo fim da humanidade. Quanto a coquinho, eles nem sabem o que seja.
Então, que vão se catar.
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#empatiaversuscancer
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